25 de maio de 2014

The Book Is On The Table: "Can't Buy Me Love - Os Beatles, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos"

Quem é 'beatlemaníaco' colecionador é ao mesmo tempo um abençoado e amaldiçoado.
São tantos os lançamentos em discos, livros, revistas, posters, filmes, documentários, séries, trilhas-sonoras, regravações, etc., que o sujeito enlouquece se não tiver auto-controle.
Apesar desses milhares de itens ao longo de 45 anos, a mim parece que o fenômemo Beatles ainda não foi totalmente explicado. E provavelmente nunca o será.
Para entender à fundo precisamos começar lá no século XIX, tanto na Europa como nos EUA. Do lado de lá, a música folclórica e erudita européia. Da parte da cá do Atlântico, os cantos dos negros que deram início ao Blues e ao Jazz. Esse é também o caminho para entender o Rock, do qual os Beatles ao retomarem as origens citadas, criaram o fenômeno.
Mas isso tudo aconteceu com uma soma de fatores ainda não totalmente mensuradas.
É o que tenta fazer Jonathan Gould, neste livro que tenho em mãos agora.
Na verdade foi minha flha que comprou (herdou do pai a paixão pelo quarteto inglês) em uma dessas bienais do livro, em edição da Larousse de 2009.
"Can't Buy Me Love - Os Beatles, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos" é um calhamaço de quase 800 páginas, algumas fotos e capa dura em edição luxuosa.
Mas o que pode ter esse livro de mais especial em relação à milhares de outros? Não sei. Não li ainda. Pretendo começar a tarefa ainda hoje, neste domingo mais ou menos (salvo pela programação esportiva, vejam post anterior). Com trilha da banda ao fundo, é claro.
Por isso cito trecho de resenha de Antônio Gonçalves Filho:
"Por que alguém como o escritor Jonathan Gould, jazzista e erudito, começa um livro sobre os Beatles citando o poeta e também desenhista pré-rafaelita Edward Lear (1812-1888), conhecido por seus poemas nonsense? Simples: para alertar o leitor que Can"t Buy Me Love: Os Beatles, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos (Larousse, tradução Candombá com consultoria de Fernando Nuno, 752 págs., R$ 99) não é mais um entre os 500 títulos caça-níqueis já publicados sobre a banda de rock mais popular de todos os tempos. Aliás, Lear não é citado por acaso. Era o rei do limerick, o poema de cinco versos com uma construção semelhante às rimas pobres de várias canções do grupo de Liverpool, cuja breve existência (oito anos, de 1962 a 1970) não impediu que os Beatles se tornassem o grupo pop que mais vendeu discos no mundo (47 milhões de cópias).
Essa é a grande diferença entre o livro de Gould e as inúmeras biografias dos Beatles disponíveis no mercado. Não é mais um produto destinado ao consumo imediato, como as caixas recém-lançadas com a obra remasterizada do grupo, que já venderam mais de 2 milhões de cópias em menos de um mês. É um ensaio longo para gente que lê, não para fãs histéricas que gritavam pelos Beatles quando eles visitaram a América, em 1964, marco zero do livro de Gould. Consumiu 20 anos de pesquisas. Seu autor leu tudo sobre a história do grupo e a origem de cada uma de suas 208 canções - além do contexto em que nasceram
."
Leiam o restante aqui.
A citada adolescente (que comprou o livro) aproveitando uma "viagem no tempo" (e a Nova York),
entrando na mais famosa foto da história da música
Já a editora é mais direta:
"Além de fenômeno musical, os Beatles se transformaram em assunto inesgotável. Centenas de livros, artigos e matérias já foram publicados sobre eles, mas Can't Buy me Love se destaca não por ser apenas um relato sobre a carreira dos Beatles, mas principalmente sobre os acontecimentos históricos que influenciaram o grupo que até hoje simboliza uma geração. A combinação que o autor faz, entrelaçando biografia, história cultural e crítica musical, apresenta uma análise definitiva de como o grupo se tornou um fenômeno internacional, podendo ser comparado apenas a eles mesmos. Profundo na história e raso na fofoca, Jonathan Gould, com mão firme, faz o livro cantar, página a página. E este livro é música escrita de forma irrepreensível."
O blog recomenda. Para Beatleamaníacos ou não.

2 comentários:

Junior disse...

Show, Marquinhos! Vou encomendar hoje este livro! Também sou fanático pelos Beatles e pela história deles. A foto de sua filha ficou ótima. Deve ter sido no Museu de Cera de Nova York, certo? Eu tenho vontade, como todo beatlemaníaco, de tirar uma foto lá em Abbey Road, no mesmo lugar, na entrada do estúdio Abbey Road que existe até hoje como um dos melhores do mundo. É a história viva. Um dia iremos lá, e sua filha também!
Abração.

Marcos Oliveira disse...

Valeu Júnior. Foi lá mesmo a fotografia do "túnel do tempo".
O livro é muito bom, você vai gostar.