Muito interessante este artigo do francês François Chesnais, do qual mostramos apenas a introdução.
É para entender melhor a crise européia e mundial.
Como sempre, "o buraco é mais embaixo".
A luta de classes na Europa e as raízes da crise econômica mundial (I)
A situação europeia não pode ser compreendida sem
considerar a situação da economia mundial em sua totalidade. Hoje, após a
reintegração da China e a plena incorporação da Índia na economia
capitalista mundial, a densidade das relações de interconexão e a
velocidade de interações no mercado alcançaram um nível jamais visto
anteriormente. O que prevalece hoje na arena mundial é o que Marx chama
de “anarquia da produção”. Alguns Estados, os que ainda têm meios para
isso, são cada vez mais os agentes ativos dessa competição. E único
Estado que conserva esses meios na Europa continental é a Alemanha.
(...)Compreensivelmente, a atenção dos trabalhadores e dos jovens da Europa
está centrada nas consequências do “fim de caminho” e do “salve-se quem
puder” das burguesias europeias. A crise política da UE e da zona euro,
assim como as intermináveis vacilações do BCE acerca do financiamento
direto dos países em maiores dificuldades, são suas manifestações mais
visíveis. A tendência é endurecer as políticas de austeridade e montar
uma operação de “resgate total” da qual não escape nenhum país. No
entanto, a situação europeia não pode ser compreendida independentemente
da consideração da situação da economia mundial em sua totalidade.
Veja ("Veja" não, "Carta Maior") o restante do artigo clicando aqui: Carta Maior - Economia.
François Chesnais é professor emérito na Universidade de Paris 13 –
Villetaneuse. Destacado marxista, integra o conselho científico da
Attac-França. É autor de “La mondialisation du capital” e coordenador de
“La finance mondialisée, racines sociales et politiques, configuration,
conséquences”. Email: chesnais@free.fr
Tradução de Marco Aurélio Weissheimer, a partir da versão em espanhol publicada em Sin Permiso.
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