Dilma pode levar no 1º turno?
"O Vox Populi divulgou na noite desta segunda-feira (15) nova pesquisa sobre a corrida presidencial. Ela confirma que a presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, segue na frente nas intenções de voto; que o "furacão" Marina Silva reduziu a sua intensidade; e que Aécio Neves, coitado, empacou de vez e virou pó! Nem a ajudinha da revista Veja foi suficiente para levantar o cambaleante tucano. Nas próximas horas deve crescer a pressão no PSDB, um ninho com sangrentas bicadas, para que o senador mineiro desista da sua candidatura e anuncie de imediato o apoio a ex-verde.
Segundo o levantamento do Vox Populi, Dilma Rousseff ampliou para nove pontos sua vantagem em relação a Marina Silva. A presidenta agora aparece com 36% das intenções de voto, contra 27% da candidata-carona do PSB e 15% daquele senador mineiro-carioca do "aecioporto" na fazenda do titio-avô e dos bafômetros do Rio de Janeiro. Já na simulação do segundo turno, o instituto registrou um empate técnico entre Marina Silva e Dilma Rousseff - 42% a 41%. Praticamente não houve alteração em relação à pesquisa anterior do mesmo instituto, o que é um dado positivo para a atual ocupante do Palácio do Planalto. O Vox Populi entrevistou 2.000 pessoas de 147 municípios no final de semana.
Diante deste cenário, as três últimas semanas da batalha eleitoral prometem ser agitadas, com muitas emoções. A mídia oposicionista, o principal partido da direita em atividade no país, fará de tudo para garantir a realização do segundo turno. A ainda improvável vitória de Dilma em 5 de outubro seria um duro baque para a direita partidária e, principalmente, para os barões da mídia. Mostraria, como já apontou o blogueiro Ricardo Kotscho, a irrelevância da imprensa golpista no Brasil. O pior erro neste momento seria subestimar os seus ataques. Qualquer sapato alto pode ser fatal!"
Por Altamiro Borges no Blog do Miro
Um comentário:
Engole esse choro, Marina!
Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:
A essa altura, o marqueteiro de Marina já deve ter dado o conselho à candidata: "engole esse choro!"
Choramos por tristeza ou por alegria; por satisfação ou por arrependimento; por raiva ou indignação; por medo, vergonha ou pressão.
Os brasileiros se acostumaram a ver o presidente Lula chorar nas cerimônias de Natal, junto aos catadores de lixo para reciclagem e junto da população em situação de rua de S. Paulo.
Vimos, mais de uma vez, ele chorar ao relatar o testemunho da mãe que, ao receber o "Luz Para Todos", dizia que, pela primeira vez na vida, veria melhor o rosto de seus filhos, antes de dar o beijo de boa noite.
Vimos o presidente aos prantos quando foi abraçado pela multidão na saída do Palácio do Planalto, em 1º. de janeiro de 2011, quando, simbolicamente, despediu-se do povo que acompanhou suas duas presidências.
E Marina, por que chora?
Marina chora, de fato, por arrependimento, por medo e principalmente pela pressão que sofre por todos os lados, todos os dias.
Chora de medo e pela pressão que recebe dos que vociferam do púlpito da intolerância. Eles aplicaram um cabresto em seu programa e em seu discurso.
Chora pelos pontos preciosos perdidos nas pesquisas de opinião por conta dessas declarações e das mudanças envergonhadas em seu programa de governo.
Chora pelos que, dentro de seu próprio partido e de sua Rede, já anunciaram que não mais farão sua campanha.
Chora por aqueles que a apoiaram em 2010, julgando que fosse ela uma política moderna, mas veem uma política desfigurada, capturada pelo fundamentalismo também da ortodoxia da macroeconomia dos 1% mais ricos.
Chora de arrependimento da frase de que daria menos importância ao pré-sal.
Essa frase transformou-a em adversária de quem defende mais recursos para a educação e para a saúde - e de todos os Estados e Municípios que pretendem receber recursos do pré-sal.
Suas intenções de voto no Rio de Janeiro despencaram assim que a frase apareceu nas manchetes de todos os jornais do Estado.
Marina chora porque não aguenta a pressão de quem passou a vida sendo pedra e, de repente, virou uma grande vidraça.
Quem chora diz, em lágrimas, o que economiza em palavras.
Por isso, o choro de Marina é um resumo de tudo o que acontece em sua campanha, mas que ela demonstra ter extrema dificuldade de suportar.
O choro expõe uma crise de identidade da própria candidata em relação ao que ela se tornou e que a afasta dos que até então admiravam sua biografia.
O choro vem em um momento em que seus adversários levantam a dúvida sobre quem é que manda em suas opiniões e sobre se ela tem preparo emocional para encarar uma presidência da República.
Por isso, seu marqueteiro já deve ter feito a recomendação: "Marina, engole esse choro!"
Postar um comentário