30 de abril de 2013

O Mês de Maio e o filme mais romântico de todos os tempos


Escrevi um artigo no início de abril sobre a beleza da luminosidade do mês.
Em post anterior comentei sobre a vontade de escrever sobre maio, uma sequência natural do tema.
Maio é o "mês de Maria", das mães, das noivas (ou era, conforme comentei agora é dezembro, vejam abaixo).
Mas eis que achei no Blog do Xexéo a mesma ideia e eu não escreveria melhor, óbvio.
Então, vamos à técnica do "copiar e colar".
Com duas observações que resolvi inserir também: Um leitor renovou a simpatia por abril e Artur Xexéo me deu uma infomação sobre um filme que eu nunca tinha ouvido falar: uma produção mais romântica que "Casablanca" (?!). Esse eu vou catar em algum lugar para assistir!

Maio e Romance
"Você também já deve ter percebido que ele está chegando. E não é só por causa do calendário. As tardes continuam ensolaradas, mas já não tão quentes quanto um mês atrás. As noites não chegam a ser frias, mas já justificam um casaco leve, uma colcha na cama. É o que se chamava antigamente de meia-estação. Maio está aí e isso deve ser comemorado. Há outra época em que o Rio fica tão bonito?
Maio é tão bem-vindo que é saudado com um feriado. No dia 1º., ninguém trabalha que é para aproveitar melhor, ao ar livre, as delícias da temporada. Neste 2013 ele está cercado de tanta expectativa que vai ser encerrado com um dia de folga também _ 30 de maio é Corpus Christi. É para o carioca ter 24 horas para se despedir do mês em que as árvores da cidade ficam mais frondosas, a temperatura é amena, e a luz... vem cá, alguém consegue descrever a luz do Rio em maio?
Maio é um mês tão prestigiado que duas deusas brigam para serem consideradas a origem de seu nome: a romana Bona Dea e a grega Maia. As duas são deusas da fertilidade, o que deve significar alguma coisa. Maia faz mais sentido, né? Mas o significado de |Bona Dea _ a boa deusa – também traz alguns pontos a seu favor.
Nos meus tempos de escola, maio era o mês de homenagear Maria. A gente dava várias voltas no pátio interno do Arquidiocesano até terminar de rezar o terço e cantar dois ou três hinos em sua honra. “A 13 de maio na Cova da Iria, nos céus aparece a Virgem Maria...” O coro infantil sempre volta às minhas lembranças neste mês.
Neste mesmo 13 de maio, em que se festeja Nossa Senhora de Fátima, a gente ainda comemorava a assinatura da Lei Áurea. Mas isso foi no século passado. Atualmente, ninguém dá bola para as datas que lembram o Descobrimento do Brasil, a morte de Tiradentes ou a Abolição da Escravatura. Elas não são mais lembradas nem em sambas-enredos.
Quem mora no Rio sabe que maio é mês para se comemorar. O verão é mais badalado, mas a gente sabe que o outono é mais bonito. E, em maio, a estação está no auge. Aproveite."

"Morador de Vila Isabel, o leitor J. Fernando comenta a crônica sobre a luz do mês de maio, assunto também da coluna de quarta-feira. “É muito bom ainda haver quem escreva sobre isso, e acho que me deslumbrarei sempre com a luz destes dias. Mas não sejamos injustos com abril: o banho de luz já começou. Drummond já registrava essa luz em ‘Os dias lindos’, quando ‘o raio de sol benevolente, pousando no objeto, tem alguma coisa de carícia.” É sempre perigoso abordar temas que já foram usados por Drummond. Mas agora é tarde."

"Qual é o filme mais romântico de todos os tempos? Aposto que a maioria dos leitores responderia “Casablanca”, o clássico de 1942 dirigido por Michael Curtiz. Mas em recente pesquisa realizada pela revista inglesa “Time Out”, que ouviu 101 pessoas ligadas à indústria cinematográfica, “Casablanca” ficou só com o segundo lugar. Deu “Desencanto” na cabeça.
Mais conhecido por seu título original _ “Brief encounter” _, o filme não é muito popular no Brasil. Mas fez muito sucesso nos Estados Unidos e na Inglaterra na época de seu lançamento, em 1945, e até hoje é visto em muitas reprises na TV. E é romântico à beça. Baseado numa peça de Noel Cöward, “Desencanto” é dirigido por David Lean e conta a história de amor frustrada entre uma dona de casa inglesa, moradora do subúrbio, e um médico. Ambos são casados com filhos. Ela, uma vez por semana, vai de trem até a cidade mais próxima para fazer comprar e ir ao cinema. Ele, também uma vez por semana, faz plantão na mesma cidade. Os dois se conhecem na estação de trem e passam a viver um romance que nunca é concretizado. Sob o peso da culpa, ele acaba pedindo uma transferência para o exterior. Ela continua com o marido.
Celia Johnson, a atriz que faz a dona de casa, foi indicado ao Oscar por seu trabalho. Lean também ganhou uma indicação pela direção. O filme ganhou a Palma de Ouro em 1946. Mas certamente, pelo fato de a enquete ter sido organizada por uma revista britânica, suas origens britânicas pesaram na hora da votação. No entanto, isso não tira seus méritos. e é bom saber que, mesmo 70 anos depois, “Casablanca”, enfim, encontrou um concorrente."

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