Rock in Rio 2013: eu não vou (mas porque?)

O Rock in Rio edição 2013 começa na próxima sexta-feira, 13...

Mas não é por conta de presságios que não vou.

A bem da verdade só fui nas duas primeiras edições, a de 1985 que teve Yes, AC/DC, Ozzy Ousbourne, Queen, Scorpions, Iron Maiden, etc. Esta continua imbatível, apesar da chuva e do lamaçal. E tinha o Chopp Malt 90 que chegava em caminhões-pipa, nunca tinha visto nada daquilo.

Da segunda edição - que foi no antigo Maracanã - me ficou na memória o querido Santana.

Mas aqui estão alguns dos motivos reais porque não estarei nos dois fins de semana na Cidade do Rock (e não farei a menor falta):

- A seleção está muito óbvia e em alguns dias, sem graça. Digo isso pelo meu gosto pessoal. Sinceramente o Palco Mundo (o principal) tem dias de atrações abaixo da crítica. Eu não iria nem se fosse ao lado de minha casa. Por essa linha de raciocínio o Palco Sunset, em algumas datas, está bem melhor.

- Salvam-se os dias do Rock mais pesado. Pelo menos é Rock de verdade. E o Bruce Springsteen.

- Faltou ao Medina (e a filha dele) uma idéia brilhante: trazer novidades através de coisas antigas. Já pensou em um palco especial reunir o Pink Floyd (sem o Rick Wright já falecido mas com o Rick Wakeman do Yes no lugar dele) depois de tantos anos de separação? O mesmo para o Genesis com o Peter Gabriel e Steve Hacket. Seria destaque mundial. E o Rock in Rio tem bala na agulha para isso.
- E já que é também "Pop In Rio", porque não um palco que reúna Fusion, Blues, Jazz, etc. para atrair os mais exigentes?

- O trânsito no Rio está assustador e eu espero que o esquema especial dos ônibus funcione porque na edição anterior deixou a desejar. Por via das dúvidas, me incluam fora dessa.

- Tenho outras preocupações e ocupações no momento que reforçam ainda mais o meu desinteresse pelo evento. Mas vou assistir em HD e ao vivo algumas atrações, é claro.

- Talvez a idade já esteja pesando e eu quero mais é Rock Progressivo, Jazz, Blues e New Age. Em lugares menores ou em CD e Blu-Ray em casa mesmo...

O mais legalzinho vai ser a Rock Street, com sua cenografia e programação musical sem nenhuma estrela, mas cantando músicas dos Beatles e Folk-Rock.

Talvez a mais curiosa presença seja da banda Ghost (quinta, dia 19, 20:30h). Até me surpreendeu a vinda deste grupo sueco, desconhecido por aqui, que faz um som melódico (meio anos 1970) com letras assustadoras, roupas sacerdotais que escondem seus rostos e um vocalista maquiado chamado "Papa Emeritus"!

Bem, é isso. Para os que forem, divirtam-se. Que tudo corra bem e que curtam seus ídolos. Realmente vocês não sentirão minha falta! : )

Ghost