Para os curiosos e interessados no tema, talvez uma das coisas mais difícéis de serem explicadas e catalogadas no campo da música popular, seja o rock alemão dos anos 1970 (com algumas vertentes apelidades de Krautrock, mas esta é uma longa história que conto outro dia).
Muitos livros já foram escritos (claro que nenhum editado no Brasil), provavelmente nenhum conclusivo.
Tudo foi feito ali naquele período, mas nada como estilo estanque: folk, eletrônica (simplesmente inventavam instrumentos), música concreta, colagens, sons pesados, música erudita, experimentalismos diversos, ambientalismos, etc.
Eventualmente tudo junto, tudo misturado. Eventualmente como uma linha única, impenetrável.
Assunto quase infinito.
Talvez haja apenas um consenso: ainda marcados psicologicamente pelo trauma das duas grandes guerras, os criativos músicos alemães daquela época não queriam saber do passado. Se voltavam para o futuro, para a vanguarda. Mesmo quando disfarçados de música pop, como nesta pequena pérola do Kraftwerk, mais robóticos, como andróides industriais do que os conterrâneos e também eletrônicos do Tangerine Dream, esses voltados mais para viagens mentais, espaciais, como estranhas e belas paisagens de mundos desconhecidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário