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20 de outubro de 2014
Fala Chico Buarque!
4 comentários:
Rodrigo Viana
disse...
Aécio “arrogante” x Dilma “técnica”: a petista saiu-se melhor na Record
Por Rodrigo Vianna
A primeira constatação é óbvia: Dilma e Aécio estavam calminhos na Record, depois da pancadaria no SBT.
Aécio, especialmente, tentou se controlar porque as pesquisas qualitativas devem ter mostrado: a agressividade desmedida contra Dilma pegou mal pra ele. Ficou com a pecha de autoritário, de não conseguir tratar mulher de igual pra igual (aliás, uma das pérolas do tucano foi dizer que “creche é o que de mais importante pode existir para a mulher”; deixou escapar que, pra ele, “mulher” é só a mãe e dona-de-casa; Freud explica).
Apesar de todo treinamento, os marqueteiros não conseguiram tirar de Aécio algo que é quase um vício: o sorriso sarcástico, de canto de boca, passa a impressão de alguma arrogância, de deboche e desprezo. Isso deve agradar o eleitor que já odeia o PT, e sonha em ver Dilma “esmagada”. Mas é um tiro no pé, afasta os indecisos.
Alguns jornalistas notaram – também – um outro vício do tucano. José Roberto de Toledo, do Estadão, falou pelo twitter: “Alguém podia dizer para o Aécio que dá para ouvir ele fungando o tempo todo. Deve estar resfriado, sei lá, mas incomoda”.
Por que Aécio “fungou” tanto? Foi o esforço para evitar a agressividade? Ou o cansaço?
Dilma, que teve sua melhor performance no primeiro debate (na Band), voltou ao perfil “técnico” na Record. Um pouco cansativo, um jeito lento de falar. Como se sabe, ela não tem grande capacidade de oratória. Ainda assim, teve um desempenho consistente – pelo efeito de comparação. Dilma mostrou seriedade, consistência, não riu do adversário.
Aécio “sarcástico” x Dilma “técnica”. Esse parece ter sido um dos saldos do debate da Record.
O outro foi a insistência do candidato do PSDB em mostrar-se pessimista. Ele fala que quer comandar “mudança para o futuro”, mas passa pessimismo. Diz que os empregos estão “sumindo no Brasil”, quando o trabalhador sabe que o desemprego nunca esteve tão baixo. Claro, há muito pra melhorar, mas parece-me que Aécio erra um pouco no tom.
Fora isso tudo, há a questão programática. Num só debate, Aécio atacou a Petrobras (e esse foi o ponto alto de Dilma, ao lembrar que os tucanos querem privatizá-la e entregá-la a petroleiras estrangeiras), levantou dúvidas sobre Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Pronatec…
Passa a impressão de que o projeto do PSDB é mesmo o desmonte do Estado brasileiro.
Isso pode agradar as classes médias do Rio, São Paulo e Brasília – que já estão com ele, e aderem ao discurso privatista.
Mas o povão quer mais Estado, porque sabe que sem governo não há chance de se equilibrar um pouco o jogo.
O debate da Record talvez tenha sido aquele em que ficaram mais claros os dois projetos em disputa: um é o projeto do “mercado”, das classes médias que mantem o sorriso de arrogância ao falar de “programas sociais” como se fossem “esmola”; o outro é o programa de valorização do Estado, como indutor do crescimento e da justiça social.
O ruído midiático, e a onda de “caçar PT corrupto” (como se o PSDB não fosse muito pior nesse quesito), escondem essa disputa. Mas no debate os dois projetos parecem ter aflorado. E isso é positivo para o Brasil. Permite uma escolha mais honesta, sem tanto ruído.
Dilma não ganhou a eleição neste domingo na Record. Nem tampouco Aécio.
Mas o saldo, depois dos três debates, é favorável à candidata à reeleição pelo PT.
A uma semana da eleição, os sinais são de que cresce a rejeição a Aécio e de que Dilma avança (ainda que lentamente) entre os eleitores de baixa renda que votaram em Marina no primeiro turno.
Esse quadro vai perdurar até próximo domingo? Não se sabe…
Até lá, há o JN, a Globo e o dispositivo midiático devem lançar novos mísseis contra Dilma. Aécio mesmo deu a dica na Record: falou várias vezes de Vacari – o tesoureiro do PT, acusado (sem provas, até aqui) de envolvimento com o escândalo da Petrobrás.
O juiz amigo dos tucanos no Paraná, e a Globo de Ali Kamel devem estar preparando surpresas nessa área… E Aécio sabe que daí pode vir a cavalaria a ajudá-lo na reta final.
Mas o eleitor parece vacinado. E Dilma colhe – nesse momento – os resultados de uma campanha que bateu na hora certa e voltou à discussão programática na hora em que Aécio tentou bater de volta…
Ainda assim, essa é uma eleição pra ser decidida por diferença muito estreita, menos de 2 milhões de votos. Inicia-se a semana decisiva…
Dilma vence debate na Record que foi tranquilo se comparado ao do SBT Por Renato Rovai
O debate no SBT foi ruim para os dois candidatos. O que deixa isso claro é a mudança de postura de ambos no debate que acaba de se encerrar na Record. Os candidatos tiveram uma postura menos agressiva e mais prudente. Aécio, alvissaras, conseguiu passar um debate sem xingar uma mulher de mentirosa ou leviana. Logo ele que tinha se especializado nisso.
Os momentos mais meméticos foram quando Aécio perguntou sobre saúde a Dilma e ela lhe tascou a condenação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais por não investir o mínimo exigido por lei na área quando era governador e leu o parecer de um procurador condenando o mau uso dos recursos. No trecho lido por Dilma, o procurador criticava o fato de o governo de Aécio ter contabilizado gastos com vacina para cavalo nas despesas do SUS.
Aécio tentou puxar a Petrobras de novo para o centro das discussões e novamente colocou o nome do tesoureiro do PT na roda. Dilma soube se relacionar bem com a questão e comparou a empresa nos governos dela e de Lula e nos dois de FHC. E lembrou que os tucanos venderam 30% da Petrobras a preço de banana na bolsa. E que ainda tentaram mudar seu nome para Petrobrax.
Como o debate foi mais ameno, houve necessidade de se discutir questões como segurança pública, educação, infraestrutura entre outros pontos. Nesses momentos de confronto progamático, foi um baile. Aécio só soube responder que queria discutir o futuro e que não se deveria ficar olhando o país pelo retrovisor. A resposta pronta foi utilizada para tudo. Em contraponto, a petista apontou programas que realizou, comparou-os com os dos governos tucanos e desafiou Aécio a esclarecer posições.
Em relação aos bancos públicos, por exemplo, Dilma deu uma aula sobre qual o papel do BNDES, da Caixa e do BB. E disse o que significa acabar com qualquer um deles ou mesmo reduzi-los em seus papéis. Já Aécio tentou desmentir que aquele que escolheu para ser ministro da Fazenda, Arminio Fraga, tenha dito o que disse.
Em outro momento onde se debateu programa de governo, Dilma disse que os tucanos desmontaram as escolas técnicas no Brasil e proibiram o governo federal de atuar na área. Aécio, como em vários outras situações, disse que o Pronatec não era uma criação dos petistas, mas da gestão dele em Minas e de Alckmin, em São Paulo. Para isso Dilma apresentou dados simples. Nos governos Lula foram criadas mais de 200 escolas. No dela, mais de 200 escolas. Totalizando quase 450. E no de FHC, 8.
A tática de Aécio é quase diversionista. Ele joga como um daqueles atacantes catimbeiros. Que provoca os zagueiros, enfia o dedo no olho, passa a mão na bunda, entre outras coisitas mais. E nessas situações, às vezes se dá bem. Por exemplo, quando consegue tirar o adversário do sério. Nos dois debates anteriores xingou Dilma de mentirosa, prevaricadora e leviana. Hoje, ele não podia fazer isso. Nas pesquisas qualitativas, sua rejeição aumentou muito. Principalmente por conta desse comportamento agressivo. E aí, Aécio se deu mal.
Ele só sabe jogar desse jeito. Se for no mano a mano com Dilma, mesmo ela não tendo o dom do debate, vai perder. Por um único motivo, Aécio é oco. Ele não tem propostas e nem conteúdo.
É um candidato embrulhado no marketing e em respostas prontas. No eu não sou mais o candidato de um partido. Eu olho para o futuro. Eu quero falar de governança. Eu vou reestatizar a Petrobrás. Enfim, um monte de chavões escritos pelos seus roteiristas.
O debate de hoje dificilmente vai tirar alguém do jogo até o debate da Globo. É lá que a eleição pode se decidir. Não só lá. Também nos dias que se seguirão, quando a mesma TV Globo terá todo o tempo do mundo pra tentar influir no resultado deste pleito.
De qualquer forma, será uma eleição de detalhes. Engana-se quem pensa que alguém poderá abrir grande vantagem. O PT tem sua imensa militância que acordou até em São Paulo nos últimos dias. Mesmo nos bairros nobres da cidade já se pode ver muitos adesivos de Dilma nos carros. E os tucanos têm a mídia, seu verdadeiro partido. Aliás, Aécio poderia ter sido mais honesto no debate de hoje e ter dito. “Eu não sou mais o candidato de um partido. Até porque nunca fui. Sou o candidato da mídia.” Se falasse isso, sua despedida final seria honesta.
4 comentários:
Aécio “arrogante” x Dilma “técnica”: a petista saiu-se melhor na Record
Por Rodrigo Vianna
A primeira constatação é óbvia: Dilma e Aécio estavam calminhos na Record, depois da pancadaria no SBT.
Aécio, especialmente, tentou se controlar porque as pesquisas qualitativas devem ter mostrado: a agressividade desmedida contra Dilma pegou mal pra ele. Ficou com a pecha de autoritário, de não conseguir tratar mulher de igual pra igual (aliás, uma das pérolas do tucano foi dizer que “creche é o que de mais importante pode existir para a mulher”; deixou escapar que, pra ele, “mulher” é só a mãe e dona-de-casa; Freud explica).
Apesar de todo treinamento, os marqueteiros não conseguiram tirar de Aécio algo que é quase um vício: o sorriso sarcástico, de canto de boca, passa a impressão de alguma arrogância, de deboche e desprezo. Isso deve agradar o eleitor que já odeia o PT, e sonha em ver Dilma “esmagada”. Mas é um tiro no pé, afasta os indecisos.
Alguns jornalistas notaram – também – um outro vício do tucano. José Roberto de Toledo, do Estadão, falou pelo twitter: “Alguém podia dizer para o Aécio que dá para ouvir ele fungando o tempo todo. Deve estar resfriado, sei lá, mas incomoda”.
Por que Aécio “fungou” tanto? Foi o esforço para evitar a agressividade? Ou o cansaço?
Dilma, que teve sua melhor performance no primeiro debate (na Band), voltou ao perfil “técnico” na Record. Um pouco cansativo, um jeito lento de falar. Como se sabe, ela não tem grande capacidade de oratória. Ainda assim, teve um desempenho consistente – pelo efeito de comparação. Dilma mostrou seriedade, consistência, não riu do adversário.
Aécio “sarcástico” x Dilma “técnica”. Esse parece ter sido um dos saldos do debate da Record.
O outro foi a insistência do candidato do PSDB em mostrar-se pessimista. Ele fala que quer comandar “mudança para o futuro”, mas passa pessimismo. Diz que os empregos estão “sumindo no Brasil”, quando o trabalhador sabe que o desemprego nunca esteve tão baixo. Claro, há muito pra melhorar, mas parece-me que Aécio erra um pouco no tom.
Fora isso tudo, há a questão programática. Num só debate, Aécio atacou a Petrobras (e esse foi o ponto alto de Dilma, ao lembrar que os tucanos querem privatizá-la e entregá-la a petroleiras estrangeiras), levantou dúvidas sobre Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Pronatec…
Passa a impressão de que o projeto do PSDB é mesmo o desmonte do Estado brasileiro.
Isso pode agradar as classes médias do Rio, São Paulo e Brasília – que já estão com ele, e aderem ao discurso privatista.
Mas o povão quer mais Estado, porque sabe que sem governo não há chance de se equilibrar um pouco o jogo.
O debate da Record talvez tenha sido aquele em que ficaram mais claros os dois projetos em disputa: um é o projeto do “mercado”, das classes médias que mantem o sorriso de arrogância ao falar de “programas sociais” como se fossem “esmola”; o outro é o programa de valorização do Estado, como indutor do crescimento e da justiça social.
O ruído midiático, e a onda de “caçar PT corrupto” (como se o PSDB não fosse muito pior nesse quesito), escondem essa disputa. Mas no debate os dois projetos parecem ter aflorado. E isso é positivo para o Brasil. Permite uma escolha mais honesta, sem tanto ruído.
Dilma não ganhou a eleição neste domingo na Record. Nem tampouco Aécio.
Mas o saldo, depois dos três debates, é favorável à candidata à reeleição pelo PT.
A uma semana da eleição, os sinais são de que cresce a rejeição a Aécio e de que Dilma avança (ainda que lentamente) entre os eleitores de baixa renda que votaram em Marina no primeiro turno.
Esse quadro vai perdurar até próximo domingo? Não se sabe…
Até lá, há o JN, a Globo e o dispositivo midiático devem lançar novos mísseis contra Dilma. Aécio mesmo deu a dica na Record: falou várias vezes de Vacari – o tesoureiro do PT, acusado (sem provas, até aqui) de envolvimento com o escândalo da Petrobrás.
O juiz amigo dos tucanos no Paraná, e a Globo de Ali Kamel devem estar preparando surpresas nessa área… E Aécio sabe que daí pode vir a cavalaria a ajudá-lo na reta final.
Mas o eleitor parece vacinado. E Dilma colhe – nesse momento – os resultados de uma campanha que bateu na hora certa e voltou à discussão programática na hora em que Aécio tentou bater de volta…
Ainda assim, essa é uma eleição pra ser decidida por diferença muito estreita, menos de 2 milhões de votos. Inicia-se a semana decisiva…
Dilma vence debate na Record que foi tranquilo se comparado ao do SBT
Por Renato Rovai
O debate no SBT foi ruim para os dois candidatos. O que deixa isso claro é a mudança de postura de ambos no debate que acaba de se encerrar na Record. Os candidatos tiveram uma postura menos agressiva e mais prudente. Aécio, alvissaras, conseguiu passar um debate sem xingar uma mulher de mentirosa ou leviana. Logo ele que tinha se especializado nisso.
Os momentos mais meméticos foram quando Aécio perguntou sobre saúde a Dilma e ela lhe tascou a condenação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais por não investir o mínimo exigido por lei na área quando era governador e leu o parecer de um procurador condenando o mau uso dos recursos. No trecho lido por Dilma, o procurador criticava o fato de o governo de Aécio ter contabilizado gastos com vacina para cavalo nas despesas do SUS.
Aécio tentou puxar a Petrobras de novo para o centro das discussões e novamente colocou o nome do tesoureiro do PT na roda. Dilma soube se relacionar bem com a questão e comparou a empresa nos governos dela e de Lula e nos dois de FHC. E lembrou que os tucanos venderam 30% da Petrobras a preço de banana na bolsa. E que ainda tentaram mudar seu nome para Petrobrax.
Como o debate foi mais ameno, houve necessidade de se discutir questões como segurança pública, educação, infraestrutura entre outros pontos. Nesses momentos de confronto progamático, foi um baile. Aécio só soube responder que queria discutir o futuro e que não se deveria ficar olhando o país pelo retrovisor. A resposta pronta foi utilizada para tudo. Em contraponto, a petista apontou programas que realizou, comparou-os com os dos governos tucanos e desafiou Aécio a esclarecer posições.
Em relação aos bancos públicos, por exemplo, Dilma deu uma aula sobre qual o papel do BNDES, da Caixa e do BB. E disse o que significa acabar com qualquer um deles ou mesmo reduzi-los em seus papéis. Já Aécio tentou desmentir que aquele que escolheu para ser ministro da Fazenda, Arminio Fraga, tenha dito o que disse.
Em outro momento onde se debateu programa de governo, Dilma disse que os tucanos desmontaram as escolas técnicas no Brasil e proibiram o governo federal de atuar na área. Aécio, como em vários outras situações, disse que o Pronatec não era uma criação dos petistas, mas da gestão dele em Minas e de Alckmin, em São Paulo. Para isso Dilma apresentou dados simples. Nos governos Lula foram criadas mais de 200 escolas. No dela, mais de 200 escolas. Totalizando quase 450. E no de FHC, 8.
A tática de Aécio é quase diversionista. Ele joga como um daqueles atacantes catimbeiros. Que provoca os zagueiros, enfia o dedo no olho, passa a mão na bunda, entre outras coisitas mais. E nessas situações, às vezes se dá bem. Por exemplo, quando consegue tirar o adversário do sério. Nos dois debates anteriores xingou Dilma de mentirosa, prevaricadora e leviana. Hoje, ele não podia fazer isso. Nas pesquisas qualitativas, sua rejeição aumentou muito. Principalmente por conta desse comportamento agressivo. E aí, Aécio se deu mal.
Ele só sabe jogar desse jeito. Se for no mano a mano com Dilma, mesmo ela não tendo o dom do debate, vai perder. Por um único motivo, Aécio é oco. Ele não tem propostas e nem conteúdo.
É um candidato embrulhado no marketing e em respostas prontas. No eu não sou mais o candidato de um partido. Eu olho para o futuro. Eu quero falar de governança. Eu vou reestatizar a Petrobrás. Enfim, um monte de chavões escritos pelos seus roteiristas.
O debate de hoje dificilmente vai tirar alguém do jogo até o debate da Globo. É lá que a eleição pode se decidir. Não só lá. Também nos dias que se seguirão, quando a mesma TV Globo terá todo o tempo do mundo pra tentar influir no resultado deste pleito.
De qualquer forma, será uma eleição de detalhes. Engana-se quem pensa que alguém poderá abrir grande vantagem. O PT tem sua imensa militância que acordou até em São Paulo nos últimos dias. Mesmo nos bairros nobres da cidade já se pode ver muitos adesivos de Dilma nos carros. E os tucanos têm a mídia, seu verdadeiro partido. Aliás, Aécio poderia ter sido mais honesto no debate de hoje e ter dito. “Eu não sou mais o candidato de um partido. Até porque nunca fui. Sou o candidato da mídia.” Se falasse isso, sua despedida final seria honesta.
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