21 de dezembro de 2013

Dicas para pensar melhor no Ano Novo que se aproxima

Hoje, 21 de dezembro, começa oficialmente a estação mais quente (em todos os sentidos) do ano.
Que venham as férias, para quem puder, as praias, a serra, cachoeiras, algum descanso se possível, muitos chopps, filmes, discos, livros, etc.
Que não venha aquele calorão insuportável, nem as enchentes que já começaram a dar sinal em algumas regiões do país.
Mas antes do ênfase no verão, tem o Natal e o Ano Novo.
E as mensagens de Natal e as resoluções de Ano Novo.
O que o blog poderia postar como mensagem de fim de ano, sem cair no óbvio?
Nossos 17 leitores são instruídos e não precisam ficar lendo coisas repetitivas nem mensagens de auto-ajuda. Ou não? É que alguns lembretes servem para vida toda e devem ser repetidas para não nos deixarmos nos envolver totalmente nesta roda-viva diária que não dá espaço para pensar em nada, a não ser trabalho, estudo, obrigações, pendências, etc. Direção automática.
Pensando nisto me deparei com o texto abaixo escrito pelo Miguel Lemos da Escola Psicologia. Imagino que ele seja Psicólogo.
É que copiei e colei de forma indireta, via Blog da Saúde.
Bem isso é um detalhe. O artigo serve totalmente para o que eu estava procurando. Acho que todos em maior ou menos escala sem encaixam em alguns destes tipos de pensar.
Refletir sobre isso - se der tempo - pode nos ajudar a encarar melhor todos os novos anos que teremos pela frente.
A todos um Feliz Natal e um ótimo 2014.


14 Formas de Pensar que Destroem a sua Felicidade

101788979Todos nós estamos geneticamente preparados para a felicidade, mais especificamente para a felicidade hedónica. A palavra grega hedonê significa “prazer” e dela provém o termo hedonismo. O precursor do hedonismo foi o filósofo grego Aristuppus (435-366 BCE) que defendia a boa vida pela experiência de maximização do prazer e minimização da dor, e que a felicidade surgiria como a totalidade dos momentos hedónicos experienciados pela pessoa. Basicamente a felicidade hedónica está relacionada com os momentos prazerosos associados aos nossos cinco sentidos, e com as experiências positivas que estes nos proporcionam, como por exemplo, o calor do sol, ou o sabor doce e a sensação refrescante de um gelado, ou o êxtase de ver a nossa equipa de eleição vencer. Deste ponto de vista podemos considerar que felicidade é a soma dos vários momentos prazerosos experienciados. Numa perspectiva diferente temos a felicidade heudaimónica. Aristóteles, filósofo grego propulsor do eudaimonismo, postula que toda atividade humana tem um fim. Eudaimonia, enquanto estado subjetivo, envolve os sentimentos que ocorrem quando a pessoa se move em direção à autorrealização para que possa desenvolver os seus potenciais e conferir propósito à sua vida (Waterman, Schwartz & Conti, 2006).
Acredito que ambas as perspectivas anteriores acerca da felicidade estão presentes na vida de cada um de nós. Por vezes, afastamo-nos das boas sensações que o nosso corpo nos pode proporcionar, assim como dos nossos objetivos e propósitos de vida, emergindo o sofrimento, angustia e infelicidade. Se você percepciona que tem um conjunto de comportamentos que vão destruindo a sua felicidade, proponho que reflita sobre as possíveis formas de agir e pensar que podem estar contribuindo para o seu mal-estar, e assim, mudar a vida para melhor.
1. VOCÊ FICA ANGUSTIADO ACERCA DO SEU FUTURO E ESQUECE O CAMINHO JÁ PERCORRIDO
Antecipar o futuro de forma angustiante é a receita para se sentir desanimado. Este mau hábito aumenta drasticamente as chances de desistir dos seus sonhos, fazendo-o sofrer por antecipação. Em vez de concentrar-se na sua perspectiva de futuro catastrófica, olhe para aquilo que já conseguiu e aprendeu para que possa organizar-se face aquilo que pretende melhorar ou atingir.
2. VOCÊ TEM MEDO DE CAMINHAR PELO SEU PÉ, SUPORTANDO-SE EM DEMASIA NOS OUTROS
Esta é uma grande armadilha da qual você necessita ficar atento. Ainda que possa necessitar de algum tipo de suporte para algumas coisas ou em alguma fase da sua vida, não confunda isso com negação das suas capacidades para atingir o que pretende. É assim que as pessoas podem enraizar uma mentalidade de vítima, ou ficarem dependentes de terceiros, tendo de aceitar situações que não lhes servem, como por exemplo, permanecer num relacionamento abusivo.  A verdade é que a grande maioria das pessoas tem o poder para se propor às coisas que pretende alcançar na vida. Mas para que se comprometa com essa ideia e passe a agir com essa crença, primeiro precisa perceber que pode estar privando-se da oportunidade de fazer isso acontecer. Sim, isso é exatamente o que muitas pessoas fazem. Simplesmente não dão a elas mesmas a oportunidade de tentar pelos seus próprios meios, levando-as a desenvolver medo de caminhar pelo seu próprio pé.
3. VOCÊ ACHA QUE SÓ IRÁ SER FELIZ QUANDO ATINGIR UM DETERMINADO OBJETIVO
Quando focamos a nossa felicidade no futuro, em algo que queremos alcançar para sermos verdadeiramente felizes, podemos entrar num caminho tortuoso e miserável. “Só vou ser feliz quando tiver o corpo perfeito.” Neste exemplo, a pessoa está a fazer uma afirmação absolutista ancorada a um objetivo específico, remetendo todas as outras áreas da sua vida para segundo plano. Coloca um filtro extremamente redutor, quer em termos temporais, quer em termos de outros objetivos alcançados ou prazeres experienciados. Nesse meio tempo, é usual a pessoa sentir-se miserável porque o seu corpo não cumpre os padrões pretendidos. Se este tipo de pensamento for sendo aplicado ao longo do tempo e generalizado a outros objetivos que a pessoa se proponha, a obsessão instala-se e a felicidade é afetada negativamente. Cuidado com este ciclo de pensamento a que podemos chamar de armadilha da felicidade. Mesmo que a pessoa atinja os seus objetivos, por exemplo, fique com o corpo em forma, ganhe mais dinheiro, rapidamente se propõe a outros objetivos e encontrará novos motivos para continuar infeliz e a sentir-se miserável.
Ainda que seja saudável e benéfico traçar objetivos e propor-nos a novos desafios que possam gerar bem-estar e contribuir para a nossa felicidade, é contraproducente colocar a totalidade da nossa satisfação de vida na obtenção de um determinado resultado.
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4. VOCÊ VÊ A FELICIDADE COMO ALGO EXTERIOR AO INVÉS DE ALGO INTERIOR
 Provavelmente, em comparação com os outros, você ache que ser feliz é ter melhor currículo, ganhar mais dinheiro, ou ter a esposa mais linda. No entanto, muitas das pessoas que não possuem isso também são felizes. Obviamente que as nossas conquistas, conforto e bens materiais podem contribuir para o nosso bem-estar e promover o nosso sentimento de felicidade, mas resumi-la a isso é destruí-la. Talvez o hábito tenha sido enraizado devido a uma sociedade extremamente competitiva, e o sentimento miserabilista imperar para aqueles que julgam não ter o que supostamente acham que deveriam ter. A felicidade é algo interno, na relação que estabelecemos conosco mesmos, com os outros, com o mundo em geral e no equilíbrio entre o que desejamos e aquilo que obtemos. É um sentimento, e você pode senti-lo a qualquer momento. Da próxima vez que você diga a si mesmo que primeiro precisa de algo para ser feliz: pense novamente. A afirmação que está fazendo é racional, razoável e saudável?
5. VOCÊ NÃO CUIDA DE SI MESMO
Certamente você tem consciência de um conjunto de atividades que deveria realizar para promover e manter a sua saúde. Sabe que deve exercitar-se mais, comer alimentos baixos em gordura, descansar, mas pode ter vindo a descuidar-se. Você sabe que deveria ser mais autodisciplinado. Como resultado, pode sentir-se culpado. Um bom estado de saúde é sem dúvida um enorme suporte para a felicidade. Sabemos disso principalmente quando sentimos um abalo na nossa saúde. Faça o que tiver ao seu alcance para não destruir a sua felicidade, cuidando de você mesmo. Livre-se da culpa que pode sentir por não ter vindo a ter alguns cuidados consigo e passe à ação.
6. VOCÊ DESEMPENHA O PAPEL DE VÍTIMA
Você não precisa de queixar-se taxativamente para desempenhar o papel de vítima na sua vida. Digamos que você “não pode” fazer isto ou aquilo, ou acha que não consegue sem se propor a isso? Provavelmente está jogando o papel de vítima. Pode não ter plena consciência disso, ou ter benefícios subjacentes ao desempenhar esse papel. Por exemplo, se você está acima do peso e sente-se vítima devido a isso, pode secretamente sentir-se orgulhoso por ir contra as revistas que constantemente dispararam a ideia de que você deveria emagrecer. Ou, se você está sobrecarregado, pode começar a gabar-se para os outros acerca da quantidade de coisas que faz e tem à sua responsabilidade. Agora que ficou mais alerta para a possibilidade de poder estar a desempenhar o papel de vítima, pergunte a si mesmo: “Quais as vantagens que recebo de estar na minha situação atual?” Seja honesto, e liste pelo menos sete. Você pode ficar surpreendido. Essas supostas vantagens podem estar a prendê-lo na sua vitimização.
7. VOCÊ FOCALIZA EM DEMASIA A SUA ATENÇÃO NOS ERROS E NO QUE É MAU
Aquilo em que focamos a nossa atenção expande-se. Se você desenvolveu um filtro demasiado estreito para tudo o que possa estar mal, para os erros e fracassos, para os seus e os dos outros, certamente está a ser alvo de estímulos negativos. Não quero passar a mensagem que não devemos prestar atenção para aquilo que não está bem na nossa vida, ou que não devemos analisar os erros que cometemos. Ter consciência do que acontece de negativo na nossa vida pode ser vantajoso. No entanto, não deveremos ficar presos apenas nos cenários negativos. O que importa fazer é analisar o que precisa de ser melhorado, reparado ou aprendido e depois orientar a atenção e recursos para a construção de uma solução. Ficar a ruminar nos erros ou nas coisas ruins, alimentar tudo isso e desenvolver uma crítica negativa destruidora, nada de bom trás à pessoa que desenvolve essa forma perniciosa de olhar a vida.
 8. VOCÊ ACHA QUE AS OUTRAS PESSOAS NÃO GOSTAM DE VOCÊ
Acredito que algumas pessoas possam não gostar. Não podemos agradar a Gregos e Troianos. Mas acredito também que existem pessoas que gostam de você. Se a ideia de que os outros não gostam de você paira na sua mente, faça o exercício saudável de contestação. Faça uma lista das dez pessoas que tem a certeza que gostam de você. Se conseguiu completar a lista, não pode continuar a ter essa crença irrealista. Se eventualmente a ideia permanece, perceba o que pode ter vindo a fazer para que isso aconteça. Ainda assim, as pessoas que não o conhecem não podem ter razões para não gostar de você. Principalmente para as pessoas que conhece pela primeira vez, você tem a oportunidade de estabelecer uma relação sustentável e apreciativa. Se for o seu caso, esforce-se.
9. VOCÊ RACIONALIZA O SEU MAU COMPORTAMENTO19170841
Todos nós sem exceção temos momentos na nossa vida que se encaixam no que podemos chamar de mau comportamento. Podemos ser agressivos nas nossas palavras, ou recorrentemente sermos injustos com determinada pessoa, ou não prestar atenção com quem necessita da nossa ajuda. Mas se de forma crónica nos comportamos indevidamente e racionalizamos esse comportamento desajustado numa tentativa de proteção do ego, tornamo-nos cegos à melhoria comportamental. Ter maus comportamentos não faz necessariamente de nós más pessoas. Faz de nós uma pessoa que se comporta de forma desadequada, podendo prejudicar a si mesmo e aos outros. Nesta linha comportamental não existe espaço para o florescimento pessoal, e com isso a felicidade é destruída.  Se você percebe que tem vindo a expressar alguns comportamentos menos bons, pondere ler o meu artigo: Não mude a si mesmo, mude os seus comportamentos.
10. VOCÊ COLOCA A CULPA DE TUDO EM SI MESMO
Esta estratégia de colocarmo-nos no epicentro da culpa de tudo o que acontece de menos bom na nossa vida, apelido-a de uma fuga para o lado. A pessoa assume que tem pouco valor, pouca habilidade ou poucos recursos e por isso é normal que seja a culpada das coisas menos boas que lhe acontecem ou que estão relacionadas com ela. Se é o seu caso, não se culpe a si mesmo por tudo e por nada, só para fugir à realidade e assim ficar no seu lado confortável. A culpa pode já ter-se tornado em algo confortável e que tem à mão para lidar com as situações incómodas. Tente separar-se da situação e, em seguida, analise melhor o que pode estar a acontecer e perceba se realmente é adequado culpabilizar-se ou se é mais benéfico perceber o que pode mudar nas suas ações ou na situação, para que numa próxima oportunidade possa fazer melhor.
11. VOCÊ É UM REALISTA FOCADO NO PASSADO
Você acha que ser realista irá torná-lo mais objetivo, mas será realmente um “realista” ou  é um “realista focado no passado”? Pondere sobre o seguinte: Tudo o que experimentamos hoje é o resultado do que aconteceu ontem, na semana passada, no mês passado, etc. No entanto, podemos igualmente considerar que o futuro é o resultado do que fazemos hoje, mais os acontecimentos do passado. Se você se focar naquilo que pretende vir a realizar ou a melhorar, isso passa a orientar as suas ações no presente. Ou seja, caso o seu passado não tenha sido aquilo que mais desejava, ao invés de se condicionar apenas por aquilo que já aconteceu, pode optar por orientar a sua vida por aquilo que pretende que lhe aconteça. Pondere passar a orientar-se muito mais focado no futuro. O futuro que quer ver materializado. Acredito que a sua motivação irá alavancar e com isso caminhar mais esperançado no presente.
12. VOCÊ QUER MELHORIAS RÁPIDAS
Se você se encontra numa situação em que pretende aprender algo que é necessário para a sua vida, ou precisa mudar algum hábito, ou instituir uma nova rotina ou estilo de vida, e quer ver resultados imediatos das suas ações, certamente vai deparar-se com o fracasso. Se isto tem vindo a ser recorrente na sua vida, você está agindo com base no desespero e ansiedade. Na verdade, é como se necessitasse muito de algo, mas não está disposto a “pagar” a fatura com esforço da sua parte.
13. VOCÊ NÃO PRATICA A GRATIDÃO
Pense  em algo na sua vida em que você se sente feliz por ter. Faça isso. Reconheça isso. Sinta-se afortunado e grato por ter isso na sua vida. Por vezes simplesmente ignoramos as coisas boas que temos na vida, damos isso como garantido. Acredito que praticar a gratidão e transformá-la num hábito é promotor de felicidade e equilíbrio emocional.
14. VOCÊ ESPERA QUE OS OUTROS SEJAM A SUA SALVAÇÃO
Você acha que não sabe o suficiente sobre X e precisa de alguém para ajudá-lo. Isso pode ser verdade, mas às vezes é apenas uma desculpa para não colocar as suas mãos na massa. Você, pouco a pouco vai deixando de responsabilizar-se pela sua melhoria de vida. Raramente é devido às pessoas serem preguiçosas que isto acontece. É principalmente porque se acham incompetentes, ou incapazes, ou eventualmente não querem sair da sua zona de conforto e propor-se a novas experiências.
Fonte: Escola Psicologia / Autor: Miguel Lucas.

3 comentários:

Junior disse...

Ótimo Marquinhos. Madruguei hoje e comecei bem o dia lendo o artigo e a sua introdução sempre certeira. Feliz Natal para você e para o Luiz Felipe, bem como a todos os leitores e seguidores deste ótimo blog.

Denise D+ disse...

Feliz Natal, Próspero Ano Novo!

Fatima Dias disse...

Excelente post, Marcos!!!Adorei!! Parabéns!! Feliz Natal e Feliz 2017!!Abs