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17 de abril de 2014
Anjo Gabriel: Gabo
Foi com tristeza que recebi a notícia da morte do colombiano Gabriel García Márquez.
Quem escreveu "Cem Anos de Solidão", "O Outono do Patriarca", "Crônica de uma Morte Anunciada", "O Amor nos Tempos do Cólera", etc., merece de verdade o título de "imortal" (vejam a lista da Academia Brasileira de Letras e entenderão) além do Nobel que o fez ser consagrado no mundo todo.
"Gabo" (seu carinhoso apelido) era o que se pode chamar de "gênio carismático da literatura". Talvez um dos últimos. Sem ser acadêmico. Apenas um contador de histórias. Um dos maiores de todos os tempos.
Colocou a América Latina no mapa-mundi da cultura.
Curiosamente, vendo na TV a cobertura de sua morte, me admirei da não citação de seu ativismo político. De esquerda. É isso! Até nisso a grande mídia tem que manipular, via omissão, as informações para atender as suas, digamos, "convicções".
Eles devem ficar muito chateados de Gabriel García Márquez ter sido amigo de Fidel Castro e outros comunistas e socialistas de renome.
E ficam os telespectadores sem saber desta importante informação sobre a vida do escritor.
Rest in Peace, Gabo.
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Um comentário:
Saiu de Aracataca para estudar direito em Bogotá, mas, durante o curso, começou a praticar jornalismo — profissão que exerceu até o estrondoso sucesso de “Cem Anos de Solidão”. Ao mesmo tempo, iniciou uma das atividades que conduziu por quase toda a vida: a política. Seu ativismo de esquerda e a amizade que tinha com Fidel Castro fez com que se exilasse no México e colecionasse inimigos por todas as partes.
Talvez isso explique a célebre briga que teve com o até então dileto amigo e colega de letras Mario Vargas Llosa. Em 1976, diante de um cinema no México, os dois se encontraram e, ao contrário do abraço que García Márquez esperava, recebeu um direto de direita e caiu no chão. Até hoje não há uma versão oficial para a célebre briga — há quem diga que foi por mulher, outros por política.
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