No Editorial da Revista Carta Capital desta semana o Mino Carta desnuda a simbiose da elite brasileira com a mídia "nativa", comandada pela família Marinho, se diz descrente até mesmo com os partidos tradicionais de esquerda...há em suas palavras uma certa tristeza com o momento do Brasil, com a mansidão do povo e com os atrevidos e incansáveis desvios praticados pela elite em nome da manutenção dos privilégios de poucos e ignorância da sociedade. Não poupa os líderes de esquerda e as autoridades do Judiciário.
O engenheiro e o doutor. Que diriam eles de como ficaram seus partidos? Foto: Arquivo/AE e Rolando de Freitas/AE
Editorial
17.08.2012 09:56
"Que liberdade é esta?
Do PMDB dos dias de hoje, que diria o Doutor Ulysses? Digo, aquele
que enfrentou os cães raivosos da ditadura, ironizou a “eleição” de
Ernesto Geisel ao criar sua anticandidatura e liderou a campanha das
Diretas Já. E do PDT, que diria Leonel Brizola, um dos poucos a
esboçarem uma tentativa de resistência ao golpe de 1964, cassado e
exilado, no retorno vigiado pelo poder ditatorial no ocaso, e
ininterruptamente perseguido pela Globo? Quem ainda recorda as duas
notáveis figuras tem todas as condições para imaginar o que diriam.
A CPI do caso Cachoeira acaba de escantear a convocação do jornalista Policarpo Jr., diretor da sucursal de Veja em Brasília, que por largo tempo manteve parceria criminosa com o contraventor. As provas irrefutáveis da societas sceleris apresentadas por CartaCapital
na edição da semana passada não somente foram olimpicamente ignoradas
pela mídia nativa, o que, de resto prevíamos, mas também não surtiram
efeito algum junto à CPI. A qual, como se sabe, teria de apurar em
todos os aspectos os crimes cometidos pelo talentoso Carlinhos e seus
apaniguados. Entre eles, está demonstrado, Policarpo Jr."
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Um comentário:
Muito bom. É a pura verdade essa constatação. O silêncio dos inocentes.
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