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21 de março de 2014
Marcha da Família Alienada
É amanhã pessoal!
A nova edição, 50 anos depois, da "Marcha da Família com Deus Pela Liberdade".
Pura imbecilidade, ódio da socialização dos direitos civis ou tentativa de propor um novo golpe militar?
Ou as três coisas?
7 comentários:
Fernando Brito
disse...
Barbosa processa Noblat por racismo.
Por Fernando Brito, em seu blog.
Divirjo muitas vezes do jornalista Ricardo Noblat. Quase sempre, aliás. Muito menos aprecio a orientação política que ele assume em sua coluna em O Globo e em seu blog, na mesma empresa. Não desconheço, também, que ele jamais tomou a defesa de outros profissionais, a que vê serem chamados de ‘blogueiros sujos”, sem que lhes proclame o direito de escrever o que pensam e tanto quanto qualquer outra publicação, merecerem – na proporção de suas audiências – a destinação de verbas publicitárias. Nada disso, entretanto, faz deixar de ser absurdo que ele seja denunciado por racismo pelo Presidente do STF, Joaquim Barbosa, por tê-lo censurado por seus modos grosseiros ao agredir verbalmente Ricardo Levandowski. Por dizer que Barbosa não tem o direito “tratar mal seus semelhantes, a debochar deles” e a “humilhá-los”. Não tem, mesmo. Ou que Barbosa teve, na sua indicação para a Corte,o fato de ser negro como elemento de convicção do Presidente Lula para decidir assim. Foi, e que bom que tenha sido. Porque significou a ascensão de um negro – como milhões de nossos irmãos – à corte mais alta do País, como é preciso para que esse país comece, um pouquinho, a exorcizar os séculos de discriminação, humilhação e injustiça. Que Noblat tenha dito que o comportamento de Barbosa é eivado de autoritarismo e recalques, basta ver os espetáculos que ele protagoniza na TV Justiça, ante os olhos de todos. Ou será que mandar um jornalista ir “chafurdar no lixo” é exemplo de comportamento equilibrado próprio de um magistrado? Da mesma forma, não é temerário dizer que Joaquim Barbosa sabe do peso com que recai, diante do Ministério Público, uma demanda sua para que se processe alguém. Noblat talvez seja só o primeiro. O rancor da derrota final no processo da Ação penal 470, o chamado “mensalão”, já deixou claro, na diatribe final de Barbosa contra seus colegas, onde apontou um “maioria formada sob medida” que iria seguir sua “sanha reformadora”, que aquele era “apenas o primeiro passo”. Talvez o primeiro passo seja justamente Noblat, a quem, por caminho transverso, se busque punir por ele, Barbosa, no trecho final do julgamento, não ter seguido razões de elevado valor jurídico, como a de dosar penas “sob medida” para evitar a progressão ao regime semi-aberto de determinados presos. E talvez seja uma lição a Noblat de que os adversários que o enfrentamos com a verve, a ironia e o questionamentos políticos somos muito, muito mais democratas do que aqueles que acusam injúrias para exercer a perseguição. Porque, afinal, o que se lhe imputa como injurioso é o mesmo – em palavras até mais duras – do que se acusou o jornalista Paulo Henrique Amorim em relação a Heraldo Pereira. Quando muito, uma ofensa pessoal, não aos negros. Noblat não achou isso merecedor de defesa. Ainda assim, terá nossa defesa diante de um esgar autoritário.
Assino embaixo das palavras do Fernando Brito no caso Barbosa X Noblat, e acrescento outras. Se Barbosa começar a processar seus críticos, será uma carnificina contra a liberdade de expressão. Barbosa não pode aspirar a liberdade de falar pelos cotovelos, agredindo políticos, advogados, outros magistrados, Deus e o mundo, e pretender silenciar as críticas a si mesmo. Isso é despotismo! Aliás, agora podemos ver quem é autoritário nesse país. É bom deixar claro: o que está em jogo aqui não é a liberdade de imprensa. É algo maior. É a liberdade de expressão. Barbosa é negro, e a questão de raça deve ser sempre respeitada e tratada com muito cuidado. Entretanto, isso não quer dizer que não se possa falar nada a respeito. Podemos até discordar da maneira como alguns tratam Barbosa, associando-o a símbolos como “capitão do mato”. Há racismo entranhado em toda parte. Mas não se combate isso com truculência judicial, agravada por vir da maior autoridade do judiciário brasileiro. O que Noblat fala é o que se comenta em toda a parte, e não me refiro a ambientes dominados por membros da klu klux kan. Nos botequins, entre mulatos e negros, que somos nós mesmos, criticamos acidamente a decisão de Lula de indicar Barbosa, e nos perguntamos, entre perplexos e decepcionados, o que levou um político de inteligência e intuição tão reconhecidas a cometer um erro de consequências tão danosas para o país. A resposta mais comum é que Lula escolheu Barbosa porque o ex-presidente tinha uma sensibilidade extrema para as desigualdades, inclusive a racial. Ele queria colorir o STF. A intenção foi das melhores. E escolheu o negro que acumulava mais diplomas que pode conhecer. Só que o inferno, como se sabe, tem uma super população de bem intencionados, e a gente só perdoa Lula porque é óbvio que ele não podia prever que Barbosa pularia, de maneira tão acintosa, para o lado da direita e da mídia. A nossa grande mídia se preocupa com liberdade de expressão apenas em outros países. Quando é aqui, ela própria faz o papel de verdugo das liberdades, como é o caso de Ali Kamel, diretor de jornalismo da Globo, que vem processando, sistematicamente, blogueiros independentes. A Globo, por exemplo, fez uma campanha intensa em defesa de um jornalista do Equador que chamara o presidente Rafael Correa de “assassino” no editorial de um grande periódico. Correia processou-o e exigiu 1 milhão de dólares, mas depois perdoou o jornalista na questão do dinheiro. Exigiu apenas retratação. A Globo vai criticar Barbosa (presidente do STF!), por processar Noblat a partir da interpretação subjetiva, dúbia, de que o blogueiro, que aliás é um mestiço como a maioria de nós, cometeu crime de “racismo”? Seria até eufemismo dizer que eu costumo divergir de Noblat. Minhas críticas ao blogueiro da Globo são pesadas e flertam com a ofensa, embora sempre, quero acreditar, dentro dos limites, às vezes tênues, mas claros, da liberdade de que gozamos, de um lado, e do respeito à honra alheia, de outro. Nessa luta contra a truculência e despotismo de Joaquim Barbosa, no entanto, estou a seu lado.
O que impressiona na jornada de Bruno Toscano, o organizador da Marcha da Família, é que ele ainda esteja solto.
O que mais ele precisa fazer para ser preso?
Matar pessoas como outro desequilibrado de direita, o norueguês Anders Breivik?
Toscano é uma bomba prestes a explodir, como mostra a página incrivelmente agressiva que ele mantém no Facebook.
Ele ameaça, ele calunia, ele insulta, ele instiga ódio e violência, tudo sem nenhuma cerimônia.
É um caso psiquiátrico ou policial, e a sociedade tem que ser protegida disso.
Toscano é o exemplar mais vistoso de um tipo que prolifera na internet: o extremista de direita, o desvairado conservador, o fundamentalista sem freio.
A parte mais simples dele são as calúnias. Dilma é “bandilma” e Lula o “presidente ladrão”. Isso quando ele está calmo, o que nem sempre ocorre.
O filho de Lula e a filha de Dilma são outros alvos habituais dele. Toscano lhes atribui fortunas e mansões hollywoodianas.
Em países de justiça que funciona, ele teria que provar as acusações. Mas no Brasil a certeza da impunidade faz dele uma fábrica sórdida e imparável de acusações.
Ele já falou abertamente em “pegar em armas”. Vamos esperar que ele pegue? Para depois dizer que estava na cara?
Nos últimos meses, vem implorando aos militares que tomem o poder. Incitação a golpe é permitido?
É interessante ver quem inspira Toscano.
Sua página no Facebook está recheada de artigos e citações da Veja. Ele usa a palavra “petralha”, da qual Reinaldo Azevedo parece se orgulhar como se tivesse escrito Guerra e Paz.
Toscano é filho da Veja.
Se alguém tem dúvida do mal que uma revista pode fazer ao propagar ódio direitista em quantidade copiosa todas as vezes que vai às bancas, quinze minutos na página de Toscano esclarecem tudo.
Mas de novo: o que realmente é digno de nota é, com toda a sua ação criminosa na internet, Toscano esteja com total liberdade para fazer as coisas que ameaça fazer.
7 comentários:
Barbosa processa Noblat por racismo.
Por Fernando Brito, em seu blog.
Divirjo muitas vezes do jornalista Ricardo Noblat. Quase sempre, aliás. Muito menos aprecio a orientação política que ele assume em sua coluna em O Globo e em seu blog, na mesma empresa. Não desconheço, também, que ele jamais tomou a defesa de outros profissionais, a que vê serem chamados de ‘blogueiros sujos”, sem que lhes proclame o direito de escrever o que pensam e tanto quanto qualquer outra publicação, merecerem – na proporção de suas audiências – a destinação de verbas publicitárias. Nada disso, entretanto, faz deixar de ser absurdo que ele seja denunciado por racismo pelo Presidente do STF, Joaquim Barbosa, por tê-lo censurado por seus modos grosseiros ao agredir verbalmente Ricardo Levandowski. Por dizer que Barbosa não tem o direito “tratar mal seus semelhantes, a debochar deles” e a “humilhá-los”. Não tem, mesmo. Ou que Barbosa teve, na sua indicação para a Corte,o fato de ser negro como elemento de convicção do Presidente Lula para decidir assim. Foi, e que bom que tenha sido. Porque significou a ascensão de um negro – como milhões de nossos irmãos – à corte mais alta do País, como é preciso para que esse país comece, um pouquinho, a exorcizar os séculos de discriminação, humilhação e injustiça. Que Noblat tenha dito que o comportamento de Barbosa é eivado de autoritarismo e recalques, basta ver os espetáculos que ele protagoniza na TV Justiça, ante os olhos de todos. Ou será que mandar um jornalista ir “chafurdar no lixo” é exemplo de comportamento equilibrado próprio de um magistrado? Da mesma forma, não é temerário dizer que Joaquim Barbosa sabe do peso com que recai, diante do Ministério Público, uma demanda sua para que se processe alguém. Noblat talvez seja só o primeiro. O rancor da derrota final no processo da Ação penal 470, o chamado “mensalão”, já deixou claro, na diatribe final de Barbosa contra seus colegas, onde apontou um “maioria formada sob medida” que iria seguir sua “sanha reformadora”, que aquele era “apenas o primeiro passo”. Talvez o primeiro passo seja justamente Noblat, a quem, por caminho transverso, se busque punir por ele, Barbosa, no trecho final do julgamento, não ter seguido razões de elevado valor jurídico, como a de dosar penas “sob medida” para evitar a progressão ao regime semi-aberto de determinados presos. E talvez seja uma lição a Noblat de que os adversários que o enfrentamos com a verve, a ironia e o questionamentos políticos somos muito, muito mais democratas do que aqueles que acusam injúrias para exercer a perseguição. Porque, afinal, o que se lhe imputa como injurioso é o mesmo – em palavras até mais duras – do que se acusou o jornalista Paulo Henrique Amorim em relação a Heraldo Pereira. Quando muito, uma ofensa pessoal, não aos negros. Noblat não achou isso merecedor de defesa. Ainda assim, terá nossa defesa diante de um esgar autoritário.
http://www.ocafezinho.com/2014/03/21/em-defesa-de-noblat/#sthash.sXrFsVjT.dpuf
Em defesa de Noblat
POR Miguel do Rosário on 21/03/2014
Assino embaixo das palavras do Fernando Brito no caso Barbosa X Noblat, e acrescento outras. Se Barbosa começar a processar seus críticos, será uma carnificina contra a liberdade de expressão. Barbosa não pode aspirar a liberdade de falar pelos cotovelos, agredindo políticos, advogados, outros magistrados, Deus e o mundo, e pretender silenciar as críticas a si mesmo. Isso é despotismo! Aliás, agora podemos ver quem é autoritário nesse país. É bom deixar claro: o que está em jogo aqui não é a liberdade de imprensa. É algo maior. É a liberdade de expressão. Barbosa é negro, e a questão de raça deve ser sempre respeitada e tratada com muito cuidado. Entretanto, isso não quer dizer que não se possa falar nada a respeito. Podemos até discordar da maneira como alguns tratam Barbosa, associando-o a símbolos como “capitão do mato”. Há racismo entranhado em toda parte. Mas não se combate isso com truculência judicial, agravada por vir da maior autoridade do judiciário brasileiro. O que Noblat fala é o que se comenta em toda a parte, e não me refiro a ambientes dominados por membros da klu klux kan. Nos botequins, entre mulatos e negros, que somos nós mesmos, criticamos acidamente a decisão de Lula de indicar Barbosa, e nos perguntamos, entre perplexos e decepcionados, o que levou um político de inteligência e intuição tão reconhecidas a cometer um erro de consequências tão danosas para o país. A resposta mais comum é que Lula escolheu Barbosa porque o ex-presidente tinha uma sensibilidade extrema para as desigualdades, inclusive a racial. Ele queria colorir o STF. A intenção foi das melhores. E escolheu o negro que acumulava mais diplomas que pode conhecer. Só que o inferno, como se sabe, tem uma super população de bem intencionados, e a gente só perdoa Lula porque é óbvio que ele não podia prever que Barbosa pularia, de maneira tão acintosa, para o lado da direita e da mídia. A nossa grande mídia se preocupa com liberdade de expressão apenas em outros países. Quando é aqui, ela própria faz o papel de verdugo das liberdades, como é o caso de Ali Kamel, diretor de jornalismo da Globo, que vem processando, sistematicamente, blogueiros independentes. A Globo, por exemplo, fez uma campanha intensa em defesa de um jornalista do Equador que chamara o presidente Rafael Correa de “assassino” no editorial de um grande periódico. Correia processou-o e exigiu 1 milhão de dólares, mas depois perdoou o jornalista na questão do dinheiro. Exigiu apenas retratação. A Globo vai criticar Barbosa (presidente do STF!), por processar Noblat a partir da interpretação subjetiva, dúbia, de que o blogueiro, que aliás é um mestiço como a maioria de nós, cometeu crime de “racismo”? Seria até eufemismo dizer que eu costumo divergir de Noblat. Minhas críticas ao blogueiro da Globo são pesadas e flertam com a ofensa, embora sempre, quero acreditar, dentro dos limites, às vezes tênues, mas claros, da liberdade de que gozamos, de um lado, e do respeito à honra alheia, de outro. Nessa luta contra a truculência e despotismo de Joaquim Barbosa, no entanto, estou a seu lado.
http://www.ocafezinho.com/2014/03/21/em-defesa-de-noblat/#sthash.sXrFsVjT.dpuf
Pelo jeito, eles (da Marcha da Família Bestificada) já tem um candidato a presidente : JB. Para vice: Bolsonaro.
Marcha em defesa da Família Adams
Marcha em Defesa da Família Simpson.
Marcha em Defesa da Família Do-Re-Mi
O que impressiona na jornada de Bruno Toscano, o organizador da Marcha da Família, é que ele ainda esteja solto.
O que mais ele precisa fazer para ser preso?
Matar pessoas como outro desequilibrado de direita, o norueguês Anders Breivik?
Toscano é uma bomba prestes a explodir, como mostra a página incrivelmente agressiva que ele mantém no Facebook.
Ele ameaça, ele calunia, ele insulta, ele instiga ódio e violência, tudo sem nenhuma cerimônia.
É um caso psiquiátrico ou policial, e a sociedade tem que ser protegida disso.
Toscano é o exemplar mais vistoso de um tipo que prolifera na internet: o extremista de direita, o desvairado conservador, o fundamentalista sem freio.
A parte mais simples dele são as calúnias. Dilma é “bandilma” e Lula o “presidente ladrão”. Isso quando ele está calmo, o que nem sempre ocorre.
O filho de Lula e a filha de Dilma são outros alvos habituais dele. Toscano lhes atribui fortunas e mansões hollywoodianas.
Em países de justiça que funciona, ele teria que provar as acusações. Mas no Brasil a certeza da impunidade faz dele uma fábrica sórdida e imparável de acusações.
Ele já falou abertamente em “pegar em armas”. Vamos esperar que ele pegue? Para depois dizer que estava na cara?
Nos últimos meses, vem implorando aos militares que tomem o poder. Incitação a golpe é permitido?
É interessante ver quem inspira Toscano.
Sua página no Facebook está recheada de artigos e citações da Veja. Ele usa a palavra “petralha”, da qual Reinaldo Azevedo parece se orgulhar como se tivesse escrito Guerra e Paz.
Toscano é filho da Veja.
Se alguém tem dúvida do mal que uma revista pode fazer ao propagar ódio direitista em quantidade copiosa todas as vezes que vai às bancas, quinze minutos na página de Toscano esclarecem tudo.
Mas de novo: o que realmente é digno de nota é, com toda a sua ação criminosa na internet, Toscano esteja com total liberdade para fazer as coisas que ameaça fazer.
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