24 de junho de 2014

Dia de São João - Festas Juninas

Hoje, 24 de junho, é dia de São João, data mais importante do calendário das festas juninas.
Tradição do interior brasileiro que migrou para cidades maiores a partir da valorização nas escolas fundamentais e de ensino médio. Quem nunca participou de uma dança de quadrilha em sua época de estudante?
A sobrevivência desta tradição também é devido a fatores financeiros. Muitas cidades tem sua economia incrementada nesta época, sendo talvez Campina Grande na Paraíba o maior exemplo.
Ainda bem que persistem em diversos pontos essas celebrações aos três santos católicos, uma vez que muitas tradições vem desaparecendo mesmo no interior do país. A Folia de Reis é uma delas.
Essas celebrações juninas tem sua conexão com festas pagãs, o chamado solstício de inverno. Não é à toa que é a época das "simpatias", sobretudo para o casamenteiro Santo Antônio.
Apesar de nos remeter a uma coisa eminentemente brasileira, as festas juninas são comemoradas em diversos países do mundo, sobretudo em nações do norte da Europa. Não é para menos, pois surgiram na Idade Média. Mas devem ter características próprias, diferentes das nossas.
As danças, barraquinhas, jogos, comidas e doces, músicas, são um dos grandes referenciais de minha infância e de muita gente. Infelizmente passa o tempo e sinto que já não venho frequentando mais esses encontros.
Acho que diminuíram mesmo. E os filhos cresceram.
Vale lembrar que boa parte das realizações dessas festas se deve à iniciativas individuais ou de grupos que valorizam a tradição dos encontros festivos.
Um exemplo é o titular deste blog, Luiz Felipe, que durante décadas organizou com amigos em seu sítio no interior festas alegres e de celebração do encontro familiar e de amizade.
Este ano as festas juninas foram eclipsadas pela realização da Copa do Mundo no Brasil e não era para esperar coisa diferente, pois a Copa é talvez o evento mais assistido no planeta. Ainda mais sendo no Brasil.
Fica o registro deste 24 de junho, não só neste espaço como também para sempre em nossa memória afetiva, de nossa infância e adolescência, de tempos que não voltam...
Anavam, anarriê!



4 comentários:

Denise D+ disse...

Saudades dos bons tempos em que eu dançava quadrilha. O tempo não para como dizia o Cazuza.

Luiz Felipe Muniz disse...

Muito boa esta lembrança Marquinhos...este ano acho q tb não teremos a Tradicional Festa Junina lá em Balança Rangel...muitas frentes e muitos fatos novos...a saudade é eterna, a visão é pra poucos e sempre haverá o tempo de plantar e o outro de colher...no fluxo das novas rotinas o derradeiro das mudanças, o ir e o vir do inusitado...tb a saudade cumpre um papel em nossas vidas, ela ajuda a moldar os sentidos do agora...ela re-significa o que parece perdido...ela ajuda o tempo a aproximar o que foi disperso!

Luiz Felipe Muniz disse...

Muito boa esta lembrança Marquinhos...este ano acho q tb não teremos a Tradicional Festa Junina lá em Balança Rangel...muitas frentes e muitos fatos novos...a saudade é eterna, a visão é pra poucos e sempre haverá o tempo de plantar e o outro de colher...no fluxo das novas rotinas o derradeiro das mudanças, o ir e o vir do inusitado...tb a saudade cumpre um papel em nossas vidas, ela ajuda a moldar os sentidos do agora...ela re-significa o que parece perdido...ela ajuda o tempo a aproximar o que foi disperso!

Marcos Oliveira disse...

Poéticas e significativas palavras, amigo. Nada a acrescentar.