18 de agosto de 2013

A morte e a morte de Martinez e o erro primário do STF



"Os “crimes ” de Dirceu – para os quais não há uma ÚNICA prova ! – foram cometidos quando Martinez, presidente do PTB, estava vivo, claro.

Enquanto Martinez esteve vivo, a pena era mais branda.

Por isso, Dirceu não vai em cana.

Um único – dentro oito ! – “crime” do Dirceu foi depois da morte do Martinez.

Interessante, mas, como se sabe, viva o Brasil !

O que faz com que o notável Ataulfo Merval de Paiva (*) considere que houve “um crime continuado” e, portanto, Dirceu tem que ser condenado com as penas mais severas (que vigoraram depois da mortes do Martinez) e devidamente algemado a tempo de o jornal nacional fazer uma edição de 18′, outra vez.

A questão é essa: a Globo quer a cabeça do Dirceu !

O resto é o luar de Paquetá, diria o Nelson Rodrigues.

 Folha e Ataulfo concordam com Barbosa sobre “chicana”.

A verdade, amigo navegante Nikola, é que a nomeação de Teori Zavascki e Luiz Roberto Barroso mudou a química política do Supremo.

Os dois, com o julgamento do Cassol e o primado do Legislativo sobre o destino dos mandatos parlamentares, e a definição de quadrilha reestabelecem a hegemonia da Constituição.

O Supremo não vai mais poder legislar, como legislou até então.

E legislou, reescreveu os Direitos Fundamentais no julgamento do mensalão (o do PT).

E é por isso que o Ataulfo está aflito.

Porque ele e a Globo Overseas Investment BV não controlam mais TODOS os os votos do Supremo.

Não há como mudar a data da morte do presidente do PTB.

Não é isso, Ministro Marco Aurélio?"

Por Paulo Henrique Amorim no Conversa Afiada

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