tag:blogger.com,1999:blog-5572351484740698209.post3321430078601095231..comments2024-01-27T16:09:00.751-03:00Comments on Blog de Luiz Felipe Muniz: Dilma não é otária e não se intimida com armadilhas pois tem a razão a seu lado: a entrevista no Jornal Nacional, por PHALuiz Felipe Munizhttp://www.blogger.com/profile/15104912913070264171noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-5572351484740698209.post-47142056739191316312014-08-19T14:59:20.444-03:002014-08-19T14:59:20.444-03:00No Blog Viomundo
Uma explicação para a postura im...No Blog Viomundo<br /><br />Uma explicação para a postura imperial de William Bonner diante de candidatos<br /><br />por Luiz Carlos Azenha<br /><br />Trata-se de um simulacro de jornalismo, que nem original é. Nos Estados Unidos, muitos âncoras se promoveram com agressividade em suposta defesa do “interesse público”. Eu friso o “suposta”. Lembro-me de um, da CNN, que fez fama atacando a “invasão do país por imigrantes ilegais”. Hoje muitos âncoras do jornalismo policial fazem o mesmo estilo, como se representassem a sociedade contra o crime.<br /><br />William Bonner está assumindo o papel de garoto-propaganda da criminalização da política. Ao criminalizar a política, fazendo dela algo sujo e com o qual não devemos lidar, ganham as grandes corporações midiáticas. Quanto mais fracas forem as instituições, mais fortes ficam as empresas jornalísticas para extrair concessões de todo tipo — do Executivo, do Legislativo, do Judiciário.<br /><br />A postura supostamente independente de Bonner, igualmente agressivo com todos os candidatos, faz parecer que as Organizações Globo pairam sobre a política, que nunca apoiaram a ditadura militar, nem tentaram “ganhar” eleições no grito. Que os irmãos Marinho não fazem política diuturnamente, com lobistas em Brasília. Que os irmãos Marinho não tem lado, não fazem escolhas e nem defendem com unhas e dentes, se preciso atropelando as leis, os seus interesses. Como em “multa de 600 milhões de reais” por sonegar impostos na compra dos direitos de televisão das Copas de 2002 e 2006.<br /><br />A agressividade de Bonner também ajuda a mascarar onde se dá a verdadeira manipulação da emissora, nos dias de hoje: na pauta e no direcionamento dos recursos de investigação de que a Globo dispõe. Exemplo: hoje mesmo, no Bom Dia Brasil, uma dona-de-casa do interior de São Paulo explicava como está fazendo para economizar água.<br /><br />A emissora não teve a curiosidade de explicar que a seca que afeta milhões no Estado não é apenas um problema climático, resulta também de falta de investimentos do governo de Geraldo Alckmin, que beneficiou acionistas da Sabesp quando deveria ter investido o dinheiro no aumento da capacidade de captação de água. Uma pauta complicada, não é mesmo?<br /><br />A não ser que eu esteja enganado, a Globo não deslocou um repórter sequer para visitar o aeroporto de Montezuma, que Aécio Neves mandou reformar quando governador de Minas Gerais perto das terras de sua própria família. Vai ver que faltou dinheiro.<br /><br />Tanto Alckmin quanto Aécio são tucanos. Na entrevista com Dilma, Bonner listou uma série de escândalos. Não falou, obviamente, de escândalos relacionados à iniciativa privada, nem em outras esferas de governo. Dilma poderia muito bem tê-lo lembrado disso, deixando claro que a corrupção é uma praga generalizada, inclusive na esfera privada, envolvendo entre outras coisas sonegação gigantesca de impostos. Mas aí já seria coisa para o Leonel Brizola.Luiz Carlos Azenhanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5572351484740698209.post-3602244535373308622014-08-18T23:24:41.871-03:002014-08-18T23:24:41.871-03:00Dilma no Jornal Nacional
Dilma foi melhor no Jorn...Dilma no Jornal Nacional<br /><br />Dilma foi melhor no Jornal Nacional do que tinha sido na sabatina do UOL.<br /><br />Eduardo Campos, num de seus últimos pronunciamentos, disse que a cada entrevista você vai melhorando, como se estivesse treinando futebol.<br /><br />Foi uma boa imagem, e isso explica pelo menos em parte o avanço de Dilma no JN em relação ao UOL.<br /><br />Ela foi também beneficiada por uma coisa: a previsibilidade das perguntas. E então pôde se preparar adequadamente.<br /><br />O foco da sabatina, como era de imaginar, foi corrupção e economia, com um breve intervalo em saúde.<br /><br />Na corrupção, o que se viu foi como um braço de ferro entre Bonner e Dilma, no qual ela se saiu melhor.<br /><br />Por uma razão. Bonner foi de uma credulidade brutal ao falar nos sucessivos “escândalos” do governo Dilma.<br /><br />Ele falou como se acreditasse em todos.<br /><br />Ora, fora do universo fechado das grandes empresas de mídia, todos sabemos quanto há de exagero ou mesmo invenção nas constantes denúncias trazidas bombasticamente por jornais e revistas, e depois ampliadas pelos telejornais como o comandado pelo próprio Bonner.<br /><br />Dilma lembrou, com propriedade, que muitos dos “escândalos” não se comprovaram reais depois de investigados.<br /><br />Ao questionar a mídia, Dilma como que trocou de papel com Bonner por momentos. Era como se ele fosse o sabatinado.<br /><br />A mídia não resistiria a uma sabatina sobre o rigor jornalístico na maior parte dos “furos” de corrupção no PT.<br /><br />Carlos Lacerda fabricava casos de corrupção contra Getúlio Vargas para dar feições terríveis ao “Mar de Lama”. Não tem sido muito diferente nos dias de hoje.<br /><br />Bonner, mais uma vez numa posição de absoluta credulidade, invocou as decisões do Supremo no Mensalão como acima do bem e do mal.<br /><br />Ora, valeu tudo no julgamento. A começar pela inovação de condenar sem provas com a assim chamada “teoria do domínio do fato”, uma excrescência jurídica que deve se despedir do Supremo junto com Joaquim Barbosa.<br /><br />Dilma completou a boa resposta ao lembrar que em nenhum momento comentou as decisões do Supremo por respeito à autonomia dos poderes.<br /><br />Patrícia Poeta trouxe a saúde ao debate, mas eis um terreno bom para Dilma. A saúde pública brasileira, com todas as suas conhecidas precariedades, foi amplamente beneficiada na gestão Dilma pelo programa Mais Médicos.<br /><br />Falar em saúde com Dilma é como dar a ela uma oportunidade de lembrar as dimensões do Mais Médicos. Que outro programa na saúde pública teve tamanho impacto quanto este?<br /><br />A economia foi brandida por Bonner contra Dilma. Mais uma vez, era fácil antever as questões: inflação e baixo crescimento.<br /><br />Não foi o melhor momento para criticar a inflação sob Dilma, porque as últimas taxas são particularmente baixas, quase na casa do zero por cento.<br /><br />Bonner pareceu querer responsabilizar Dilma pelo baixo crescimento, como se a crise econômica internacional que estourou em 2008 fosse uma simples desculpa.<br /><br />Não é.<br /><br />Num mundo tão interconectado, uma crise internacional acaba por afetar todo mundo.<br /><br />Numa primeira fase, é verdade, os países emergentes conseguiram escapar dos apuros, com destaque para a China e seu crescimento na casa dos 10% ao ano.<br /><br />Mas, depois, também os emergentes foram apanhados pela onda. O crescimento econômico da China, para ficar no caso mais conspícuo, sofreu uma notável desaceleração nos últimos dois ou três anos.<br /><br />É neste novo ambiente que também a economia brasileira começou a andar mais devagar.<br /><br />Dilma se saiu bem ao lembrar que, ao contrário de outras crises, a resposta agora não se traduziu, para a sociedade, em arrocho de salários e demissões em massa.<br /><br />O real problema da economia brasileira não é o baixo crescimento momentâneo — mas a desigualdade de sempre.<br /><br />Não adianta nada ter um PIB que cresça 10% ao ano se o dinheiro for parar num pequeno grupo privilegiado enquanto a miséria persiste entre tantos brasileiros.<br /><br />Mas desigualdade não é um tema para Bonner e nem para a Globo.<br /><br />Paulo NogueiraAnonymousnoreply@blogger.com