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9 de outubro de 2014
Lula: de saco cheio
Lula se diz “de saco cheio”: insinuam contra o PT e nunca provam
“É todo ano a mesma coisa”, disse o Presidente
"Nesta quinta-feira (9), o Presidente Lula comentou as acusações feitas contra o Partido dos Trabalhadores a partir do vazamento de depoimentos do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Yousseff à Justiça e divulgadas pela imprensa. Para ele, “toda época de eleição é o mesmo cenário”.
“Não podemos admitir que um tucano, bicudo, venha chamar a gente de corrupto. Toda época de campanha é sempre o mesmo cenário. Eles começam a levantar denúncias e não precisam ser provadas. É só insinuar. Ninguém tem que provar nada e já divulgam como verdade “, discursou em plenária do PT em São Paulo.
“Estou de saco cheio de insinuações contra o PT. É todo ano a mesma coisa. É eleição para prefeitura, eleição para presidente, eleição para governardor. Daqui a pouco eles investigarão como nos comportávamos dentro do ventre de nossas mães. Digo isso porque terá o segundo turno e temos que provar que nenhuma denuncia de corrupção pode abaixar a cabeça de um petista. Se tem um que comete um erro tem minhões que não comentem”, disse Lula à militância
O evento foi uma ofensiva do partido que busca conquistar mais votos no Estado para a Presidenta Dilma Rousseff no segundo turno. “Por mais que aja antipetistas em São Paulo, tem muitos petistas. Eu custo a crer que o Presidente da Fiesp (Paulo Skaf, candidato a governador pelo PMDB) tenha tido mais votos que nós (em referência a Alexandre Padilha, candidato derrotado do PT ao governo de São Paulo). Eu acho que faltou política e debate na nossa campanha”, criticou.
O Presidente voltou a comentar as declarações de Fernando Henrique Cardoso, para quem o voto em candidatos do PT é dado por eleitores “menos informados”. “Aquilo não é o pensamento dele. É uma cultura deles. Uma cultura de dizer que quem não vota neles é mais burro do que aqueles que votam. Na cabeça dele, o Nordeste é como era no tempo dele. Hoje, nordestinos não ganham cesta básica. Ganham cidadania. O que eles gostavam mesmo era do tempo que eles estavam de carrão na rua e a gente de brasília velha”, ironizou o petista.
Sobre a disputa pela Presidência, Lula optou pela comparação. “Essa campanha não é entre Dilma e Aécio ou entre tucano e estrela. Na verdade, é uma campanha entre duas propostas de país e de sociedade. A deles, travestida de novo. É trazer de volta tudo o que é velho, como o sistema financeiro que quer ganhar sem investir. Temos que mostrar o que aconteceu nos governos deles, em que povo era tratado como estatísticas, números”, afirmou ao lado de Rui Falcão, presidente da sigla, e de Padilha.
Abaixo, outras frases do Presidente:
A gente sabe quando a Marta Suplicy perdeu a prefeitura aqui, a gente sabe que o preconceito venceu
Agora recuperamos a cidade. E agora vocês estão vendo o que eles estão cobrando do Haddad, o que não cobraram do Kassab e do Serra
Vocês viram que tão cobrando do Haddad em um ano o que eles não cobraram do Kassab e Serra em 12 anos
Precisamos eleger a Dilma para esse país não ter retrocesso. Sabemos o que fizemos em 12 anos.
O que deixam eles nervosos é o que a gente fez em 12 anos pela educação e eles não conseguiram fazer
Hoje o trabalhador não vai mais de jegue estudar, ele vai de moto
O trabalhador não vai mais pra escola de jegue, ele vai de moto e bota a família dele na garupa
É um Brasil mais forte, mais justo como disse a companheira Dilma agora na televisão
O que os incomoda é saber q eles ficaram tanto tempo dependendo de um modelo neoliberal
Eles não sabem é que nós estudamos mais do que eles. Nós estudamos a alma e os desejos do nosso povo
Quem pode mais fazer mais por esse país e por São Paulo. Se somos nós ou somos eles"
Alisson Matos, editor do Conversa Afiada
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Um comentário:
Se o PT e a campanha de Dilma não enfrentarem os meios de comunicação e mirarem apenas no tucano, ele sairá vitorioso. O que a TV Globo fez ontem no Jornal Nacional e o que alguns jornais fizeram hoje, além dos portais durante todo o dia de ontem, é algo vergonhoso. Transformaram a denúncia de um bandido que está falando para tentar se livrar da cadeia em algo absolutamente crível. E vazaram um áudio de um depoimento dado em segredo de justiça que é criptografado para não prejudicar o processo.
Algo absolutamente absurdo e que demonstra como o Estado brasileiro não é aparelhado pelo PT, mas por aqueles que o governaram por 500 anos. Eles têm gente que colabora para os seus interesses em todas as áreas: na justiça, no Ministério Público, na Polícia Federal etc. E os meios de comunicação que deveriam acompanhar esses fatos com um mínimo de responsabilidade, usam essas relações para influenciar na eleição.
Aécio Neves construiu um aeroporto e deu a chave do portão para o titio. A mídia, ao invés de investigar o fato, fez de tudo para lhe livrar da investigação. Aécio foi o patrocinador da candidatura de Zezé Perrela como suplente de Itamar Franco, que já se candidatou ao Senado de Minas doente, tanto que veio falecer logo depois da posse. Um helicóptero da família Perrela é apreendido com 500 quilos de cocaína e o caso é abafado num dos maiores absurdos da história da cobertura da mídia no Brasil.
A cobertura midiática desta eleição não tem sido muito diferente da de outros momentos. Mas a questão é que, como neste segundo turno o jogo está mais embolado e só há 15 dias para ver quem vai se tornar presidente da República, não há espaço para deixar a mídia jogar sozinha.
A guerra está declarada. E em momentos assim, não há opção. Ou o PT e a campanha de Dilma enfrentam as acusações e desmontam a farsa midiática ou a vaca vai para o brejo, como disse outro dia a presidenta.
O resultado das pesquisas neste momento é o de menos. Ao que consta, aliás, na segunda-feira pelos trackings a diferença de Aécio era bem maior. Ou seja, ela caiu. A onda já arrefeceu. O PT tem espaço para ganhar redutos que perdeu na capital e na grande São Paulo. E isso pode vir a ser fatal para as pretensões do tucano.
Mas para ganhar vai ter de quebrar alguns ovos. Denunciar o caráter elitista da campanha tucana, mostrar que o futuro ministro da Economia de Aécio já fala em privatizar bancos e ao mesmo tempo mostrar que a Globo e seus aliados querem voltar a fazer o que sempre fizeram com o povo, enganá-los tratando-o como um bando de trouxas.
Nas manifestações de junho, palavras de ordem contra a Globo foram tão ou mais entoadas do que contra Dilma e o PT. Ou seja, não se pode ter medo de enfrentá-la. Até porque quem declarou guerra foi ela com o Jornal Nacional de ontem.
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