7 de março de 2011

Black Sabath "Paranoid": Um Clássico em 20 Minutos

Até tentei ir agora a tarde na movimentação dos blocos.
Mas desconfio que é cada vez menos a minha praia.
Fico mesmo é com os desfiles pela TV. E acompanhando os acontecimentos na Líbia...
Aliás, viram a Unidos da Tijuca? Vamos ver o Roberto nesta madrugada...
Enquanto isso voltei ao livro "Eu Sou Ozzy".
Não é grande literatura, mas tem duas coisas legais: a história do velho Black Sabath e o bom humor meio alucinado do vocalista da banda.
Imaginem uma autobiografia cuja apresentação, nas quatro primeiras páginas, é a seguinte:
Primeira página: "Dizem que eu nunca escreveria esse livro."
Segunda página: "Bom, que se fodam - porque aqui está ele."
Terceira página: "Tudo que preciso é me lembrar de algo..."
Quarta página: "Droga, não consigo me lembrar de nada!"
Uma passagem legal: como fazer uma música, que se tornaria lendária, em 20 minutos?
Vejam o relato de Ozzy Osbourne (aconteceu em 1970):
"(...) foi quando Rodger Bain percebeu que precisávamos de mais uns minutos de material. Lembro que ele entrou na sala de controle numa parada para comer e disse: 'vejam, caras, precisamos de mais material. Podem fazer uma jam?' (nota deste blogueiro: uma sessão instrumental livre para encaixar no disco). Todos queriam comer sanduíches, mas Tony (Iommi) começou um riff de guitarra enquanto Bill (Ward) fazia uns ritmos, eu murmurei alguma melodia e Geezer (Butler) sentou num canto, riscando algumas palavras. Vinte minutos depois tínhamos uma música chamada "Paranoid". É sempre assim com as melhores músicas: elas saem do nada. (...) É engraçado, sabe: se alguém dissesse, na época, que as pessoas estariam ouvindo algumas dessas canções quarenta anos depois - e que o álbum venderia quatro milhôes de cópias só nos Estados Unidos - a gente certamente riria".

3 comentários:

Anônimo disse...

Estava em dúvida se comprava ou não esse livro.
Mas depois dessas passagens, acho que vale a pena.
Só ter essas histórias registradas do grande Black Sabath já vale!
E o Ozzy é impagável!
Valeu!

Anônimo disse...

Paranóia, falta de auto-confiança,
solidão, gagueira,...são tantas as
doenças da alma. Ótimo o vencedor do Oscar "O Discurso do Rei" exatamente sobre esse tema. Para quem "não é" ou "não está" folião este ano, o cinema, ou DVD, blue-ray ou um bom livro com certeza são boas opções, e por sinal a sala estava cheia (a do cinema),
mas que se divirtam também os que
estiverem nos salões ou nas avenidas do samba. Uma boa batucada faz muito bem pra alma.

Marcos Oliveira disse...

Ainda não vi "O Discurso do Rei". Mais um comentário elogioso.
Vou tentar assistir em breve (antes que saia de cartaz...).
Valeu!