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1 de outubro de 2013
A Rede
"A Rede" poderia ser uma música do Dorival Caymmi.
Rede de pescar, de dormir. Talvez um livro do Jorge Amado.
Mas é aquele filme (no Brasil, "A Rede Social") que conta a história do Mark Zuckerberg e da criação do Facebook.
E é também o nome de uma agremiação partidária que a Marina Silva (ex-amiga e criada sob a égide das idéias socialistas mas que parece ter mudado de lado) está querendo criar.
É isso amigos leitores, voltamos às eleições de 2014.
E com um artigo do Paulo Henrique Amorim (PHA) do site Conversa Afiada.
Eu não usaria as palavras, acusações, ironias, etc, que ele usa. Mas ele tem bala na agulha. Tem conhecimento de causa e tem dezenas de batalhas judiciais.
Seu texto resume apenas uma das guerras de bastidores que acontecem diariamente nesse momento que antecede o fatídico ano de 2014.
Leiam também no mesmo site o texto de Brian Lenzo: "A Revolução não será twitada" (A utopia cibernética menospreza as poderosas forças industriais que se beneficiam, elas, sim, mais do que ninguém, da massificação das mídias sociais).
Em tese: "Lenzo considera que manejar as mídias sociais é essencial.
E desmitifica as “revoluções twittadas” no Irã, na Tunísia e no Egito.
Mas, para mudar o jogo, a comoção, quer dizer, o twitter tem que ser mais embaixo".
Globo dá tiro fatal na Rede: partido fora da lei
"Ao cravar, na manchete de sua edição de hoje, que a Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, "busca uma brecha", estando, assim, fora dos parâmetros legais, o jornal carioca sepulta de vez as chances de criação do partido da ex-senadora; reportagem informa ainda que ela não tem as assinaturas necessárias para formar a Rede; dias atrás, colunistas do Globo haviam assumido um lobby aberto pela criação do partido, mas agora devem permitir que a Rede morra na praia; Marina será convidada para vice na chapa de Aécio; Merval, no entanto, ainda defende a flexibilização da lei
A Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora Marina Silva pretende criar, não atende os parâmetros exigidos pela lei brasileira.
Quem informa é o jornal O Globo, em sua manchete desta terça-feira: "Partidos montam balcão e Rede apela por brecha".
Como juízes do Tribunal Superior Eleitoral são treinados para aplicar a lei, e não para ceder a pressões ou buscar brechas que favoreçam eventuais partes em demandas judiciais, O Globo deu o tiro de misericórdia na Rede, com sua manchete desta terça.
Aos juízes, não restará alternativa, a não ser recusar o pedido de registro.
O texto da reportagem informa ainda que a Rede não obteve o mínimo de apoios exigido por lei: 492 mil assinaturas. "Na última semana para a criação de partidos em condições de disputar as eleições de 2014, a ex-senadora Marina Silva insiste na sua Rede, mas advogados da sigla admitem que a contagem do TSE não atingirá as 492 mil assinaturas exigidas por lei. Hoje, em Brasília, Marina apelará ao TSE por uma brecha que permita a legalização da Rede".
É um discurso diferente do que vinha sendo adotado pelo Globo até recentemente. Merval Pereira dizia que havia um "movimento suprapartidário" em defesa da Rede. Miriam Leitão afirmava que não permitir a criação do partido seria um "crime contra a democracia".
Agora, ao que tudo indica, O Globo não fará grandes esforços para evitar que a Rede morra na praia. Ato contínuo, Marina será convidada para ser vice na chapa de Aécio Neves.
No jornal, quem ainda pede uma flexibilização da lei é justamente o colunista Merval Pereira, que, na Ação Penal 470, também se comportou quase como juiz.
~ o ~
A 'colona' do 'Ataulfo Merval de Paiva' desta terça-feira decisiva para a Rede da 'Blábárina' tem um raciocínio lapidar:
“O partido de Marina está formado em nada menos que 15 estados, o que lhe dá indiscutível marca nacional”
“(…) não se pode fazê-la (uma revisão do sistema partidário) de forma casuística (sic), prejudicando (ele é chegado a um gerúndio – PHA) um partido que … já deu 20 milhões de votos a Marina na última eleição presidencial e a aponta (é assim mesmo, amigo navegante, “a aponta”- PHA) como segunda colocada em todas as pesquisas de opinião do momento”.
Ou seja, às favas com os escrúpulos, diria o Jarbas Passarinho.
Com os escrúpulos e a Lei.
Clique aqui para ler “Bláblárina não terá privilegio nenhum no TSE”.
A Globo quer levar a 'Bláblárina' no grito.
Porque se ela não tem assinaturas suficientes, tem o Globope e o Datafalha.
Formidável!
A Globo Overseas quer subjugar a presidenta da Tribunal Superior Eleitoral, Ministra Carmen Lucia, da mesma forma que o PiG tentou subjugar Celso de Mello.
A Globo Overseas desempenhou papel estratégico, então: no dia do voto de Celso de Mello, o Globo publicou inacreditável artigo de Marco Aurélio, o Vaidoso, também para amedrontar Celso.
Um colega pôs a faca no pescoço de outro colega.
Viva o Brasil!
Sabe-se que o Consultor Jurídico da Bláblárina é Miro Teixeira, aquele deputado que defendeu a Globo com unhas e berros na CPI do Robert(o) Civita, para impedir que Civita e o Caneta depusessem.
Como se sabe, o Leandro Fortes, naquela CPI, demonstrou que um dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – foi ao Michel Temer e disse: quando ouvir falar em Veja, ouça imprensa; quando ouvir falar em imprensa pense em Globo…
Miro ganhou: a vontade da Globo cumpriu-se religiosamente, com a colaboração de um petista que Odarelou…
Por que Miro e 'Ataulfo' defendem tanto a 'Bláblárina'?
Por dois motivos, amigo navegante.
Para levar a eleição ao segundo turno e, no segundo turno, o poder da Globo e do STF se multiplica, para conseguir um Golpe de Estado paraguaio.
O segundo é muito engraçado.
Porque, sem a 'Bláblárina', o 'Ataulfo' e o Miro vão ter que levar nas costas a candidatura do 'Aécio Never' ou do 'Padim Pade Cerra'.
Este, especialmente, porque tem uma propriedade: ele perde.
E está com água nos calcanhares, com as atribulações de seu alter-ego, o grão tucano Andrea Matarazzo.
A 'Globo Overseas' precisa da 'Blablárina' para fechar a Receita Federal!"
Por Paulo Henrique Amorim em 01/10/2013
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2 comentários:
....As pesquisas de três cientistas proeminentes concluiram recentemente que a participação política na internet reflete a desigualdade na sociedade, ao invés de mostrar uma maneira de superá-la. E longe de enfraquecer organizações já existentes, estas, em particular corporações e associações comerciais, dominam o tráfico na internet, no Facebook e no Twitter, como qualquer outro tipo de organização que se engaje em atividade política. (38)
Há implicações para o ativismo também. Mídias sociais e especialmente internet móvel tem permeado até mesmo os mais pobres locais e países. Não há mais como evitar a internet e o computador, por mais intimidador que isto possa parecer para algumas pessoas.
Também seria um erro confundir artigos postados no Facebook ou blogs com o debate e a discussão real com pessoas reais. Todos terão suas preferências e precisarão experimentar novas ferramentas ao longo de seu surgimento. Ativistas deveriam pensar cuidadosamente e deliberadamente sobre qual nível de interação online é necessária para seu tipo de atividade. Finalmente, a esquerda precisará de grupos de pessoas treinadas em novas tecnologias que estejam dispostas a enfrentar as autoridades quando inevitavelmente as comunicações forem interceptadas e houver confronto. O indivíduo não pode derrubar o Estado simplesmente “hackeando” (invadindo) seus computadores e derrubando serviços.
A esquerda necessitará de um grande número de pessoas com habilidades num amplo leque de táticas e pessoas que tenham aprendido as lições do passado. Vídeos online podem desencadear ações solidárias de defesa após um ataque policial, mas planejamento e execução cuidadosos, e um entendimento sólido de como vencer evitará que autoridades penetrem nas nossas barricadas.
Assim como não há como evitar os tentáculos do capitalismo desconectando-se da rede, não há como evitá-los subordinando-se a eles. Em algum momento, movimentos sociais terão que confrontar o poder altamente centralizado do Estado e das instituições protegidas por ele. Nós precisamos ir além do “indivíduo conectado” e desenvolver as habilidades de luta de uma classe trabalhadora global e conectada.
Tais idéias não são novidades. O revolucionário russo Leon Trotsky, num obscuro, mas fascinante discurso para o Primeiro Congresso da Sociedade dos Amigos do Rádio do partido All-Union, imaginou a seguinte integração de luta de classes e tecnologia:
É necessário que no dia em que os trabalhadores europeus tomarem posse das estações de rádio, o proletariado Francês tome posse da Torre Eiffel e anuncie de seu topo, em todas as línguas europeias, que eles são os donos da França (aplausos), que neste dia e hora, não apenas os trabalhadores de nossas cidades e indústrias, mas também os lavradores de nossas vilas mais remotas talvez sejam capazes de responder aos chamados dos trabalhadores europeus: “Pode nos ouvir?” – “Nós os ouvimos, irmãos, e iremos ajudá-los!”. (39)
Tradução: Cristina Zarzana/Renata Vilani
Reproduzido com a autorização da International Socialist Review, issue 90, July-August 2013 – www.isreview.org
Rede fora, segundo Ministério Público.
Serra continua no PSDB "motivado mais pelo ódio ao PT do que pelo desejo de melhorar a vida dos brasileiros"
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