"Solidão de manhã, poeira tomando assento
Rajada de vento, som de assombração, coração
Sangrando toda palavra sã" ("Açaí", Djavan)
Rajada de vento, som de assombração, coração
Sangrando toda palavra sã" ("Açaí", Djavan)
"A solidão é fera
A solidão devora
É amiga das horas
É Prima-irmã do tempo
E faz nossos relógios
Caminharem lentos
Causando um descompasso
No meu coração
A solidão dos astros
A solidão da lua
A solidão da noite
A solidão da rua" ("Solidão", Alceu Valença)
A solidão devora
É amiga das horas
É Prima-irmã do tempo
E faz nossos relógios
Caminharem lentos
Causando um descompasso
No meu coração
A solidão dos astros
A solidão da lua
A solidão da noite
A solidão da rua" ("Solidão", Alceu Valença)
Li o texto abaixo e me lembrei das músicas acima.
Como todo "tratado" desse tipo, o artigo tem seus acertos e suas faltas.
E suas obviedades.
E suas obviedades.
Mas vale a leitura, neste entardecer de sexta-feira, momento normalmente não muito indicado para instantes solitários.
É que é happy-hour!O lado mais triste da solidão
"Quem pensa que a falta de vínculos sociais e afetivos é um drama com repercussões restritas às emoções se engana. A ciência alerta, agora, que a solidão pode até mesmo nos provocar doenças — e não apenas psíquicas. Uma leva de pesquisas recentes mostra que os avessos à família e aos amigos têm tanta tendência a ficar enfermos quanto os fumantes ou sedentários convictos. Há indícios também de que os solitários estariam na linha de frente dos problemas de fundo inflamatório, caso de artrites e doenças cardiovasculares.
Segundo um estudo recém-concluído na
Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, pessoas que se queixam
de uma vida reclusa possuem genes menos ativos na proteção contra vírus.
“Os sociáveis estão naturalmente mais propensos a contrair viroses
porque estão em maior contato com outros indivíduos”, raciocina o
psicólogo Steve Cole, que liderou o trabalho. Já a turma que vive
afastada do mundo, menos exposta a esse tipo de micróbio, acaba
apresentando um sistema imune que não tem tanta necessidade de
enfrentá-lo. Em tudo na vida, porém, há uma compensação. Nessa gente, as
defesas passam a se concentrar nas bactérias, o que gera uma reação
inflamatória recorrente — e nem sempre bem-vinda, já que inflamação
demais abre alas a descompassos em diversas áreas do corpo.
É claro que nem todo solitário está
fadado a cair de cama. O perigo surge quando a sensação de isolamento é
constante e isso, inclusive, independe de ter ou não uma companhia. “A
partir do momento em que a solidão começa a interferir no comportamento e
no estilo de vida, ela se torna patológica”, afirma a psicóloga Denise
Pará Diniz, coordenadora do Setor de Gerenciamento de Estresse e
Qualidade de Vida da Universidade Federal de São Paulo.
A questão é que o bem-estar físico e
mental está interligado. O desarranjo de um lado não raro desestabiliza o
outro. Os indivíduos reclusos apresentam maior tendência à depressão,
algo que repercute nos hormônios e nas defesas. “Essa condição está
associada a quedas imunológicas, pressão alta, perda de sono e
alcoolismo. Por isso, é um fator de risco comparável ao cigarro e à
obesidade”, acusa o psicólogo John Cacioppo, especialista em
neurociência social da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.
Mas, calma, tantas evidências não
significam que quem prefere viver mais só tenha que sair às ruas caçando
companhia. Os estudiosos advogam que nem toda solidão é prejudicial.
Não há problema algum se ela é fruto de uma escolha consciente, ou seja,
quando nos afastamos do grupo para descansar, ler, refletir… situações
que são até prestativas, especialmente antes de tomar uma decisão. O
perigo, vale frisar, é perder o controle e deixar-se levar pela clausura
absoluta, evitando inclusive os entes próximos. De qualquer forma, mais
importante do que a quantidade é a qualidade dos relacionamentos que
construímos ao longo da vida. E, se você estiver satisfeito com eles,
pode se dar ao luxo de conceder um espaço na agenda para si mesmo — e só
para si mesmo.
Vida longa e acompanhada
Manter uma rede de relaciona mentos ajuda a espantar doenças que aparecem com o avançar da idade, como o Alzheimer. É que o contato social garante uma cabeça mais ativa. “Com o tempo, muita gente tem menos necessidade de usar o cérebro e as ligações entre os neurônios enfraquecem. Os vínculos afetivos auxiliam a conservar essas conexões”, diz o psiquiatra Paulo Inecco, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo."
Manter uma rede de relaciona mentos ajuda a espantar doenças que aparecem com o avançar da idade, como o Alzheimer. É que o contato social garante uma cabeça mais ativa. “Com o tempo, muita gente tem menos necessidade de usar o cérebro e as ligações entre os neurônios enfraquecem. Os vínculos afetivos auxiliam a conservar essas conexões”, diz o psiquiatra Paulo Inecco, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo."
Fontes: Blog da Saúde e Revista SaúdePara domar a solidão
Cuide dos seus pensamentos: se você se sente bem permanecendo um tempo sozinho, não foque em problemas, mas em assuntos positivos.Gerencie seu tempo: apesar da correria, é importante manter um momento para os amigos e a família e para cuidar de si mesmo.Abra o leque de relacionamentos: permita-se conhecer novas pessoas e controle a ansiedade para evitar possíveis decepções.
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