Conheço o Lobão desde os tempos do Vímana, anos 70, um grupo de Rock Progressivo que ele criou com os depois famosos Lulu Santos e Ritchie.
Que eu saiba só foi lançado um compacto simples (sei que muitos nem sabem o que é isso) pela Som Livre.
Depois ele ajudou o Evandro Mesquita a formar a Blitz mas logo partiu em carreira solo nos anos 80 como cantor e baterista.
Eu tinha seus dois primeiro LPs: "Cena de Cinema" e "Ronaldo foi pra guerra" (este com o grupo Os Ronaldos). Eram legais. Fazem parte daquela lista que os cupins comeram lá em casa (história já contada aqui).
Depois eu não acompanhei mais sua trajetória. Sei que lançou uma gravadora independente nos anos 90 e lançou uma autobiografia nos anos 90.
Lobão peidou um livro |
Não me interessei pelo livro. Preferi ler a de Eric Clapton e depois o hilário livro do Ozzy Ousborne.
Na última década ele vem marcando presença não pela música, mas pelas declarações ferinas, atirando para (quase) todos os lados. Ao que parece alguns ele preserva.
E também muda de posição ideológica ao sabor dos ventos. Também, ao que parece.
Abri essa discussão por conta do novo livro que ele está lançando e que eu não vou ler.
Não tenho saco para muito blá-blá-blá tipo 'mano cae' cujo principal legado filosófico é detonar a quem se interessa detonar por algum motivo (sabe se lá qual).
Mas, convenhamos, a polêmica faz vender livros. Mesmo se não tiver sentido.
Provavelmente o Instituto Millenium vai aprovar e recomendar a "obra".
Provavelmente o Instituto Millenium vai aprovar e recomendar a "obra".
Copiei dois posts sobre o tema e inseri logo abaixo.
Quem se animar, que compre o livro.
Me incluam fora dessa.
Aliás o Lobão que se cuide pois pode tomar porrada do Mano Brown, um dos inexplicavelmente detonados.
Mano Brown resume bem o músico Lobão: “Age como uma puta para vender livro”
"Lançando o livro Manifesto do Nada na Terra do Nunca,o músico Lobão atacou diversas personalidades brasileiras. Em trechos da publicação, o cantor chama Dilma Rousseff de “torturadora” em capítulo cujo título é “Vamos Assassinar a Presidenta da República?” (escreve isso sobre Obama pra ver o que vai dar) e o cantor Roberto Carlos é referido como “múmia deprimida”. Os ataques respingaram também nos rappers do Racionais MCs, descritos como “braço armado do PT”.
Mano Brown, líder do grupo paulistano de rap, foi ao Twitter responder alguns fãs que questionaram qual seria sua postura após o ataque de Lobão.
Veja a resposta de Mano Brown:
“Conheci o Lobão em 1996. Cumprimentei e depois disso nunca mais o vi. Sinceramente não tenho o que falar da pessoa dele. Estranho o Lobão falar de mim sem nunca ter me conhecido. Não entendo a postura dele agora. Ele pregava a ética e a rebeldia. Age como uma puta para vender livro. Nos anos 80 as ideias dele não fizeram a diferença para a gente aqui da favela. Ninguém é obrigado a concordar com ninguém, nem ele comigo. O Lobão está sendo leviano e desinformado. Tô sempre no Rio de Janeiro, se ele quiser resolver como homem, demorô! Do jeito que aprendi aqui“. "
Fonte: Com Texto Livre
O blablablá paranóico de Lobão
“Ficar chateado ou mordido com o que a imprensa escreve é uma
ingenuidade. Porque é o veículo do qual a gente tem de se valer, e
tentar driblar, para colocar nosso produto na praça”.Isso é Lobão numa entrevista dos anos 90. É o que ele sempre fez em sua carreira: se autopromover a qualquer custo para vender seja lá o que for. Desta vez foi na Folha Ilustrada, numa entrevista sobre o lançamento de seu novo livro de “ensaios”.
Bateu em Dilma Rousseff (“Ela foi terrorista. Ela sequestrou avião, ela pode ter matado. Como que ela pode criar uma Comissão da Verdade e, como presidenta, não se colocar?”), no PT (“Esses que estão no poder, Dilma, Emir Sader, Franklin Martins, Genoíno, estavam na luta armada. Todos esses guerrilheiros estão no poder. Porra, alguma coisa está acontecendo!”), na Tropicália e na Bossa Nova (“Sempre tive muito desinteresse pela Tropicália. Tom Zé, Jards Macalé e João Donato sempre foram melhores do que os que estão aí hoje representando o movimento, tanto o da bossa nova quanto o da Tropicália”), no rap (“Os Racionais são o braço armado do governo, são os anseios dos intelectuais petistas, propaganda de um comportamento seminal do PT. Não acredito em cara ressentido”).
Lobão é um caso clássico de hiperativo que, para desavisados, passa por inteligente, corajoso ou algo assim. É o famoso sujeito que “não tem papas na língua”. O mesmo baterista que agora enxerga comunistas debaixo da cama e execra Lula já votou em Lula duas vezes, como admitiu para a Playboy em 2000. Fez campanha, aliás, em 89, no Domingão do Faustão, solando o jingle (o vídeo foi misteriosamente retirado do ar).
O mesmo Lobão que virou um – vá lá – baluarte do conservadorismo afirmou: “Eu me considero um ser prioritariamente anárquico. Mas acredito que precisamos de algo virado para o social porque senão a gente entra na idade da pedra, no extremo de exclusão. A gente está sendo governado por tecnocratas que vêem tudo através de números e estatísticas. Eu teria como ideal um governo como o da Holanda: social, apesar de ser um país de tradição mercantilista. Já passei por lá: você vai a um hospital público e é uma coisa maravilhosa”.
O mesmo assassino da MPB já declarou que “essa atrofia que a gente está vivendo nem a ditadura militar nos anos 60 conseguiu. Porque ainda assim tivemos Gláuber Rocha, Tom Jobim, Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil”.
Ok. Digamos que Lobão mudou de ideia, o que é um direito elementar dele. Mas Lobão sempre muda de ideia, de acordo com a plateia e o momento. A virada “ideológica” de Lobão é tão autêntica quanto um hambúrguer de soja. Como ele sofre de incontinência verbal, é garantia de que alguma coisa absurda e barulhenta vai sair de uma conversa. Suas análises não têm estofo, são como um trovão no vazio. Ele cita mal escritores e filósofos. E, de maneira esquizofrênica, tenta emular Caetano Veloso, seu desafeto, pleiteando um lugar de “músico e intelectual”.
A única coisa realmente genuína nas diatribes de Lobão, com a qual ele costuma ser coerente, é seu ódio doentio de Herbert Vianna, o líder dos Paralamas, a quem ele acusa há 30 anos de ser seu plagiador e de ter, basicamente, arruinado sua vida. Herbert, elegante e sabiamente, sempre se recusou a comentar. Com Mano Brown, dos Racionais, vai ser diferente, pelo jeito. Brown deixou um recado no Twitter. “Tô sempre no Rio de Janeiro, se ele quiser resolver como homem, demorô!”, escreveu. “Ele, que pregava a ética e rebeldia, age como uma puta para vender livro”.
Fonte: Diário do Centro do Mundo
4 comentários:
por Gerson Carneiro, especial para o Viomundo
LOBÃO MENTE
Diz o Lobão: “Em 1961, começaram a luta armada. Era bomba estourando, eu estava lá. Minha mãe falava: você vai ser roubado da gente, o comunismo não tem família”.
Lobão mente! Nascido em 11 de outubro de 1957, em 1961 Lobão tinha apenas 3 anos de idade. E nos anos de chumbo, na década de 70, Lobão estava experimentando drogas no Rio de Janeiro, como confessa em sua auto-biografia intitulada “50 anos a mil”.
Em 1961, não era possível, e não era comum, a uma criança de apenas 3 anos de idade, desprovida de internet e de televisão (sim, porque, em que pese o fato de na época a televisão ter chegado ao Brasil há só 11 anos, não existia programas televisivos para despertar consciência política em uma criança) ser capaz de perceber a realidade política do mundo adulto em sua volta.
Diferentemente do que se passa no tempo atual em que a relação de consumo é determinante para despertar certo grau de consciência política nas crianças.
Outro dado que atesta a mentira do Lobão é que a luta armada contra a ditadura civil-militar começou após a entrada em vigor do AI-5, em 13 de dezembro de 1968, e não em 1961.
Ao que parece Lobão andou tendo aula de História com o professor Aluízio Mercadante antes de escrever seu “Manifesto do Nada na Terra do Nunca”. Ao menos o título da obra é coerente com o desconhecimento do Lobão.
Para preencher a linguiça das 591 páginas de “50 anos a mil”, Lobão relata até que sua avó fazia bonecos de pano e que ele adorava regar as flores da vovozinha. Em nenhum momento faz referência a qualquer participação sua na luta contra ou a favor da ditadura.
Ou seja, acontecimento de relevância na infância e juventude do Lobão foram mesmo os bonecos de pano e as flores da vovozinha.
Portanto, Lobão mantém a tradição: mais uma vez tenta mentir como fez passando-se por vovozinha. Só que as vovozinhas contemporâneas são usuárias de internet e bem mais espertas do que ele.
Perdeu, Lobão.
Para entender melhor vejam a entrevista.
Lobão, em entrevista:
Presidente Dilma e a Comissão da Verdade
"Ela foi terrorista. Ela sequestrou avião, ela pode ter matado. Como que ela pode criar uma Comissão da Verdade e, como presidenta, não se colocar? Deveria ser a primeira pessoa a ser averiguada. Você vai aniquilar a história do Brasil? Vai contar uma coisa totalmente a favor com esse argumento nojento? Porque eles mataram, esquartejaram pessoas vivas, deram coronhadas, cometeram crimes.
O estopim, a causa da ditadura militar foram eles. Desde 1935, desde a coluna Prestes, começaram a dar golpes de Estado. Em 1961, começaram a luta armada. Era bomba estourando, eu estava lá. Minha mãe falava: você vai ser roubado da gente, o comunismo não tem família.
Quase um milhão de pessoas saíram às ruas pedindo para o Exército tomar o poder.
Acham que a junta militar estava a fim de dominar o Brasil? Não vejo nenhum desses presidentes militares milionário. E massacram os caras."
Regime militar
"Não acredito em vítima da ditadura, quero que eles se fodam. Eu fui perseguido, passei quatro anos perseguido por agentes do Estado. Por que eu tinha um galho de maconha? Me botaram por três meses na cadeia. Nem por isso eu pedi indenização ao Estado. Devo ter sofrido muito mais do que 90% desses caras que dizem que foram torturados."
PT
"Esses que estão no poder, Dilma, Emir Sader, Franklin Martins, Genoíno, estavam na luta armada. Todos esses guerrilheiros estão no poder. Porra, alguma coisa está acontecendo! Em 1991, só tinha um país socialista na América Latina, hoje são 18. São neoditaduras pífias. A Argentina é uma caricatura, o Evo Morales, o Maduro. Vão deixar o comunismo entrar aqui? É a mesma coisa que botar o nazismo. A América do Sul está se tornando uma Cortina de Ferro tropical. Existe uma censura poderosíssima perpetrada por uma militância de toupeiras. Quem está dando golpe na democracia são eles, o PT está há dez anos no governo."
Golpe de Estado
"Todo mundo fala da ditadura, do golpe militar, isso nunca esteve tão vivo. Os militares estão cada vez mais humilhados. As pessoas têm que entender que nenhum país civilizado conseguiu ser um país com suas Forças Armadas no Estado em que está a brasileira. Eles fizeram a Força Nacional, uma milícia armada, uma polícia política. Está tudo pronto para vir um golpe e as pessoas não estão vendo."
Não dá pra levar a sério. Melhor esquecer. Ele sobrevive de polêmicas criadas de acordo com interesses.
Sempre desconfiei que o Lobão era um idiota. Agora tenho certeza!
A fonte musical secou, o lance agora é procurar abrigo na Veja...
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