Para analista, resultados eleitorais consolidam projeto 'Dilma 2014'
Segundo diretor do Diap, sensação de 'bem-estar' da população
prevaleceu sobre denúncias e tornou vitoriosos partidos da base aliada
“É claro que se não
houvesse a denúncia do mensalão o PT teria crescido muito mais. Mas
entre uma acusação ético-moral e uma sensação de bem-estar, o
eleitor prefere racionalmente optar pela segunda tese. Até porque
quem está acusando o PT pratica algo muito parecido”, afirma o
analista do Diap.
Nesse sentido, ele
considera o PT vitorioso política e eleitoralmente. “Politicamente
porque enfrentou uma campanha dos meios de comunicação com o
objetivo de carimbar o partido como corrupto. É uma vitória
indiscutível. Voltou à condição de partido mais votado na eleição
municipal. Mesmo perdendo em Belo Horizonte, criou uma alternativa
importante para o governo de Minas. A meu ver, cometeu seu principal
erro em Recife, onde tinha a eleição garantida, mas que dependia de
aliança (com o PSB). O mesmo ocorreu em certa medida em Fortaleza,
onde disputou razoavelmente bem.” Queiroz atribui a derrota em
Salvador muito mais a uma avaliação negativa do governo estadual,
petista, do que a uma reedição do “carlismo”.
“A oposição
decresceu em número de votos e prefeituras. E a base do governo
aumentou”, prossegue o analista. “O núcleo estratégico do
governo federal cresceu em número de votos”, acrescentou,
citando PT, PSB, PCdoB e PDT. “Até o Psol, que faz uma oposição
à esquerda, cresceu. Todos os demais – de oposição ou de uma
situação mais conservadora – regrediram.” Ele considera o PSD a
surpresa desta eleição, embora com muita concentração no Sul.
Segundo o diretor do
Diap, alguns indicadores sociais podem ter sido determinantes nesta
eleição, como o crescimento do emprego, “que não se justifica
frente ao crescimento do PIB” e o aumento da renda. “Mas o
governo tem outras políticas de inclusão social que fazem com que
haja uma situação de bem-estar. Os acordos salariais tiveram ganhos
reais. E houve ganhos com a redução dos juros.”
Ele considera que o
setor “mais atrasado” adotou um discurso na tentativa de
desqualificar o PT e tirá-lo da disputa, já pensando em 2014. O
PSB, “ainda em fase de consolidação”, deve permanecer como
aliado do PT na eleição presidencial. Para o PMDB, partido que
diminuiu o número do prefeituras, mas continua como o de maior
capilaridade, a alternativa mais viável seria também continuar com
o governo, em vez de se arriscar em uma aliança com o PSDB. Quanto a
Serra, o analista acredita que ele poderia no máximo almejar uma
vaga no Senado. A candidatura ao Planalto “vai muito provavelmente
cair no colo do Aécio (Neves), que não vai ter facilidade se o
governo continuar bem avaliado”.Fonte: Rede Brasil Atual
Vejam o ótimo primeiro discurso de Haddad depois da vitória, com os agradecimentos à Lula (que ganhou o seu grande presente de aniversário, como bem avisou aqui o Luiz Felipe Muniz) e à Dilma.
Um comentário:
O PT permanece na dianteira nas grandes cidades brasileira elegendo 16 no total. Somando os partidos da base aliada a diferença em relação à oposição fica muito grande.
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