"Quem acompanha este blog sabe que seu autor só fica “quieto” assim por completa falta de condições físicas de trabalhar e focar o pensamento.
Mas, mesmo quieto, dá para vez que começou um movimento de “chororô” na direita com os resultados das próximas pesquisas.
Lauro Jardim, como já mencionei aqui, aventa uma “conspiração” entre Dilma e Aécio para apresentar uma queda de Marina.
Ainda que desejassem, parece que será desnecessário.
Como diz o insuspeito Rodrigo Constantino, pit-bull da direita hidrófoba, “vem pesquisa ruim aí”.
É o que ele depreende da enésima crise especulatória da Bolsa de Valores, que o rapaz defende, dizendo que “ não é um grande cassino como alguns dizem, e sim um instrumento de antecipação de expectativas de milhares de investidores atentos”.
E essa turma mergulhou tanto de cabeça nas tais “antecipações de expectativas” que quebrou a cara, por achar que era dona do voto popular.
Constantino está tão furioso que sobra até para Aécio:
“O mercado está nos dizendo que a tática pérfida do PT de bater pesado em Marina surtiu efeito. Para piorar, o próprio candidato tucano fez coro aos ataques, ainda que de forma mais civilizada. O período de “desconstrução” de Marina Silva, somado aos boatos espalhados e ao terrorismo eleitoral, acabou por reduzir sua chance de vitória.”
Quem tem mais de 30 anos de convívio com esta turma não baixa a guarda.
As lágrimas por Marina não duram uma semana.
Se der, daqui a dias Aécio é de novo o homem para somar e “expelir o PT”, ao menos no raciocínio doentio deste pessoal.
O “probleminha” é que não dá para mexer muito nos índices de Dilma e a “ressurreição” de Aécio terá de ser providenciada com cortes significativos dos números de Marina.
E, em si, isto não é difícil, porque é perceptível o seu encolhimento.
E aí, tome mídia…
O fato é que hoje a eleição fica apertada demais para Aécio e Marina. Um dos dois terá de morrer eleitoralmente para que haja segundo turno.
E, escrevam aí: as coisas caminham para que seja Aécio quem vá ao confronto final."
Por Fernando Brito no Tijolaço
Mídia já ensaia descartar Marina Silva
"Diferente de 2010, neste ano Marina Silva tem se revelado uma baita dor de cabeça para a mídia. Naquela eleição, o script já estava definido. Ela não tinha condições de ganhar e ajudou o tucano José Serra a chegar ao segundo turno. Já neste ano, o seu ingresso na disputa, encarado como “providência divina”, atrapalhou todos os planos. Num primeiro momento, a mídia até inflou sua candidatura, tentando repetir a jogada de 2010. Só que houve uma overdose de exposição e ela atropelou o cambaleante Aécio Neves. Mesmo desconfiada, a mídia decidiu apostar na aventura. Agora, porém, as pesquisas sinalizam que o “furacão” era passageiro. Diante desta nova realidade, a mídia já ensaia descartar Marina Silva.
Em editorial neste sábado (20), a Folha tucana adotou a tese, que antes negava, “de que haveria um componente emocional na súbita ascensão das preferências por Marina Silva após o acidente que vitimou Eduardo Campos”. De quebra, o jornal ainda destilou veneno contra a ex-verde, afirmando que o seu “o gradual decréscimo nas pesquisas se explica tanto pelos ataques recebidos como por fragilidades próprias”. Segundo a Folha, está em curso “uma corrosão política da postulação marinista”. “Desmentidos sucessivos e ajustes emergenciais de discurso talvez sejam sinal do quanto uma postulação de ‘terceira via’ ainda carece de maturação ideológica para blindar-se contra as investidas dos oponentes”.
No mesmo rumo, o editorial do Estadão de sexta-feira (19), já havia indicado que o discurso da “nova política”, tão alardeado pela ex-verde, não correspondia à vida real. Na véspera, o jornalão entrevistou o vice de Marina Silva, o deputado Beto Albuquerque, que confessou que “ninguém governa sem o PMDB” e evidenciou a guinada pragmática da candidata-carona do PSB. Após evidenciar a frágil base de apoio da presidenciável, o jornal apontou que não há como ela manter a “vã filosofia da ‘nova política’. Descartada, por ingênua ou insincera, a retórica do tal governo dos melhores, resta o governo possível com a expressão organizada do Parlamento”.
Vale ainda comentar os duros ataques desferidos nos últimos dias pelo jornal Valor, que tem como público alvo a chamada elite empresarial. Na sexta-feira, uma reportagem apontou que “a estratégica de vitimização, usada pela campanha Marina Silva (PSB) na defesa contra os ataques dos adversários, voltou-se contra a própria candidata... Em um mês, a sua rejeição dobrou. Agora, além de driblar as críticas dos oponentes, Marina terá de mostrar firmeza para tentar passar mais credibilidade como candidata a presidente”. A matéria teve como fonte o diretor do Ibope Hélio Gastaldi, que elucubrou: “Ao se fazer de vítima e mostrar ingenuidade aos ataques das outras campanhas, ela perdeu a credibilidade”.
Outro artigo, assinado por Alberto Carlos Almeida, autor do livro “A cabeça do brasileiro”, põe em dúvida a ida de Marina Silva ao segundo turno. “O que parecia se constituir numa vitória bastante provável, deixou de ser. A eleição assumiu contornos de disputa acirrada. A trajetória de Marina em muito se assemelha ao Cruzeiro no campeonato brasileiro. Até pouco tempo atrás, sua vantagem sobre o segundo colocado era bem confortável. Caiu bastante, porém, e hoje é de somente quatro pontos. O time mineiro, assim como Marina Silva, dependia de seus próprios resultados. Há duas semanas, os erros e falhas da defesa não colocavam em risco suas respectivas lideranças. Não é o que acontece hoje”."
Por Altamiro Borges no Blog do Miro
P.S. deste Blog: a grande mídia se enrolou tanto nestas mudanças de apoio de um para outro candidato, buscando desesperadamente o segundo turno, que hoje existe até mesmo o risco (para eles) de Dilma ganhar no primeiro turno.
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