A cerimônia fúnebre/megashow em homenagem a Michael Jackson (de corpo presente) buscou resgatar a figura humana do artista. Ao estilo da tradição negra das igrejas de onde saiu o godspel e a soul music, o evento teve discursos e apresentações musicais que mostravam não só o compositor, cantor e dançarino, mas também o pai, o grande doador de fortunas para instituições de caridade, o inocente de acusações infundadas, a vítima de sua própria história, o mentor da ajuda à África na década de 80 que proporcionou nada menos que 55 milhões de dólares para combater a fome naquele continente, etc. Enfim, terreno preparado para a perpetuação de uma lenda. Em uma época que os mitos são cada vez mais efêmeros, Michael Jackson pode ser sim um dos últimos. De qualquer forma a cerimônia foi emocionante. O frágil gênio musical está morto. Nasce mais um mito.
M.C.O.
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