27 de junho de 2012

Eurocopa Financeira

A Europa continua lá, como sempre esteve.
Bela, imponente, histórica, sedutora como há séculos.
E vai continuar assim por muitos e muitos anos.
Mas o momento é de crise. E desta vez não são as guerras que tanto marcaram sua fantástica trajetória.
É a crise que vem incomodando há muito tempo mas que não ousa dizer seu próprio nome: a falência do neoliberalismo.
A bem da verdade falhas foram cometidas na criação da União Européia e o preço está sendo pago agora por causa da citada crise capitalista.
A bola da vez é a Espanha e puxada adivinhem por quem... pelos bancos, é claro.
Lucraram demais nas últimas décadas e agora quem paga a conta é o povão. Como sempre foi...
Bem, hoje à tarde tem Espanha x Portugal pela Eurocopa. Não dá para torcer para um empate neste duelo ibérico porque é semifinal.
Que os milhões que aqueles jogadores ganham sejam uma sinalização para que os céus (neste caso o Banco Central Europeu) mandem grana suficiente para tapar os buracos que o próprio sistema construiu.
Não acho que o Santander e outros bancos espanhóis cheguem a quebrar, ainda mais com os bilhões já enviados para eles. Mas, se for por esse caminho, outros bancos acabam comprando a preço de banana (se bem que a banana está cara e sendo vendida ainda verdes, da cor do dólar) 
E vamos ver como termina o jogo... Aliás, onde será que o galã português Cristiano Ronaldo (que joga no espanhol Real Madrid) deposita suas economias?
Leiam abaixo análise do Mauro Santayana (que não é sobre o Cristiano Ronaldo).

A QUEBRA DA ESPANHA E O RISCO SANTANDER (2)
"A Moody´s, depois de haver rebaixado a nota da dívida soberana da Espanha a um grau do que a própria imprensa econômica espanhola classifica como “lixo”, não pretende aliviar a situação dos bancos do país.

A agência mal esperou a oficialização do pedido de Madrid de resgate de seu sistema bancário no valor de 100 bilhões de euros, para cortar de novo a qualificação de risco dos depósitos e da dívida de longo prazo de 28 bancos espanhóis, entre eles o Santander.

O grupo, que é dono no Brasil de instituição financeira com o mesmo nome, teve a nota de sua dívida rebaixada de A3 para Baa2, com perspectiva de novo corte em breve, devido à sua grande exposição à dívida soberana da Espanha, cujo risco passou de 500 pontos nas últimas semanas.

Enquanto isso, o dono do Santander, Emilio Botin, que aqui entrou, nos anos 1990, com a compra do BANESPA, negou ontem, novamente, que esteja tentando vender ao BB ou ao Bradesco a filial brasileira do banco, embora já tenha feito o mesmo, nas últimas semanas, com o Santander Colômbia.

Enquanto isso, na Espanha, já tem gente denunciando que os ricos estão sacando o dinheiro dos bancos espanhóis (inclusive o próprio Santander) e mandando para o exterior - e outros que estão aconselhando o resto dos cidadãos a fazer o mesmo:

Um comentário:

Anônimo disse...

zero a zero no primeiro tempo.
zero a zero nas finanças também.