No espetáculo entorpecedor das cenas midiáticas do STF, naquilo que ficou conhecido como o Julgamento do "Mensalão do PT", eis que surge uma voz dentre eles a perdir, a sussurrar por sentidos sem ilusão! Uma voz elegante pela natureza da origem, mas talvez por vergonha ela surja, por repulsa oculta aos excessos habituais da mídia no Brasil, por obséquio aos brutamontes da mídia de massa, cujos veículos lhe servem tão bem, porém dominados pelos mervais, pelos noblat's e pelas mirian's, a negar, a esconder, a falciar a verdade dos fatos, a origem das tramas...
É vero, Veríssimo! O berço não lhe permite ser mais direto, um pouco mais saciante, não sei se com uma boa dose de obtusidade ficasse melhor dito, mas enfim...este é o Veríssimo... a elegância sempre lhe foi uma marca registrada e sempre lhe abriu mundos, e por isso, ou, também por isso utilizar-se das malandragens da musicalidade para fragilizar um pouco os ritos, ahh, essa é sempre uma boa saída aos atormentados pela placidez em meio a covardia dos tempos atuais! O fato é que tocar em melodia tão fartamente rabiscada pela extrema direita brasileira e pelos "amigos" editores, destes mesmos veículos que lhes são comuns, sem criar notas frias, fora do tom, ou arranjos inaudíveis em orquestra afinada pelos mesmos mervais, noblat's e mirian's, é uma baubúrdia indigeste para poucos, nauseante, fala a verdade?!
"O grande silêncio
É vero, Veríssimo! O berço não lhe permite ser mais direto, um pouco mais saciante, não sei se com uma boa dose de obtusidade ficasse melhor dito, mas enfim...este é o Veríssimo... a elegância sempre lhe foi uma marca registrada e sempre lhe abriu mundos, e por isso, ou, também por isso utilizar-se das malandragens da musicalidade para fragilizar um pouco os ritos, ahh, essa é sempre uma boa saída aos atormentados pela placidez em meio a covardia dos tempos atuais! O fato é que tocar em melodia tão fartamente rabiscada pela extrema direita brasileira e pelos "amigos" editores, destes mesmos veículos que lhes são comuns, sem criar notas frias, fora do tom, ou arranjos inaudíveis em orquestra afinada pelos mesmos mervais, noblat's e mirian's, é uma baubúrdia indigeste para poucos, nauseante, fala a verdade?!
"O grande silêncio
13 de setembro de 2012 | 3h 13
Luis Fernando Verissimo - O Estado de S.Paulo
É
sempre bom investigar a origem dos fatos e das palavras. Você pode
descobrir coisas surpreendentes. Por exemplo: o final abrupto de uma
frase de jazz moderno, vocalizado, soava algo como "be-ree-bop". É daí
que vem o nome do novo estilo de tocar jazz, "bop". O "biribop" foi
usado numa música brasileira que falava da influência do novo jazz no
samba - "eba biribop", lembra? - e não demorou para que o "biribop" do
samba se transformasse em "biriba" e acabasse sendo o nome do cachorro
mascote do Botafogo, segundo alguns um dos maiores responsáveis pela
boa fase do time na época - e nome de um jogo de cartas. Hoje quem joga
biriba (ainda se joga biriba?) não desconfia que tudo começou nos
clubes de Nova York onde alguns músicos faziam uma revolução que não
tinha nada a ver com o baralho.
A procura de origens pode levar por caminhos errados, é verdade.
Ainda no campo da música: quando a Bossa Nova começou a ser tocada nos
Estados Unidos uma das curiosidades dos nativos era o significado do
termo "bossa". Quem procurou num dicionário leu que "bossa" era a
protuberância nas costas de um corcunda, não podia estar certo. Aí
alguém se lembrou de um LP gravado pelo guitarrista Laurindo de Almeida
nos Estados Unidos anos antes, junto com três americanos, uma
saxofonista, uma baterista e um contrabaixista, que incluía ritmos
brasileiros. E surgiu a teoria que o disco do Laurindo de Almeida teria
sido muito ouvido no Brasil e a marcação do baixo nos sambas muito
impressionara os músicos locais. Claro, "bossa" era uma corruptela de
"bass", contrabaixo em inglês. Tudo esclarecido. (Não foi a única
injustiça que fizeram com o João Gilberto, o verdadeiro criador da
batida da bossa. Ainda inventaram que ele roubara o jeito de cantar do
Chet Baker.)
Mas tudo isto, acredite ou não, tem a ver com o mensalão. Ouvi dizer
que a origem do esquema que está sendo condenado no Supremo é uma
eleição em Minas que envolveu alguns dos mesmos personagens de agora,
só que o partido favorecido foi o PSDB. Se a origem é esta mesmo, ou -
como no caso da origem da bossa nova - há um mal-entendido, não sei.
Mas não deixa de surpreender a absoluta falta de curiosidade, da grande
imprensa inclusive, sobre esta suposta raiz de tudo. Só o que há a
respeito é um grande silêncio. O barulho com o esquema precursor
mineiro ainda está por vir ou o silêncio continuará até o esquecimento?
É sempre bom investigar a origem dos fatos e das palavras. Inclusive
porque dá boas histórias."
LEIA AQUI
6 comentários:
Muito bons comentários Luiz Felipe. E o Veríssimo é sempre muito bom!
Abraço.
Genial, Luiz Felipe e Jefferson.
No artigo todo o Veríssimo deu uma lição de história de música popular (Jazz e Bossa-Nova) e no último parágrafo deu o ótimo recado político que queria dar. Sutilmente.
Ótimas as suas considerações, Felipe. E excelente artigo selecionado para o blog.
Abraços.
Da Carta Maior, o maior absurdo do julgamento do mensalão:
Indício e presunção como meio de prova
"Antes, indício era um meio de prova de valor menor. Agora, ao lado do uso das presunções, foi utilizado como meio de prova suficiente para a condenação penal. A defesa desta tese foi enfatizada pelo ex-ministro Cezar Peluso, no último voto que proferiu antes da sua aposentadoria. Para ele, não há hierarquia entre as chamadas provas diretas e o indício. “O sistema processual, não só o processual penal, assevera que a eficácia do indício é a mesma da prova direta ou histórico-representativa”, disse."
Cade a musa da semana?????
Marques, o Marquinhos na pesquisa não encontrou ninguém no padrão do Blog para semana!! É mole?
É, o blog é mesmo de alto nível. Aguardemos a próxima semana Luiz Felipe.
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