Obama: um blefe?!

Este blog, definitivamente, não conseguirá dar conta da imensidão de temas que inundam o nosso tempo - e agora também o nosso espaço com esta história apavorante de "radioatividade" em total descontrole, lançando nuvens de partículas radioativas a partir de uma usina do Japão para o Mundo... nuvens que nos próximos dias chegarão na Rússia, depois no Ártico, depois no Canadá, depois nos EUA, depois na Europa...e só Deus sabe onde isso irá parar...tudo dependendo da velocidade do vento...do controle da usina...que coisa, não?!  

Mas a minha opção agora é o Obama. Ou melhor é o Presidente negro dos EUA no Brasil! Melhor ainda é: o Primeiro Presidente Negro dos EUA a visitar em primeiro lugar a Primeira Mulher Presidenta do Brasil no Brasil, mais precisamente em Brasília e no Rio de Janeiro! 

Fala a verdade, é ou não é muita coisa, minha gente?! A maior potência do capitalismo, mesmo diante de um desastre catastrófico com o seu maior parceiro comercial, e segunda maior potência do capitalismo - o Japão -; mesmo diante do furor descontrolado nos países árabes...do petróleo a mais de 100...mesmo com tudo isso em curso, a potência resolveu confirmar a visita ao Brasil, isto é incrível, né não?! 

Na minha opinião (não deem muita atenção a isso) quem mais precisa deste encontro "bi-lateral" (neste momento), certamente, não é o Brasil e nem é a Presidenta Dilma. Nossos projetos estão em andamento, a pleno vapor, nosso maior parceiro comercial agora é a China e muito em breve ampliaremos ainda mais no continente africano...e os EUA continuam fantasiando os seus resultados e imprimindo dinheiro (dólar) como jamais imprimiram - sem lastro é claro e sempre!

Se vocês prestarem atenção nas coberturas jornalistas feitas pela Rede Globo e companhia "limitada", inundando nossas casas sem pedir licença, vocês verão uma turminha para lá de submissos aos gringos, e tentando de todas as maneiras descolar, ou seja, afastar o entendimento (quanto à Política Externa Brasileira) da atual Presidenta Dilma, do seu antecessor, o Presidente Lula! Sim, aquele que o Presidente Obama disse em alto e bom som para todo o planeta: "...esse é o cara!"

Não conseguirão! A Política Externa do Brasil se consolidou, tomou corpo e alma com o Ministro Celso Amorim, continua forte, madura e determinada com Antônio Patriota, as regras já foram devidamente expostas e nos próximos dias nós veremos o que o Brasil espera que seja cumprido pelos EUA, para que eles possam exportar mais para nós... e para que a balança comercial e a balança das potências internacionais (como o Brasil) tenham a justa medida de nações democráticas em busca da paz, prosperidade e desenvolvimento equânime da humanidade!

Para entender melhor o momento do Presidente Obama nos EUA é preciso ler o artigo desta semana da Revista Carta Capital, cujo trechinho vai abaixo. Lá veremos o fracasso que representa hoje o governo Obama e o retrocesso de toda a política que tentou concretizar... confirmaremos que o Brasil está numa posição muitíssimo privilegiada com esta visita, e que na verdade pode jogar as cartas...porém, o Obama terá que ralar muito para cumprir o que aqui assinar em terras brasileiras... pois a sua posição no Congresso americano não é das melhores...eu não acredito muito em nada de novo para curto prazo!

Porém, se depender da turminha da Rede Globo, o Brasil tem que parar para assistir o Presidente "Deles" falar para "Nós" na Cinelândia...alguém avisa aí que isto aqui é Brasil e que democracia aqui tem sabor de igualdade mestiça e tropical, nada tem a ver com Havaí ou neves de "Papai Noel"...a euforia dos comentaristas globais é digna de pena!

"A tragédia do homem certo a quem coube se eleger para governar o país errado, na hora errada

O presidente Barack Obama abandonou de vez, ao que tudo indica, o mais simbólico de seus compromissos. Na segunda-feira 7, revogou seu próprio decreto que suspendia os julgamentos dos presos de Guantánamo por tribunais militares, permitindo sua retomada. Ordenou ainda a manutenção dos muitos presos não oficialmente acusados, mas tidos como “ameaças à segurança nacional”. Ficará ao arbítrio de uma comissão militar avaliar dentro de um ano, e depois a cada três anos, se continuam a ser “ameaças”, se devem ser julgados em tribunal militar ou se devem ser liberados.

Durante a campanha eleitoral, o candidato Obama prometeu fechar a famigerada prisão de Guantánamo assim que assumisse o governo. No dia da posse, rea-firmou que a prisão estaria fechada no prazo de um ano, ou seja, até 20 de janeiro de 2010 e vetou os julgamentos pela justiça militar. Passados dois anos e um mês, volta atrás e arquiva a dupla promessa.

Em novembro passado, o tanzaniano Ahmed Ghailani, acusado de atentados às embaixadas dos EUA na Tanzânia e no Quênia, foi levado a julgamento em tribunal civil de Nova York e absolvido da maioria das 285 acusações por falta de provas. A que restou, de “conspiração”, bastou para condená-lo à prisão perpétua, mas não satisfez os republicanos, que usaram o veredicto e a pena “leve” para argumentar que não se pode confiar em civis para julgar “terroristas”. Obama, outra vez, cedeu.

Talvez não seja a concessão mais importante que já fez. Mais séria foi sua capitulação aos interesses de Wall Street, que o documentário Trabalho Interno (Inside Job) recordou e assinalou ao grande público. Mas o fato de não conseguir manter suas posições nem mesmo em questões de pouca importância material, mas simbolicamente marcantes, dá a medida da sua fraqueza. Está à mercê das chantagens da oposição até para manter o governo funcionando semana a semana, dada a recusa dos republicanos a aprovar o orçamento de 2011." LEIA MAIS