7 de outubro de 2012

Eleições 2012: Resultados

As eleições terminaram e as apurações praticamente também.
Como já se esperava os cariocas mantiveram Eduardo Paes no comando do Rio graças sobretudo ao apoio do Governo do Estado e do Governo Federal no preparo da cidade para a Copa e para as Olimpíadas.
A nível nacional, as maiores derrotas do PT foram em Recife e Belo Horizonte. No entanto, foram "meias derrotas" pois foi para um partido de esquerda aliado: PSB.
Em BH a atuação de Dilma serviu também para finalmente unir o PT local.
Em Porto Alegre a vitória do PDT também é de um aliado (não declarado) de Dilma.
A maior e mais importante vitória do governo foi levar o PT para o segundo turno em São Paulo, coisa que a turma do PIG estava tentando evitar a qualquer custo. 
No geral foi positivo para o governo. Sorry, Merval.
Respondendo a um comentário que o leitor Ryan fez sobre o blog, agradecemos e afirmamos que, se conseguimos conscientizar meia dúzias de eleitores já teremos cumprido nosso objetivo.
Lembrando que temos uma média de 1.500 acessos diários!

HADDAD DERROTA O MENSALÃO E VAI AO 2º TURNO
"Haddad enfrentou o mensalão, a condenação de Dirceu por 3 a 1 na véspera da eleição, todo o tiroteio do PiG e foi ao segundo turno com o eterno candidato José Cerra.
Enfrentou a poderosa arma do Farol de Alexandria, que mandou o eleitor pensar no mensalão antes de votar.
Haddad derrotou o Tênue Gurgel, que torceu para o mensalão influir na eleição (de São Paulo, é claro).
Em Osasco, o candidato do PT, vice de João Paulo Cunha, também foi muito bem votado, apesar dos votos do Supremo.
Deu tudo certo para o Golpe.
Peluso votou.
Zavascki não votou.
Mas, o povo votou.
O que dirá na GloboNews o Ataulfo Merval de Paiva?"
Paulo Henrique Amorim

2 comentários:

Mauro Santayana disse...

O Brasil, a partir de amanhã

Há os que vêem, nas eleições municipais de São Paulo, os rumos futuros do Brasil. Talvez lhes fosse mais proveitoso vê-los nas votações em todo o Brasil, principalmente nos municípios mais pobres da Federação, espalhados pelas regiões do Norte e do Nordeste. Os leitores dos comentaristas dos grandes jornais, salvo alguns, menos jovens e mais prudentes, não conhecem esse Brasil profundo, que começa a descobrir que a vida pode ser mais do que o dia a dia do sofrimento dos pobres.
Estas eleições são importantes não porque, em São Paulo, em Belo Horizonte ou Recife possam ser eventualmente debuxadas as cartas da sucessão presidencial de aqui a dois anos. Elas são importantes por duas grandes razões: com a Bolsa Família já consolidada e trazendo os seus primeiros grandes efeitos, na libertação dos mais pobres, o voto não precisa mais ser trocado por uma cesta básica. Mais do que ter o almoço garantido, os mais pobres passaram a ter a liberdade de escolher seus dirigentes. Nem sempre os melhores, mas com o tempo irão aprendendo.
A outra grande razão é a vigência da Lei da Ficha Limpa, uma conquista direta dos cidadãos sobre a indolência conveniente dos parlamentares. Como bem assinalou a Ministra Carmem Lúcia, presidente do TSE, essa sim, poderá influir nos resultados eleitorais, mais do que o julgamento do mal denominado mensalão. Segundo os cálculos, mais de três mil candidatos disputarão o pleito sob o risco de, sendo vitoriosos, ter o mandato cassado em seguida pela justiça. Essa limpeza ética animará os cidadãos honrados a disputar, nas eleições a vir, os mandatos eletivos, com o saneamento efetivo das atividades políticas.
Como o pleito de hoje se limita aos municípios, os grandes temas nacionais se ausentam das campanhas, menos alguns. Em Minas, por exemplo, o veto da Presidente Dilma Rousseff à maior participação dos municípios e dos estados na divisão dos royalties pela extração de minérios, ainda que de forma discreta, prejudicará os candidatos do PT.
Mesmo que se trate de um assunto pontual, os que conhecem bem os mineiros sabem que o tema é delicado no Estado. Basta lembrar que, por causa da espoliação dos mineradores pelos portugueses, dois homens se rebelaram, foram perseguidos e executados, e se tornaram os heróis das montanhas: Felipe dos Santos, em 1720, e Tiradentes, em 1792.
Com toda sua importância para os cidadãos de São Paulo, a eleição deste domingo não irá decidir os rumos futuros do país. O que está em jogo, no desenho do futuro é, mais uma vez, a economia. Em razão disso, é bom concentrar a atenção nas conversações entre a China, a Rússia, o Brasil, a Índia e a África do Sul, em seu projeto, já adiantado, de romper com a famigerada governança mundial, com a criação do que poderíamos chamar de um Fundo Monetário Internacional dos Brics, e a fundação de um novo Banco Mundial para atender a todos os países emergentes e a uma agência independente para a classificação de riscos. As existentes foram incapazes de prever as crises que enfrentamos, porque, na verdade, são controladas pelos grandes bancos que as provocaram com as fraudes conhecidas.
O Brasil realizou uma importante revolução social, nestes últimos dez anos, e não pode recuar. Como já constataram alguns pensadores, não é o desespero que faz as revoluções, mas, sim, a esperança. Os milhões e milhões de brasileiros que passaram a viver melhor não aceitarão voltar ao passado de miséria e opróbrio.

Marcos Oliveira disse...

Com cerca de 54% dos votos Hugo Chavez (um dos maiores opositores mundiais dos EUA) se reelegeu ontem. É impossivel dizer como está sua saúde (parece bem) mas não esqueço a série de artigos feito pelo mesmo Merval no início deste ano dizendo que ele estava nas ultimas (metástase) e que não ia chegar às eleições. Chegou e ganhou. E agora Merval? Será que não vai chegar a tomar posse?