31 de janeiro de 2013

Lula e Fidel Castro

Por quantos presidentes americanos (inimigos) desde o Kenedy o Fidel já passou, em que pese o bloqueio econômico imposto pelos poderosos do norte? Quantos já morreram e o Fidel vivo? Devem estar se revirando no túmulo. Pode ser por isso que o Obama, que não é bobo, está procurando ser mais light com Cuba.
Depois estar com Raúl Castro pela manhã, à tarde Lula se encontrou durante 1 hora com Fidel Castro, em Cuba.

Representante dos Trabalhadores nas Empresas: Um Bom Exemplo

Foi no final do segundo governo Lula que houve a regulamentação da participação de um representante dos empregados no Conselho de Administração das empresas estatais.
Mais uma grande iniciativa que poderia ser implantada também nas empresas privadas, ampliando o leque no sentido do trabalhador dar sua contribuição, não só em empresas de economia mista.
Todos só tem a ganhar com isso: governo, trabalhadores, empresários e o país como um todo.
Um bom exemplo é a maior empresa do país: na Petrobras tal procedimento já está implantado e ocorre neste momento (até 7 de fevereiro) a segunda eleição do Representante dos Empregados no Conselho de Administração.
Sim, é assim que funciona. Os próprios empregados escolhem, via eleição direta, entre aqueles que se candidataram. E qualquer um pode se candidatar.
Neste ano entre os  que pleiteiam a vaga está o José Maria Rangel. Ele é Coordenador do Sindipetro NF, uma pessoa conhecida por sua seriedade, correção e dedicação à causa da Petrobras e dos trabalhadores (uma coisa obviamente está vinculada à outra).
O blog acha muito interessante e importante a sua candidatura pois além de ser positivo termos neste CA uma pessoa que conhecemos a representatividade (ele representa o maior sindicato do país e conhece a realidade da maior região produtora do Brasil - a Bacia de Campos), José Maria é uma pessoa conciliadora mas que sabe o momento de lutar o bom combate.
Vejam mais informações, incluindo uma entrevista, no site do SindipetroNF.


30 de janeiro de 2013

Mais Imagens do Verão 2013

Algumas fotos que registrei nos últimos dias.

Uma vista menos óbvia de Copacabana.

Dá para admirar o Aterro, mesmo a 80 Km/h.


Nunca vi na minha rua (em 13 verões em R.O.) essas árvores cheias de flores no final de janeiro. Sinal do aquecimento global?

29 de janeiro de 2013

Importando Médicos

Não tenho acompanhado muito de perto a mídia nesses breves dias de férias.
Assim, não sei se isso foi oficializado, mas soube que o Governo Federal deseja flexibilizar as exigências da prática da medicina no Brasil por parte de quem fez curso no exterior.
Os motivos: poucas boas faculdades formando bons médicos e necessidade urgente de mais profissionais para exercer a profissão a serviço do governo em seus programas sociais.
Estima-se que milhares de  médicos  poderão vir de Cuba, por exemplo, país que tem tradição na formação de ótimos profissionais.
De qualquer forma haverá exigências e acompanhamento para garantir a qualidade do atendimento.
Vamos pesquisar mais sobre este assunto.

28 de janeiro de 2013

Carnaval no Rio: Os Blocos de Rua

E estamos de volta ao período pré-carnavalesco. Cada um na sua: escolas de samba, blocos, praia (se a Convergência do Atlântico deixar), retiro, trancado em casa...
Me lembrei de um post que fizemos no ano passado sobre os nomes dos blocos do Rio. Dei uma olhada no blogger (a admistração do blog) e vi que este post teve mais de 10.000 acessos em aproximadamente 1 ano.
Resolvi 'repostá-lo'. Não sei se está atualizado mas é para lembrar que a galera dos blocos só pensa naquilo! 

Os engraçados e maliciosos nomes de Blocos de Rua do Rio
De uns dez anos prá cá o carnaval do Rio tomou um novo impulso graças ao retorno triunfal dos Blocos de Rua, forma que marcava a festa descompromissada das folias de Momo fora da Sapucaí em épocas remotas na cidade maravilhosa.
É verdade que isso vem trazendo alguns problemas, como o trânsito, os beberrões e os mijões.
Confesso: me incluam fora dessa, ainda mais com esse calor.
Sou mais praia (desde que não muito lotada, o que é raro nessa época), churrasco, cerveja, boteco, livros e filmes.
Sem muitas agitações. Mas dá pra ver de longe.
O que mais gosto são os engraçados nomes de duplo sentido de alguns blocos.
Marcam a irreverência carioca.
Vejam só alguns deles com seus respectivos bairros:
- Imprensa que eu gamo (Laranjeiras)
- Tá na frente eu empurro (Bento Ribeiro)
- Calma, calma sua piranha! (Botafogo)
- Inova que eu gosto (Flamengo)
- Perereka sem dono (Botafogo)
- Vem cá me dá (Barra)
- Parei de beber, não de mentir (Curicica)
- Já comi pior pagando (Tijuca)
- Se não guenta por que veio? (Tijuca)
- O negócio tá feio e seu nome tá no meio (Engenho de Dentro)
- Xupa mas não baba (Laranjeiras)
- Velozes e Furiosas (São Conrado)
- Só o cume interessa (Urca)
- Eu choro curto mas rio comprido (Rio Comprido)
- Vai tomar no Grajaú (Grajaú)
- É mole mas é meu (Irajá)
- É pequeno mas vai crescer (Botafogo)
- Vem ni mim que sou facinha (Ipanema)
- Geriatria e pediatria (Campo Grande)
- Que merda é essa? (Ipanema)
- Associação Carnavalesca Infiéis (Centro)
- Empurra que entra (Freguesia)
- Meu bem, volto já (Leme)
- Me beija que sou cineasta (Gávea)
- Ninguém é dono de ninguém (Recreio)
- Tá cheio de maluco aí (Copacabana)
- Mulheres de Chico (Ipanema)
- Ai, que vergonha (São Conrado)
- Broxadão, a hora é essa! (Copacabana)
- Volta, Alice (Laranjeiras, na Rua Alice, onde mora nossa querida tia Carminha)
P.S.:
Algumas atualizações de 2013:
- Enxota que eu vou
- Butano na Bureta
- Rolha mole não entra
- Cobra sarada
- Apertado mas entra
- Se deixar eu boto
- Se não quiser me dar, me empresta
- É mole mas estica
- Tapa na peteca
- Nem muda nem sai de cima
- Desliga da Justiça
- Me esquece (esse saía na Delfim Moreira no Leblon mas foi transferido para o Jardim Botânico).

27 de janeiro de 2013

Razões Para Ser Bonita


Chove lá fora e aqui, tá tanto frio...
Essa é do Lobão. Não está frio, mas chove muito neste instante. Por causa disso mudei os planos de pegar uma deliciosa praia e estou retornando ao blog. É verdade que tem muitos filmes e documentários gravados aguardando na fila  e alguns livros sendo lidos simultaneamente, mas o esforço ontem do Luiz Felipe de postar algo no blog (mesmo com tantas demandas) me fez dar uma olhadinha com carinho neste nosso espaço. Bem, é sempre um prazer.
Sobre os livros, comentarei oportunamente até porque não terminei ainda. Mas adianto que os três não são a trilogia "Cinquenta Tons de Cinza", que continua no topo na lista de Best Sellers. Nem comprei. Talvez esteja aguardando outras cores e seus diversos tons... azul, verde, amarelo, vermelho... Mas o dia está cinzento, conectado portanto com a citada obra.
Multidisciplinar, nosso blog  pouco comentou em sua história sobre peças de teatro. Vale lembrar incursões do Luiz Felipe sobre o tema, como em "A Alma Imoral" com a Clarice Niskier.
A pouca abordagem do assunto deve-se ao fato do mesmo não ser ainda devidamente popularizado, seja em termos de divulgação para o grande público bem como por questões econômicas e culturais.
Aí é bom lembrar da iniciativa do Governo Federal ao criar a Bolsa Cultura que pode significar uma mudança neste quadro.
Mas o fato é que, depois de longo e tenebroso inverno (verão?), assistimos na semana passada à peça "Razões para ser bonita" e o post é para recomendá-la. Trata-se de adaptação de Suzane Garcia da obra original de Neil LaBute. Uma comédia dramática que vai mostrando através da relação de amizade de dois casais de trabalhadores como há um exagero na valorização da beleza física e na preocupação com o que os outros estão pensando acerca de nós, em época de Facebook, Twitter e Instagram.
É a terceira parte de uma trilogia do famoso dramaturgo americano e que foi sucesso na Broadway.
Com os ótimos Ingrid Guimarães, Marcelo Faria (filho de Reginaldo Faria e primo de Ingrid), Gustavo Machado e Aline Fanju. Direção de João Fonseca.
"A história sobre a relação entre quatro amigos mostra quanto o padrão de beleza "em voga" pode fazer sofrer e provocar angústias. Todos na peça, de alguma forma, estão presos ao modelo que valoriza o poder da beleza e da juventude.
A comédia aborda criticamente a importância das "embalagens" no mundo contemporâneo, fala do excesso de julgamentos que fazemos dos indivíduos à nossa volta e demonstra o quanto o padrão de beleza vigente pode conduzir não só o cotidiano, como também influenciar decisões importantes nas vidas das pessoas.
'O Neil Labute é um autor que faz uma comédia diferente, uma comédia ácida, já tinha visto outras montagens dele, de outros textos dele. E eu acho que esse assunto beleza, aparência é um assunto muito atual com o qual a gente se identifica. Então achei que era hora', contou Ingrid."
A peça vai continuar em cartaz no Teatro dos Quatro, Shopping da Gávea, até o final de fevereiro e depois poderá fazer um circuito nacional. Tomara.
Fica a dica de lazer e cultura do blog neste domingo lusco-fusco.


P.S.1: A foto abaixo tem a ver de forma indireta com a peça: minha filha registrou-a no domingo passado, por volta das 18 horas no caminho para a Gávea. Uma imagem de verão (nublado) da cidade maravilhosa.


P.S.2: Não dá para escrever um post hoje sem registrar a tragédia na casa noturna do Rio Grande do Sul. Fatos assim são anunciados: estamos sujeitos em transportes coletivos, cinemas, teatros, restaurantes, estádios... qualquer ambiente confinado.
Leis mais rígidas municipais e estaduais ou ao menos fiscalizações para cumprir as que já existem são indispensáveis. Seguranças preparados, briefing de segurança, saídas de emergência e rotas de fugas bem sinalizadas etc. são as únicas formas de evitar fatos tão tristes.
A registrar as lágrimas da Presidente Dilma, que demonstrou com sua emoção o sentimento de todos os brasileiros.

26 de janeiro de 2013

Líder do MST assassinado em Campos dos Goytacazes - RJ, deu no Blog do Roberto Moraes

É com trístreza profunda que venho registrar no Blog o assassianato covarde de um grande líder! O Cícero foi morto e a sua morte atinge no peito toda a luta que se trava há anos nesta região miserável, empobrecida pela sina de tempos remotos (ainda muito presente) com a história da intensa escravidão, do domínio da cana de açúcar e dos latifúndios desavergonhados.

O professor Roberto Moraes em seu blog, tratou do assunto com o destaque que o caso requer:
http://www.robertomoraes.com.br/2013/01/lider-do-mst-e-assassinado-covardemente.html

"Líder do MST é assassinado covardemente em Campos

Um dos principais coordenadores do MST em Campos, Cícero Guedes dos Santos foi assassinado a tiros nesta madrugada. Cícero foi visto pela última vez de bicicleta, por volta das 22 horas de sexta-feira, circulando entre os lotes do Assentamento Oziel Alvez, nas terras de Cambayba, do qual foi o principal coordenador da luta pela sua implantação. Cícero foi atingido na Estrada da Flora por diversos tiros na cabeça."

19 de janeiro de 2013

William Ackerman

William Ackerman é um grande sujeito. Nasceu na Alemanha e se mudou ainda jovem para os EUA. Fez curso regular na Stanford University e depois foi ser... carpinteiro!
Aprendeu sozinho a tocar violão de uma forma única. Seus amigos ficavam encantados ao ouvi-lo e resolveram juntar US$ 300 para que ele gravasse um disco. Isso em fins dos anos 1970.
Críticos descobriram  a gravação e viram que ali estava sendo criado algo novo, diferente ao som do violão de cordas de aço.
O sucesso para um público seleto o fez criar uma gravadora para fazer seus lançamentos e apresentar outros músicos que, como ele, faziam um som especial.
Nascia aí a platinada Windham Hill Records que depois de dezenas de lançamentos foi vendida para uma major em 1992.
De lá pra cá Will edita regularmente seus CDs para um público fiel.
Sua música e o som que consolidou na Windham Hill são um dos pilares da New Age Music baseada em elementos impressionistas e minimalistas. Música para a alma feita apenas com um violão e eventualmente com alguns outros instrumentos complementares.

Não é música para balada. Mas serve como trilha sonora para contemplação da natureza, como fundo musical de uma boa leitura ou apenas para um pouco de paz interior, curtindo bons momentos que não sejam agitados.
Ackerman tem hoje 63 anos.




17 de janeiro de 2013

Yanni - Adagio in C Minor

Tem músicas que parecem querer nos mostrar através de sons como seria a visão do paraíso e como isso nos traria paz e bem estar em nossas lutas diárias. Essa eu percebo assim.

14 de janeiro de 2013

Imagens do Verão:Búzios

Búzios ao anoitecer, ontem; sempre maravilhosa
Polo Gastronômico de Manguinhos, Búzios. Recomendo, mas... prepare o cartão!

13 de janeiro de 2013

Férias!

Aproveitaremos o período de férias do trabalho para também dar um descanso aos nossos estimados 17 leitores (a próposito, o número de acessos diários no blog tem sido uma média de 1.500 entradas).
Nem eu nem o titular Luiz Felipe Muniz pretendemos nos afastar totalmente, apenas o ritmo de postagens poderá ser menor nas próximas semanas.
Uma boa oportunidade para alguns mais entusiastas - que nos dão o prazer de frequentar esse espaço - explorarem posts mais antigos para rever alguns assuntos de interesse geral que abordamos aqui.
No mais é agradecer a 'audiência' e desejar um bom descanso para aqueles que também vão tirar ou já estão de férias neste quente (até agora) mês de janeiro.
Aos que estão trabalhando e/ou estudando, tem os fins de semana e a torcida para temperaturas mais amenas no dia a dia, sem chuvas torrencias, diga-se de passagem.

12 de janeiro de 2013

A Terra, a Humanidade, os Alienígenas e as Mutações em curso - alerta o Fórum Econômico Mundial


Nesta semana (08/01) o Fórum Econômico Mundial fez publicar um relatório baseado em pesquisas de mais de 1000 especialistas de governos, da indústria e da academia em todo o mundo, o chamado Relatório Riscos Globais 2013.

Quando tomei conhecimento dos temas abordados, de cara eu cheguei a pensar que estava "viajandam" (sabe como?), não acreditei muito no primeiro texto que me chegou sobre o que tratava o tal Relatório. Mas aí fui buscar mais consistência na internet e para minha surpresa era isso mesmo, ou seja, o Fórum Econômico (vejam bem, não é o Fórum Social Mundial não!!) teve a ousadia de emitir um grande alerta (surreal, diga-se de passagem) sobre o futuro próximo da humanidade, fazendo um mix complexo com temas supostamente desconexos: Saúde Humana, Nanotecnologia, Aceleração Cognitiva, Novas Tecnologias de Intervenção Climática, Resiliência Ambiental, Stress Econômico e Vida Extraterrestre, é mole?!

Pois bem, os loucos e "esotéricos" de plantão agora invadiram também o Fórum Econômico Mundial. Estão a falar que há riscos profundos para o prosseguimento da humanidade como a conhecemos hoje, e que tudo, ou seja, a forma como vemos as coisas neste mundo de "Deus", pode mudar radicalmente nos próximos anos, sim nos próximos 10 anos!!

Será? E você, acredita nisso?
  
"Humanidade deve começar a se preocupar com descoberta de vida alienígena, diz relatório


Fórum Econômico Mundial listou cinco fatores X, problemas sérios e ainda remotos que devem ter impacto na vida na Terra
Renata Cabral 
9/01/13 - 12h09

9/01/13 - 15h27 RIO - Enquanto o mundo concentra suas preocupações na crise nos países desenvolvidos e no aquecimento global, o Fórum Econômico Mundial alerta para os chamados “fatores X”, que, segundo a organização, já deveriam estar na pauta de discussão de países e organizações internacionais por terem consequências incertas e, por isso, poder de desestabilizar a atual ordem mundial — entre eles, a descoberta de vida alienígena. O abuso da tecnologia para aumentar a produtividade no trabalho e nos estudos também é citado.
Com o ritmo da exploração do espaço nas últimas décadas, diz o documento, é possível considerar que a humanidade pode descobrir vida em outros planetas. A maior preocupação seria sobre os efeitos nos investimentos em ciência e sobre a própria imagem do ser humano. Supondo que seja encontrado um novo lar em potencial para a humanidade ou a existência de vida em nosso sistema solar, a pesquisa científica teria deslocados grandes investimentos para robótica e missões espaciais. Além disso, as implicações filosóficas e psicológicas da descoberta de vida extraterrestre seriam profundas, desafiando crenças das religiões e da filosofia humana. Por meio de educação e campanhas de alerta, o público poderia se preparar melhor para as consequências desse processo, indica o fórum.
O relatório anual sobre os riscos globais, publicado duas semanas antes do encontro anual que ocorrerá em Davos, teve colaboração da revista científica “Nature” considerando cinco fatores X: além da descoberta de vida em outros planetas, o avanço cognitivo do cérebro humano pelo uso de estimulantes, o uso descontrolado de tecnologias para conter as mudanças climáticas, os custos de se viver mais e as próprias mudanças climáticas em curso. De acordo com o relatório, antecipando-se a essas questões, seria mais fácil agir preventivamente e não ser pego de surpresa quando eles emergirem."

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O Espírito e o Significado das Coisas

'A coisa' está presente em todos os cantos deste país (e de outros também). No sexo, na política, no cinema, na literatura, na música, etc. Mas o que é a "coisa"?
O interessante texto abaixo dá uma geral no mistério linguístico.
Até onde consegui descobrir, trata-se de artigo publicado em uma revista chamada Revista da Língua Portuguesa, editada em 2006 e de autoria de um professor cujo nome é Franciscarlos Diniz mas não tenho certeza sobre essa informação.
Editei e coloquei algumas imagens para ilustrar. Vale a pena ler.

Com mil e uma utilidades
"A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia. Coisas do português.

A natureza das coisas: gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já
coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".

Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha.

Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: "Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já." E, como em Olinda sempre há bloco
mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha.

Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica O Coisa em 1943. A Coisa é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu A Força das
Coisas, e Michel Foucault, As Palavras e as Coisas.

Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a
coisa!"

Devido lugar: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. "Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca." Coisas de
Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.

Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração", de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).

Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!

Coisa de cinema! A Coisa virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus".

Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré ("Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar"), e A Banda, de Chico Buarque ("Pra  ver a banda passar / Cantando coisas de amor"), que acabou de ser relançada num dos CDs triplos do compositor, que a Som Livre remasterizou.

Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".

Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas.

Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal, "são tantas coisinhas miúdas"). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade ("ô coisinha tão bonitinha do pai"). Todas as
Coisas e Eu é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa...Já qualquer  coisa doida dentro mexe." Essa coisa doida é uma citação da música Qualquer Coisa, de Caetano, que canta também:
"Alguma coisa está fora da ordem."

Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal. O cheio de coisas é o
indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.

A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa:
"Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!

Coisa à toa. Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema Eu, Etiqueta, Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu
sou a coisa, coisamente." E, no verso do poeta, "coisa" vira "cousa".

Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para ser usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são
coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.

Mas, "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida", cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda.

Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: "amarás a Deus sobre todas as coisas"."

Almas Perfumadas: O Aroma Interior

Da série "Retrospectivas".  
Como falei de um perfume no post anterior me lembrei deste.
Trata-se de post relativamente recente (publicado ano passado), mas como foi muito comentado por amigos leitores elogiando o texto reproduzido, repetimos o mesmo para reflexão a respeito: até que ponto exalamos um perfume vindo da alma para deleite dos que nos rodeiam?

Quase sempre por trás de ações perniciosas realizadas no planeta, países, comunidades, etc. existe um grande vilão.
É só olhar a história. Antiga e atual.
Verdade que nem sempre os "vilões" que aparecem estão sozinhos ou se formaram do nada.
Tem sempre interesses escusos nacionais e internacionais envolvidos.
Mas não desejo falar desses vilões e sim lembrar que se existem trevas, a luz também aparece.
E na figura de pessoas especiais que fizeram e fazem a diferença positiva neste mundo.
Também neste caso poderíamos citar diversos nomes.
Este tema entrou em pauta porque ouvi hoje uma antiga música do grupo mineiro-carioca 14 Bis, do disco "A Idade da Luz", de 1983.
Trata-se da canção "Adoráveis Criaturas". Um dos versos canta:

"Seres luminosos brilham mais aonde é preciso de luz
 A cada nova era aqui na Terra a coisa se reconduz
São adoráveis criaturas 
Surgindo do inesperado
Deixando esse louco planeta
 
Inteiramente mudado".
Trazendo essa visão planetária para um ângulo mais pessoal, pergunto a vocês: quem nunca encontrou na vida uma dessas pessoas especiais, sempre de bom-humor, com uma visão positiva da vida, distribuindo otimismo e uma espécie de bem-estar que encontramos ao estar ao lado delas? Na família, nas escolas por onde passamos, no trabalho, na vizinhança, em qualquer época da vida.
São "seres luminosos" que além de possuir luz própria, iluminam caminhos de outras pessoas, muitas vezes nem se dando conta disso. São "almas perfumadas".
É verdade que pessoas assim também são alvos mais fáceis do "vampirismo" alheio, mas isso é outra história.
Fechando essa idéia que começou com os versos da música do 14 Bis, vejam esse belo texto denominado exatamente "Almas Perfumadas" que traduz com belas palavras de prosa-poética o que tentei dizer aqui.
Trata-se de texto já bem reproduzido pela Internet afora e quase sempre creditado ao grande Carlos Drummond de Andrade. No entanto, uma pesquisa mais apurada me indicou que a verdadeira autora chama-se Ana Cláudia Saldanha Jácomo, jornalista, e ela escreveu como uma homenagem para avó, conforme descrito no último parágrafo.
Que tentemos ser ao longo de nossa vida, pelo menos um pouquinho, uma "adorável criatura" e transmitir, mesmo que de forma discreta, um pouco de luz e um suave perfume vindo da alma para os que nos rodeiam.

Almas perfumadas
Ana Cláudia Saldanha Jácomo
"Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.

Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas,pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.
Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro.
Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia. Minha avó era alguém assim. Ela perfumou muitas vidas com sua luz e suas cores. A minha, foi uma delas. E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou. E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que, numa temporada, se vestiu de Edith, para me falar de amor."
Fonte: Releituras

11 de janeiro de 2013

Lady Gaga: Negro Veneno

Não posso afirmar que seja um fã do trabalho da cantora Lady Gaga.
Mas reconheçamos a sua capacidade como 'showoman' e sua visão ampla das estratégias necessárias para se manter no topo do mercado via marketing da própria figura.
Sua mais recente investida foi no ramo da perfumaria de luxo com uma campanha publicitária criativa e polêmica, como as fotos que fez para a Coty no lançamento do seu eau de parfum Poison cuja nome ('Veneno') e a cor negra (não tenho notícias de outro perfume cujo líquido tenha essa tonalidade) tem tudo a ver com a imagem da moça.
Imagino que seja um perfume sensual, inebriante.
Mais um ponto para ela.
Cliquem nas imagens para ampliar.
 


Musa da Semana: Evangelina Anderson

Porque hoje é sexta...
Na semana passada a musa foi a brasileiríssima Cléo Pires. Na anterior a venezuelana Yeda Yespica. Hoje fazemos uma ponte América do Sul - Europa com a escolha da modelo argentina que mora na Espanha, Evangelina Anderson.
O que nos chamou a atenção para escolher a moça como Musa da Semana foi o fato dela ter ganho o troféu "Bola Rosa de Ouro" 2012.
Mas que diabos de eleição é essa?! Simples: o jornal espanhol "Sport" elege a cada ano a mais bonita mulher, noiva ou namorada de jogador de futebol através de votação de jornalistas do meio esportivo.
O fato tem um complicador (depende do ponto de vista): ela está separada do zagueiro Martín Demichelis de quem tem um filho e espera outro. Mas os sites de fofocas espanhóis dizem que eles vão reatar em breve. Que coisa...
Tomara que reatem mesmo pelo fato da modelo estar já no oitavo mês. Aliás as fotos aqui reproduzidadas são anteriores ao fato. Atá achei imagens dela grávida de biquini mas não optamos por selecionar essas.
Para quem não conhece, segue breve demonstrativo das qualidades inerentes da moça, independe da sua condição conjugal e se o escolhido é ou não jogador de futebol.
Merece atenção de amantes do futebol ou não.
Ela sim bate um bolão!


  









10 de janeiro de 2013

2013: Começaram as Eleições Presidenciais - O que a oposição, mídia, etc. (as forças da direita radical) estão fazendo; o que o Governo, Lula e o PT precisam fazer

Última chance para derrubar Dilma

Por Antonio Lassance, no sítio Carta Maior:

"A oposição sabe que o ano-chave das eleições não é 2014, é 2013. Ou ela começa já a derrubar a popularidade de Dilma, incentiva candidaturas competitivas e estigmatiza de vez o partido da presidenta, ou pode dar adeus não só às suas remotas chances de vitória, mas de que haja segundo turno em 2014. O “timing” para fazer isso é 2013, ou será tarde demais para conseguir tirar a vantagem que hoje tem a presidenta contra qualquer adversário.

Ao contrário de campanhas anteriores, os tucanos já definiram seu candidato com bastante antecedência. A antecipação ocorreu porque a tarefa da oposição é ingrata. A popularidade de Dilma anda na estratosfera (73%) e resistiu aos escândalos direcionados contra seu governo, ao julgamento da Ação Penal 470 e à desaceleração da economia. A presidenta e o PT não só atravessaram tudo isso como conseguiram ampliar o número de prefeituras e derrotar o PSDB na cidade com o maior eleitorado do país. Uma dificuldade extra para a política em 2014 será o clima de copa do mundo de futebol, mais intenso e que se estenderá por mais tempo no Brasil.

Na batalha para garantir que pelo menos haja segundo turno, os que fazem oposição ao governo Dilma sabem que não podem confiar só no PSDB. Torcem por um maior número de candidatos com pelo menos 10% de intenções de voto cada. Faz parte do jogo trazer Marina Silva de volta à cena, falando de meio-ambiente; dar voz ao Psol para falar de corrupção; estimular Eduardo Campos – que já disse que não é candidato - a se tornar candidato. Nessa divisão do trabalho, os tucanos centram seu foco na economia, ou melhor dizendo, no tema das finanças (públicas e privadas).

Na nova estratégia oposicionista, o tempo é a variável fundamental. A estigmatização dos adversários e a editorialização da política já são armas corriqueiras. Os alvos também continuam, em grande medida, os mesmos. Incluem os clichês da tradicional espiral de pessimismo: "a inflação está alta demais", "os gastos públicos fugiram do controle", "o país vai crescer menos que o Haiti", "a saúde está pela hora da morte", "a educação só piora".

Os estigmas mais fortes virão dos desdobramentos do mensalão. A oposição ambiciona as imagens de petistas indo para a carceragem, se possível, algemados; melhor ainda se forem pegos de pijama e seguirem para a prisão em camburões, filmados pelos helicópteros das redes de TV.

Os novos alvos ficam por conta da batalha pela redução das tarifas de energia, confrontada com o fantasma do apagão, e da gestão da prefeitura de Haddad, que poderá ser alvo da mesma tentativa de erundinização que se viu na campanha de 1989 contra Lula, quando uma administração boa e séria foi transformada em um péssimo exemplo pelos adversários.

Está certíssimo o ministro Gilberto Carvalho, que disse que “2013 vem aí e vem muito bravo”. A questão é saber: diante dos ataques, o que farão a presidente, seu governo, Lula e o PT?

Uma grande expectativa está sendo depositada em uma presença pública mais intensa de Lula, com suas caravanas, seu contato com o povo, sua língua ferina contra os adversários, seu improviso, suas metáforas. Esse estilo direto e mambembe de fazer política sempre ajudou o PT a inverter o jogo em momentos difíceis.

Mas será que isso basta? Lula será fundamental para defender o PT e a si próprio dos duros ataques que vem sofrendo. Também pode fazer, melhor do que ninguém, a defesa de seu legado. Em 2013, completamos 10 anos do início de muitas mudanças que agora fazem parte da paisagem socioeconômica do país. Mas há toda uma nova geração de brasileiros que já não se recorda do que era este país antes de Lula. Não sabe o que era a educação sem Fundeb, sem Pró-Uni, sem Cefet’s, sem as universidades que foram criadas ou ampliadas. Não sabe o que era a Saúde sem a Política Nacional de Urgência e Emergência - da qual fazem parte o SAMU e as Unidades de Pronto Atendimento - e sem “Brasil Sorridente”.

Tem gente que não se lembra o que era a infraestrutura do país antes do PAC, nem da época em que engenheiros começavam a aparecer nas esquinas vendendo cachorro-quente. Muita gente não tem ideia do que era a vida dos mais pobres com a taxa de desemprego acima de dois dígitos, sem o Bolsa Família, sem o “Minha Casa, Minha Vida”, sem o “Luz para todos”. Antes da criação das contas populares, que permitiram a bancarização de milhões de brasileiros, muitos tinham vergonha de entrar em uma agência bancária e só conseguiam crédito recorrendo à agiotagem. Neste sentido, Lula pode ajudar muito a refrescar a memória do país.

Mas, e Dilma? Estamos falando de seu governo, e não só do governo Lula. É da presidenta a responsabilidade primordial de dizer o que é e o que faz seu governo. Seria bom que fizesse isso mudando ou no mínimo variando mais seu padrão de comunicação, incluindo entrevistas a blogueiros, a rádios e veículo do interior, sindicais e comunitários.

Se quiser fazer frente a seus adversários e ao tamanho dos desafios colocados, Dilma vai ter que falar mais, que viajar mais. Vai precisar explicar mais o que está acontecendo, o que está fazendo e o que está em jogo para o futuro do país. Terá que se rodear menos de ministros e celebridades, e mais do povo das ruas. Afinal, este ano de 2013 começou com altas temperaturas e com cara de primeiro turno."

Enquanto isso, no lado direito...

O Vestido Vermelho

Se eu te perguntasse como é feito um Notebook ou uma Usina Nuclear provalmente você não saberia responder mas seria uma pergunta, digamos, inteligente. Pelo menos isso.
E se eu te perguntasse sobre todas as etapas da realização de um vestido: o projeto, confecção, marketing...
Também não saberia em detalhes mas... quem precisa saber uma coisa banal?!
Não sei não. A complexidade e os resultados estão também em coisas não tão tecnológicas.
E garanto que muita gente (mulheres sobretudo) vão achar esse pequeno video bem legal.

The Art of Making, Red Dress

When an idea materializes into paper and continues to magically transform into a deep red fabric, the only thing you can do is let go and follow your heart. We hope you enjoy it!
"Love what you do and believe in what you do" Samantha Sotos
The ‘Art of Making’ series aspires to display and highlight people who go against the spirit of today’s pessimism and desperation. They dare to dream and create with zeal and imagination. Armed with passion for knowledge and emotion, they attempt to combine the precision of science with the elegance and resourcefulness of art. We thank them wholeheartedly for their contribution.
Directed by - Dimitris Ladopoulos, Spiros Rasidakis

Director of photography - Nikos Mexis

Editing - Theodoros Armaos

Sound design - Nikos Tsines, George Potagas

Music - 'Silk', Monsieur Minimal monsieurminimal.com
Fashion Designer - Samantha Sotos samanthasotos.com
visit film page - deepgreensea.net

Humor de Quinta: A Senha e Outras Histórias




9 de janeiro de 2013

Em época de BBB: Morrendo de tanta diversão - Discurso público na era do Show Business

Da série "Retrospectivas". Postado em novembro de 2011.

Faz algum tempo que não postamos aqui uma de nossas "séries" que denominamos ironicamente de "The Book Is On The Table". O certo hoje seria "The Book Is On The Tablet".
E o motivo é bem simples. Trata-se de resenhas acerca de livros que tenhamos lido recentemente e... como não temos tido tempo de ler nada de novo ultimamente...

O que me faz sentir saudades dos tempos em que lia uma média de um livro por semana. Ou ainda, quando lia até três livros simultâneamente.
Aí veio a ideia de fazer comentários sobre livros antigos que de alguma forma marcaram momentos de minha vida como leitor.

E logo de primeira me lembrei de três:
- "A Revolução dos Bichos" (1945, George Orwell): Uma fábula satírica sobre totalitarismo e socialismo, "narrando uma história de corrupção e traição, recorrendo a figuras de animais para retratar as fraquezas humanas".

- "1984" (1949, George Orwell): "O romance se tornou famoso por seu retrato da difusa fiscalização e controle de um determinado governo na vida dos cidadãos, além da crescente invasão sobre os direitos do indivíduo. Desde sua publicação, muitos de seus termos e conceitos, como o do "Big Brother" são utilizados extensamente."

- "Admirável Mundo Novo" (1932, Aldous Huxley): "Narra um hipotético futuro onde as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente a viverem em harmonia com as leis e regras sociais, dentro de uma sociedade organizada por castas. A sociedade desse "futuro" criado por Huxley não possui a ética religiosa e valores morais que regem a sociedade atual".

Sobre esse último, décadas depois, Aldous Huxley voltou ao assunto em "Retorno ao Admirável Mundo Novo", um ensaio onde demonstrava que muitas das "profecias" do seu romance estavam se realizando graças ao "progresso" científico, no que diz respeito à manipulação da vontade de seres humanos.

Bem, eu falei em retornar a livros antigos, mas isso não significa que eu os tenha lido na época de lançamento (rs). "1984", por exemplo, eu li em... 1984! Já os outros dois li nos anos 1970.
O romance de Orwell inspirou Rick Wakeman (tecladista do Yes) em um álbum também chamado "1984".

Mas este post acabou não sendo uma resenha sobre os livros. Por coincidencia me chegou via e-mail uma pequena história em quadrinhos baseada em um outro livro, do educador e especialista em novas tecnologias, Neil Postman. O livro chama-se "Amusing Ourselves to Death: Public Discourse in the Age of Show Business" de 1985. Em uma livre tradução seria "Morrendo de tanta diversão: discurso público na era do Show Business".

A HQ é de autoria de Stuat McMillen, feita em 2004 e traz um pequeno resumo do livro de Neil Postman que nada mais é do que uma comparação das visões de futuro de Orwell e Huxley. Para o autor quem atualmente tem um percentual de acerto maior é Aldous Huxley.

Vejam a HQ que reproduzimos abaixo e entenderão melhor. Aproveitem para tirar as próprias conclusões sobre o que vivemos atualmente.