Chico Buarque, Fluminense, Verão

Domingo é dia de passar na banca de jornal com mais tranquilidade e ver as novidades.

Além da "Capricho" para minha filha de 14 anos e dos jornais dominicais sempre confiro se tem algo que mereça atenção especial.

Já fui "rato" de bancas de jornal, e de lojas de discos, e de livrarias... Hoje, com um estoque grande em casa, com um tempo menor e percebendo que muita coisa repetida é vendida como novidade, ando mais afastado desses hábitos.

De qualquer forma vi e comprei uma coisa nova bem velha: um disco do Chico Buarque!

Trata-se de uma coleção da Abril que vai trazer semanalmente um CD do cantor e compositor carioca em um total de 20 volumes, cada um contendo livreto de 44 páginas, capa dura, com fotos e análise das músicas e do contexto histórico da época em que foi lançado.

O preço é convidativo: R$ 14,90, sendo que o primeiro volume está sendo vendido a R$ 7,90.

Pois o primeiro é justamente um dos que mais gosto. É o disco de 1978, que traz uma coleção de canções (11) de fazer inveja.

Todas ótimas e que foram realizadas em épocas diferentes. Isso porque pelo menos três estavam presas na censura do regime militar a anos e foram liberadas ao mesmo tempo. Outras canções faziam parte da obra teatral "Ópera do Malandro".

Tenho esse disco em LP (vinil) e mp3, mas não tinha em CD. Ótima oportunidade.

Tricolor que sou, Chico Buarque é para mim o torcedor símbolo do Fluminense.

E hoje ele deve estar aflito - como todos nós - com a possibilidade da conquista do título.

Aqui em casa estou sozinho (todos torcem pelo Flamengo), mas conto com a simpatia da maioria dos torcedores de todos os clubes porque depois que o Fluminense deu aquela arrancada em 2009, quando tinha mais de 90% de chances de cair para a segunda divisão, o time tornou-se um símbolo de luta pelos sonhos de cada um: "Não desistam nunca"!

Voltando ao disco do tricolor Chico, me lembrei do verão de 1979, Pontal de Atafona (quando existia), pois esse álbum foi lançado no final de 1978 e tornou-se o principal sucesso de vendas e execução nas radios (no que se refere a música brasileira) em dezembro, janeiro e fevereiro com hits do calibre de "O meu amor" (com Marieta Severo e Elba Ramalho), "Homenagem ao Malandro", "Apesar de Você", "Feijoada Completa", "Cálice" (com Milton Nascimento), "Trocando em Miúdos", "Pedaço de Mim" (com Zizi Possi), "Tanto mar", etc.

Agora de manhã, na banca, estava um calor terrível e eu já pensei em praias e verão 2011.

Com o disco do Chico Buarque na mão me perguntei quais serão os sucessos musicais dessa estação especial.

Com certeza não será Chico Buarque. Os tempos mudaram...