Ontem o 'Datatrolha' divulgou mais uma pesquisa eleitoral.
A primeira já considerando uma semana de propaganda na TV o que dá uma dimensão mais importante das tendências.
São Paulo é de longe a cidade mais importante na disputa política entre governo e oposição.
E os resultados não tem sido bons para o José Serra (não confundir com José Mojica Marins, o Zé do Caixão - mas este pleito pode colocar as pretensões do candidado do PSDB a sete palmos).
Serra tornou-se o campeão em rejeição e caiu na intenção de voto.
Russo, o Manno (aquele que sucedeu o Roberto Jefferson n'O Povo na TV), manteve-se estável.
A surpresa foi a curva ascendente do candidato do PT, Fernando Haddad. Sinal que o partido está acertando na campanha da TV, ao contrário da oposição que centrou ataques no candidato do Lula e não mostrou agenda positiva.
No Rio o candidato defendido pelo governo federal e estadual mantem-se tranquilo na frente. Paes poderá se eleger já no primeiro turno.
Vale destacar o crescimento do PSB em algumas cidades importantes.
Em rápida análise vemos que a estratégia de certos meios de comunicação de tentar "linkar" o julgamento do mensalão com as eleições visando derrubar a esquerda não tem surtido o efeito pretendido. Até porque o julgamento está tão monótono que os juízes estão tirando uns cochilos ao longo do mesmo.
Vamos continuar acompanhando.
4 comentários:
Derrota de Serra em SP pode ser o golpe fatal na mídia de esgoto
A mídia corporativa ainda vai durar. Porque ela se adapta e tem gordura, principalmente vinda do exterior, quando necessita de socorro. Mas o esgoto vive do financiamento paulista, dos tucanos paulistas, que compram assinaturas de jornais, revistas, "suplementos educativos" etc.
Agora, com a derrocada de Serra (a dúvida que resta é apenas quanto ao tamanho do vexame), o Chacrinha do esgoto ("vocês querem petralha? olha o mensaleiro ai-ê!") e seus acólitos não terão mais quem lhes banque os processos na Justiça e acabarão em silêncio, como Policarpo, ou fugindo do país, como Diogo Mainardi.
Depois de Serra, os acólitos e parasitas que ainda vivem às suas custas e daquilo que representa.
Logo depois de conhecer os números do DataFolha e do Vox Populi (primeiras pesquisas após o início do horário gratuito), parei pra ver os programas de TV dos candidatos em São Paulo. Com som baixo, mais interessado no encadeamento de imagens, passei meia hora observando.
Relato o que vi. A propaganda de Serra não é ruim. Ao contrário de 2010, quando os tucanos levaram ao ar uma inacreditável “favela cenográfica” (matáfora, talvez, da dificuldade do PSDB de falar com o povão), dessa vez o programa pareceu-me correto. Serra não aparece muito, até porque o público já o conhece. O eleitor precisa ser poupado da imagem do candidato… Na abertura do programa, os marqueteiros mostraram favelas reurbanizadas na gestão Serra/Kassab, mas o nome do prefeito (pessimamente avaliado nas pesquisas) foi citado de passagem, na boca de uma eleitora. A tentativa, sutil, é de reduzir a rejeição a Kassab, mostrando que nem tudo é tão ruim na Prefeitura.
Resumo da ópera. Se Serra seguir caindo nas pesquisas, a culpa não será do programa de TV. Há uma fadiga geral com o candidato. Imagem desgastada. Parece que Serra quer disputar eleição sem saber direito por que. Foi o que me perguntou dia desses meu filho de 15 anos, ao ver o cartaz de Serra na rua: “pai, ele não cansa de ser candidato?”. Ele, talvez não. Mas o eleitor está cansado de Serra.
O programa de Haddad é, disparado, o mais bonito: a textura de imagem, a sofisticação de enquadramentos, a edição de imagens. Tudo muito bem feito. O que incomoda? Haddad fala em tom professoral. Ele não ouve o povo. Fala, e fala sem parar. Claro, o candidato é pouco conhecido, precisa mostrar que tem consistência, que não é um jovem aventureiro. Mas essa postura professoral também pode gerar antipatia mais à frente.
O ponto positivo: Haddad é o primeiro a lançar na campanha uma proposta concreta, fácil de entender – o bilhete único mensal. Nada de promessas vazias e insossas: “mais saúde, mais educação”. Isso o eleitor nem escuta mais. Haddad propôs algo concreto, palpável.
Russomano é o candidato que ouve mais do que fala. Ele vai às ruas, aproxima-se da eleitora e do eleitor – e escuta a queixa, o pedido. É como se botasse a mão no ombro do eleitor e dissesse: “deixa comigo”. Mas não é só por isso que Russomano se consolida em primeiro…
A resposta talvez esteja no programa de outro candidato. Na TV, Chalita explora exaustivamente as “picuinhas” entre PT e PSDB. E conclui: o eleitor está cansado disso! Parte do eleitorado parece concordar com Chalita. Mas em vez de escolher o peemedebista para romper a polarização, parece ter escolhido Russomano. Chalita precisa ver se faz sentido bater na tecla da polarização PT/PSDB, numa eleição em que já há alguém ocupando o lugar da terceira via. Do jeito que está, o programa de Chalita (muito bem acabado, aliás) acaba ajudando Russomano.
Se encontrar um novo mote, Chalita ainda pode entrar no jogo. O eleitor classe média que tradicionalmente vota nos tucanos para barrar o PT, pode preferir Chalita (e não Russomano) para cumprir esse papel. O governador Alckmin gostaria muito se isso acontecesse.
E Haddad? Ele subiu porque ficou mais conhecido (graças ao programa na TV, muito bem feito), e também por causa de Lula. Mas até onde Haddad pode crescer? Até onde Lula pode levar a candidatura? O ex-presidente é forte, claro! Mas, especialmente em São Paulo, Lula não faz mágica. Lembremos que, quando era presidente em 2004 e 2008, o apoio dele não garantiu a vitória de Marta.
Claro, agora há um prefeito pessimamente avaliado do outro lado. E há um candidato (Haddad) com baixa rejeição. Mas é bom entender que – à medida que Haddad ficar marcado como “homem do Lula e do PT” – o antipetismo paulistano fará com que a rejeição a ele aumente. Se Haddad for ao segundo turno contra Serra ou Russomano, tem boa chance de vitória. Contra Serra, pela rejeição estrondosa do tucano. Contra Russomano, terá mais dificuldades. Mas crescem as chances do petista se ele colar no adversário a pecha de “aventureiro”.
E Russomano? Não é bobo, sabe usar a TV (no segundo turno, teria o tempo igual ao do adversário). Pode ocupar o espaço (hoje vazio) do velho populismo paulistano. Depois de Adhemar, Jânio e Maluf, teria chegado a hora de Russomano?
A situação mais complicada é a de Serra. Caso ele encerre a carreira com uma derrota humilhante (o que hoje é o mais provável), muitos paulistanos vão comemorar. Mas talvez a comemoração maior aconteça dentro do PSDB – que finalmente poderá virar essa página.
Haddad e Serra tecnicamente empatados, segundo o IBOPE
Enviado por luisnassif, sex, 31/08/2012 - 07:28
Do G1
Russomanno tem 31%, Serra, 20%, e Haddad, 16%, diz Ibope
Pesquisa apontou candidato do PRB isolado na liderança em SP. Instituto ouviu 1.001 pessoas; margem de erro é de 3 pontos.
O Ibope divulgou, nesta sexta-feira (31), a terceira pesquisa de intenção de voto sobre a disputa pela Prefeitura de São Paulo após a definição dos candidatos.
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S.Paulo".
Em relação à pesquisa anterior, Russomanno passou de 26% para 31% e se isolou na liderança, Serra foi de 26% para 20%, e Haddad, de 9% para 16%; tucano e petista estão em empate técnico.
Veja os números do Ibope para a pesquisa estimulada:
Celso Russomanno (PRB) – 31% das intenções de voto
José Serra (PSDB) – 20%
Fernando Haddad (PT) – 16%
Gabriel Chalita (PMDB) – 5%
Soninha (PPS) – 4%
Paulinho da Força (PDT) – 1%
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