Debate: o Brasil aos pés da Globo
Encerrado o programa eleitoral, nesta mesma quinta-feira, se realiza o debate na Globo.
Portanto, o debate virá depois do fim da campanha da Dilma na tevê.
Foi horário eleitoral que ofereceu à Dilma a possibilidade de revelar ao eleitor o que a Globo escondeu por quatro anos.
Amanhã, sexta-feira, e sábado, véspera da eleição, Dilma volta ao jornal nacional encaixotada nos mesmos 30” que o Gilberto Freire com “i” (ver no ABC do C Af) lhe dedicou em quatro anos de Governo.
A Globo tem dois dias para “editar” o debate, massacrar a Dilma e ficar por isso mesmo.
Dilma não terá mais espaço – proporcional – para revidar uma agressão.
A Dilma, na undécima hora, ficará inerte, impotente, nas mãos de seu maior adversário: a Globo.
No segundo turno de Collor vs Lula, a Globo manipulou o debate e ajudou a eleger o Collor, segundo o depoimento do Collor e do Boni.
No primeiro turno de Lula vs Alckmin, o “i” ignorou o desastre da Gol para não desmontar o jn e derrubar o Lula –leia o primeiro Golpe já houve, falta o segundo.
A situação empresarial da Globo é dramática: ela perdeu dois em cada cinco espectadores de São Paulo e adistância entre ela e a Record, a segunda colocada, nunca foi tão pequena.
Progressivamente, os anunciantes, apesar do amigo Globope e do BV gordo das agências e dos mídia, só vão querer pagar o que a Globo, de fato, “entrega”, hoje: o jn e o fintastico já não dão mais que 20 pontos …
(Esse Kamel … um prodíjio ! – no ABC ).
Essa semana, realizou-se o leilão da frequência 4G, que, associada à democratização da banda larga (apesar doBernardo Plim-Plim, esse campeão de votos o Paraná …), vai acelerar a troca de tela: da tevê para o móvel.
No caminho, serão atropeladas a tevê aberta, a tevê por assinatura e o computador.
Só a derrota da Dilma (e dos trabalhistas) conseguirá atrasar a inexorável marcha do progresso.
Como a Globo conseguiu, nos governos militares, de Sarney, FHC e dos trabalhistas manter viva a lei de 1962 que regula (sic) a rádio-difusão no Brasil.
Foi nesse vácuo institucional que ela cresceu – porque quando não há lei na selva, o leão é soberano.
Derrotar a Dilma e os trabalhistas é uma questão de vida ou morte para a Globo.
A Globo vai precisar de muito dinheiro do BNDES e de muito controle institucional para sobreviver alguns anos, enquanto os filhos do Roberto Marinho – que não têm nome próprio – passem a organização (sic) aos netos, que também não terão nome próprio.
(O Lula já tinha percebido que os filhos do Roberto Marinho não mandam em seus colonistas (ABC neles) – por falar nisso, não deixe de ver que o Ministro da Dilma leva a Fel-lha (no ABC) à segunda época.)
Só no Brasil é possível entregar a uma ÚNICA empresa familiar, que explora – ilegalmente – uma concessão pública – o poder de mitigar a soberania popular.
Em nenhuma nova Democracia do mundo – na América Latina, em Portugal e na Espanha – em nenhuma Democracia do mundo uma única rede de tevê detém essa hegemonia.
Num país de 200 milhões de habitantes, seu destino se deposita nas mãos de três herdeiros que o Binho Ometto e o Marcelo Odebrecht não contratariam…
Como disse o sereno e agudo Marcos Coimbra, já passou a hora de acabar com esse privilégio da Globo: contratar pesquisas, decidir quando exibi-las, convocar debates e exibi-los quando bem entender.
Hoje, por exemplo.
Com dois dias – sexta e sábado – para editá-lo como quiser.
Bem feito !
Quem mandou fugir da Globo e não fazer a Ley de Medios ?
Amanhã e depois ela vai deitar e rolar !
Em tempo: diante dos blogueiros sujos, Dilma disse que está madura a ideia de promulgar uma Ley de Medios. Se a Globo deixar …"
Por Paulo Henrique Amorim no Conversa Afiada
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