No dia 5 faremos uma escolha: o caminho da continuidade da redistribuição de renda que vem sendo feito pelo PT representado por Dilma (e Lula) ao longo dos últimos 12 anos - uma país de trabalhadores empregados de classe média (depois de 500 anos de contínuo aumento das desigualdades que colocaram o Brasil no mapa da fome da ONU e o PT finalmente tirou) - ou a política econômica defendida por Aécio e Marina (Marinécio), a aproximação cada vez maior com o neoliberalismo americano onde o capital comanda o país: um país de 1% de trilhonários.
A máxima de que o trabalhador e o aposentado (representado pelo PT - 13) não deve votar em patrão (PSdB - Marinécio) nunca foi tão real e urgente.
Assistam ao video que tem pouco mais de seis minutos, é dublado em português e pode ajudar os eleitores em sua decisão final para o próximo domingo."O neoliberalismo consiste em certas políticas, defendidas pela imprensa corporativa, como privatizações, Estado mínimo, Bancos Centrais independentes, corte de gastos públicos, flexibilização das leis trabalhistas e liberdade para que o mercado dite as regras da economia.
Nos EUA, essas políticas vem sendo implantadas desde os anos 80. De lá para cá, profundas transformações sociais ocorreram nos EUA: O país que após a II Guerra era dos melhores lugares para se viver no mundo, onde um trabalhador médio tinha acesso a uma grande qualidade de vida, hoje tem uma jornada de trabalho exaustiva e com pouco direitos, com um salário irrisório.
Ao mesmo tempo, o 1% da população do topo da pirâmide social tornou-se muito mais rica (os 400 americanos mais ricos detém mais renda que 200 milhões de cidadãos estadunidenses) enquanto a vasta maioria ficou mais pobre, muitos abaixo da linha da pobreza."
"Esse vídeo faz uma análise dos dados da distribuição de renda atual americana:
- a que os americanos achariam justa
- a que eles acham que existe
- e a que existe de fato."
"Tradução do vídeo "Wealth Inequality in America", um panorama sobre a distribuição de riqueza nos Estados Unidos. Apesar de ser focado em outro país, acho que transmite uma boa ideia do cenário que podemos imaginar (daí pra pior) aqui também."
Fonte: DocVerdade
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Editorial recente da Revista do Brasil deixou claro o modo como o capital financeiro no País investiu, nesta campanha, na candidatura Marina Silva, vislumbrando o fracasso de Aécio Neves e surfando na onda emotiva provocada pela morte trágica do ex-governador Eduardo Campos. O texto mostrou os pontos de contato entre os interesses capitalistas e a oportunidade de interromper o ciclo iniciado em 2003 pelo ex-presidente Lula.
“A adesão do mercado financeiro à candidatura de Marina Silva foi instantânea. E o programa do PSB, já com a candidata na cabeça de chapa após a morte de Eduardo Campos, torna nítida essa aliança em temas relacionados a mercado de trabalho, direitos dos trabalhadores e condução da economia. Diz o programa de Marina: “A terceirização de atividades leva a maior especialização produtiva, a maior divisão do trabalho e, consequentemente, a maior produtividade das empresas”. É essa a linguagem utilizada pelas empresas e bancos quando substituem seus quadros de funcionários por serviços terceirizados para economizar com salários e direitos e desorganizar categorias”, registrou a Revista do Brasil.
Este posicionamento de Marina pró-Capital, que fez até mesmo a candidata se afastar de temas que estão na origem da sua militância política, como os que envolvem as questões ambientais — aliado a outros atropelos, contradições e recuos — acabou por chamar a atenção para as reais forças que estão por trás da candidatura, e o que estava se tornando um fenômeno eleitoral começou a recuar nas pesquisas.
Os trabalhadores melhor informados, os setores organizados, os estudantes e militantes dos movimentos sociais, acordaram a tempo para identificar a ameaça embutida na candidatura Marina, e começaram a mobilização para evitar o retrocesso das conquistas sociais da história recente do País.
Agora, a poucos dias das eleições, a tarefa não está ainda completamente cumprida. Seja em razão de ainda ser possível ampliar a conscientização acerca desta realidade ainda no primeiro turno, ou seja em razão da necessidade de reunir ainda mais força para enfrentar um eventual segundo turno, quando esta polarização estará ainda mais evidente.
Gilmar Mendes socorrerá a ‘Veja’?
Por Altamiro Borges
A ‘Veja’ esperneia ao máximo para evitar o vexame de publicar na sua capa um direito de resposta do PT. E o pior: na véspera do primeiro turno das eleições presidenciais. Já tinha até encomendado uma moldura para registrar este fato histórico do colapso moral da revista do esgoto. Mas estou receoso. O Grupo Abril não aceitou a decisão, por unanimidade, do Tribunal Superior Federal e acionou o Supremo Tribunal Federal. Por coincidência – são tantas neste país! –, o processo caiu nas mãos do ministro Gilmar Mendes, assíduo frequentador das páginas da revista e conhecido inimigo do chamado “lulopetismo”. Será que o ex-presidente do STF vai socorrer os seus amigos da famiglia Civita?
Por sete votos a zero, o TSE decidiu, na semana passada, garantir o direito de resposta. Os ministros entenderam que a revista ofendeu a honra do partido na reportagem intitulada “O PT sob chantagem”, publicada em 17 de setembro. A “reporcagem” afirmava, sem qualquer prova, que a sigla pagou propina a um chantagista para abortar denúncias sobre “a participação dos principais líderes petistas num desfalque milionário” na Petrobras. Raivosa, ela esbravejava: “O PT conhece como poucos o que o dinheiro sujo é capaz de comprar”. Os ministros do TSE julgaram que a Veja “extrapolou os limites da crítica ácida, ofendendo a imagem do partido” e aprovaram o direito de resposta.
Foi dado prazo de duas semanas e determinado que a resposta deveria ser estampada, inclusive, na capa da publicação. Desesperada, a famiglia Civita acionou o STF. Ela solicita a suspensão imediata do processo no TSE e que seja cassada a decisão. Alega que a medida fere a “liberdade de expressão e o livre exercício da crítica jornalística”. Na maior caradura, ela alega que a “reporcagem” tratou-se de “inegável material jornalístico”. Novamente, o decadente Grupo Abril não apresenta provas das suas acusações, mas tenta desqualificar a sentença do TSE. Agora, a Veja espera a complacência do ministro Gilmar Mendes, o mesmo que salvou o agiota Daniel Dantas e o médico-estuprador Roger Abdelmassih.
NO BLOG DO MIRO:
Bateu o desespero em Marina Silva
Por Altamiro Borges
Diante do fiasco da manobra teatral da vitimização, Marina Silva recolheu as lágrimas e decidiu partir para a porrada. A chorona virou valentona! Nos últimos dias da disputa eleitoral, a candidata-carona do PSB distribui xingamentos e acusações levianas. Dilma é “mentirosa” e “corrupta”; ninguém presta e a ex-verde é a única pura, expressão da “nova política”. A tática do desespero visa estancar a sangria de votos da ex-senadora, que teme agora ser superada pelo cambaleante tucano e ficar de fora do segundo turno das eleições presidenciais – se ele ocorrer. No programa de TV desta quinta-feira (2), o último do horário eleitoral, Marina Silva radicalizou o seu discurso.
O tom agressivo surpreendeu até o colunista Fernando Rodrigues, da Folha, para quem a candidata usou o programa “para transmitir uma de suas falas mais duras contra a presidente Dilma Rousseff. Marina Silva acusa a petista de ser mentirosa ao dizer que não sabia da corrupção na Petrobras e diz que Dilma é inexperiente porque ‘não foi nem vereadora’. Esse tom foi adotado na campanha do PSB nos últimos dias. Na TV, é o programa de ataque frontal mais direto em toda a propaganda eletrônica marinista”. Mas a mudança radical de postura, de vítima para agressora, pode não surtir os resultados desejados. Confirmaria a ideia de que Marina Silva é volátil, frágil, uma “metamorfose ambulante”.
Além disso, a nova tática pode indicar o apoio enrustido ao tucano Aécio Neves, caso ele a ultrapasse e chegue ao segundo turno. A mesma Folha tucana festeja esta possibilidade. “Diante da queda nos índices de intenção de voto que vem sendo registrada nas últimas pesquisas, Marina Silva decidiu antecipar a estratégia mais agressiva que pretendia adotar só no segundo turno. Aliados da candidata do PSB afirmaram à Folha que, no cenário atual, ‘não restou alternativa’... Segundo eles, a principal preocupação nesta reta final será tentar evitar a vitória de Dilma já no primeiro turno. ‘Queremos tirar votos de Dilma, e não de Aécio, para garantir que haja segundo turno’, afirmou um dos coordenadores da campanha”.
A decisão de concentrar o ataque em Dilma Rousseff, aliviando a barra de Aécio Neves – que tem espalhado muito veneno contra a ex-verde –, tem suas razões. Pesquisas internas apontam que uma parte dos votos perdidos por Marina Silva, na sua atual fase de derretimento, está indo para a atual presidenta, o que aumentaria a possibilidade da sua vitória já no primeiro turno. Por outro lado, a candidata-carona do PSB ainda sonha com o apoio dos tucanos no caso da sua passagem para o segundo turno. Neste sentido, todo o esforço é para não queimar pontes e manter o diálogo, nos bastidores, com os caciques do PSDB – principalmente com o ex-presidente FHC. Haja “nova política”!
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