A presidenta Dilma Rousseff propôs, nesta segunda-feira (24), em reunião com governadores e prefeitos de capitais, no Palácio do Planalto, a convocação de um plebiscito para formação de uma constituinte específica para a reforma política e uma nova legislação que torne a corrupção dolosa crime hediondo. As medidas fazem parte dos cinco pactos propostos pela presidenta nas áreas de saúde, transporte público, educação, reforma política e responsabilidade fiscal.
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24 de junho de 2013
Video completo: surpresas na reunião de Dilma com governadores e prefeitos
Surpresas na reunião com os governadores e prefeitos:
A presidenta Dilma Rousseff propôs, nesta segunda-feira (24), em reunião com governadores e prefeitos de capitais, no Palácio do Planalto, a convocação de um plebiscito para formação de uma constituinte específica para a reforma política e uma nova legislação que torne a corrupção dolosa crime hediondo. As medidas fazem parte dos cinco pactos propostos pela presidenta nas áreas de saúde, transporte público, educação, reforma política e responsabilidade fiscal.
A presidenta Dilma Rousseff propôs, nesta segunda-feira (24), em reunião com governadores e prefeitos de capitais, no Palácio do Planalto, a convocação de um plebiscito para formação de uma constituinte específica para a reforma política e uma nova legislação que torne a corrupção dolosa crime hediondo. As medidas fazem parte dos cinco pactos propostos pela presidenta nas áreas de saúde, transporte público, educação, reforma política e responsabilidade fiscal.
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4 comentários:
Faustão e o crime da Globo
Por Altamiro Borges
Em pleno domingo (23), o apresentador Fausto Silva decidiu utilizar uma concessão pública de televisão, a TV Globo, para fazer proselitismo político, atiçar os protestos de rua e ainda tentar pautar os movimentos juvenis. "Muitas vezes eu ouvia falar que o jovem brasileiro fica na internet, o jovem brasileiro é alienado… Alienado é o cacete!", afirmou a estrela global, em clima de comício. Para ele, as mobilizações devem prosseguir, principalmente "contra a corrupção", e devem incidir inclusive nas eleições do próximo ano.
"Esses garotos foram inteligentes, foram corajosos, motivaram todo mundo. Começou com a passagem de ônibus. Mas isso é um pingo de água que transbordou. Aqui cada um tem um assunto pra falar, contra a corrupção, pela honestidade e competência… Outra coisa: acabou aquele negócio no ano que vem: ganha a Copa, você ganha a eleição. Copa do Mundo é uma coisa, eleição é outra coisa... Por isso eu falo aqui há 500 anos: urna não é penico. Se todo mundo tiver consciência, como a grande maioria que foi às manifestações, vamos fazer o Brasil um país digno para todo mundo".
O discurso de Faustão não tem nada de ingênuo. A poderosa emissora, a quem ele serve e que já causou tantos estragos ao Brasil, tenta capitalizar o descontentamento das ruas e orientar seus próximos passos. O seu alvo principal é o governo Dilma. "Quem está mandando sabe que a chapa está quente, está fervendo", enfatizou no programa dominical. Ele ainda instigou sua despolitizada platéia. "O Brasil está bem na saúde?", perguntou, para ouvir o coro do seu auditório: "Não!". Depois, ele questionou sobre educação, transporte e segurança para ouvir a mesma resposta negativa. Já no quadro "Dança dos Famosos", durante o programa, o ator Tiago Abravanel gritou "acorda Brasil" e a atriz Barbara Paz repetiu a palavra de ordem. Pareceu algo ensaiado!
A iniciativa do apresentador global impactou até setores da própria mídia. O colunista Maurício Stycer, do UOL, registrou no título do seu artigo que "Faustão quebra regra da Globo e faz manifestação política no meio do programa". Para o jornalista, "o pronunciamento surpreendeu. Primeiro, porque a Globo, como quase todas as empresas, não permite que seus contratados façam manifestações políticas no ambiente de trabalho. E também porque, como outras celebridades que tomaram posições semelhantes nos últimos dias, o apresentador sempre evitou declarações de cunho político".
Mas não cabe surpresas! A golpista Rede Globo, que num primeiro momento satanizou os protestos - é só lembrar o discurso hidrófobo de Arnaldo Jabor contra os "vândalos", que "não valem 20 centavos" -, agora tenta pegar carona nas manifestações. Seu objetivo é pautar e enquadrar o movimento para servir aos seus interesses políticos e econômicos de classe. Isto explica porque na maioria dos protestos pelo país afora um dos principais gritos dos manifestantes é "O povo não é bobo; fora Rede Globo".
Pena que o governo Dilma até agora não acordou para este tema tão delicado para a democracia nativa. Em outros países do mundo, uma concessionária pública que cometesse o crime estrelado por Fausto Silva seria exemplarmente punida com a suspensão da sua outorga!
Agora sim a frase que Dilma pronunciou dias atrás, no calor dos protestos, vai fazer sentido: o Brasil vai, amanhã, acordar melhor.
Diante do quadro complexo que se criou com as manifestações que mostraram o tamanho da insatisfação com a situação da política brasileira, não poderia haver sugestão melhor do que uma Constituinte que reflita o que a sociedade merece, deseja e exige.
O tamanho da confusão se expressou na reação dos principais protagonistas da cena política nacional.
A mídia, por exemplo, inicialmente fuzilou os manifestantes por julgar, erradamente, que se tratava de coisa dos petistas mais radicais.
Depois, numa meia volta espetacularmente cínica, ao descobrir que não as manifestações não tinham nada a ver com o PT, a mesma mídia passou a adular quem saiu nas ruas porque isso teoricamente mostraria, aspas, o cansaço do brasileiro com a corrupção, aspas de novo.
O PT, igualmente perplexo ao perceber que perdera o controle das ruas, tentou festejar uma vitória que na verdade era uma derrota.
Já é um clássico das asneiras políticas a decisão de Rui Falcão de mandar a “onda vermelha” comemorar com o MPL a redução da tarifa de ônibus.
Num quadro em que ninguém parecia estar entendendo nada, e no qual a única lucidez persistente e admirável repousou no MPL, os brasileiros viram jovens mascarados de Guy Fawkes agirem de maneira oposta àquilo que ficou associado aos integrantes e simpatizantes do Anonymous.
Nossos mascarados mostraram uma ignorância política chocante e um reacionarismo repulsivo.
Fazia tempo que conservadores hostilizavam as administrações petistas e tentavam, sempre sem sucesso, promover manifestações. Os protestos só se materializaram efetivamente quando a insatisfação bateu na esquerda — pela insuficiência das ações governamentais que mitigassem a monstruosa desigualdade social brasileira.
O rumo das mudanças que advirão deve levar isso em consideração: qualquer arranjo novo tem que resultar em claros avanços sociais, e em menor disparidade de riqueza.
O que emergirá da Constituinte — considerado que o plebiscito será fatalmente aprovado – será, com certeza, muito melhor do que o que o que está aí, um mundo político viciado e imobilizado que a rapaziada do MPL teve o mérito milionário de mostrar o quanto estava atrasado em relação ao resto da sociedade.
Paulo Nogueira
No DCM
Independentemente de plebiscito e pactos, os prefeitos, os governadores e a Presidenta da República deveriam fazer uma análise crítica das suas obras, entregando no prazo as que estão em andamento e iniciando projetos prioritários que ainda não saíram do papel.
Por exemplo, no estado do Rio, Cabral tem que efetuar a duplicação da estrada Rio das Ostras/Macaé, antecipar o metrô da Barra e a Dilma tem que acabar a transposição do Rio São Francisco e pressionar a Concessionária para acelerar a duplicação da BR-101, no trecho de Rio Bonito até Campos.
Caso contrário, não haverá nenhuma ação concreta em curto e médio prazo.
Concordo. As obras são lentas, quando começam. Dinheiro existe mas politicagens atrasam tudo. Ou incompetência dos indicados para segundos e terceiros escalões.
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