31 de março de 2013

Os 40 Anos de "The Dark Side Of The Moon"


Todos que acompanham o blog sabem de nossa paixão pela música.
A ponto de não nos limitarmos apenas como ouvintes.
Durante cinco anos escrevemos um jornal alternativo sobre música alternativa, o Metamúsica.
Mesmo sendo um estudioso (amador) de música popular sempre que me perguntam quais os melhores discos já realizados dos diversos estilos me pego sem uma resposta convincente.
E não poderia ser diferente. Não devo ter ouvido - ao longo de mais de 40 anos - nem uma milionésima parte do que já foi lançado.
E muitas vezes as melhores coisas nem chegam ao grande público. Edições limitadas, independentes, fora do mainstream.
Minha resposta costuma ser a de apenas conseguir apontar os dez ou vinte discos que mais ouvi ao longo da vida.
O que não significa que sejam os melhores. Apenas questão de oportunidade, coincidência, lembranças, emoções.
Mas entre eles estão sim alguns bem conhecidos e reconhecidos por um público mais amplo como "obra-prima".
É o caso do multi-platinado e unanime (entre os de bom gosto, se me permitem) "The Dark Side Of The Moon", do grupo inglês Pink Floyd.
Uma aula de música, de engenharia sonora, de criatividade composicional, de retrato do 'fator humano'.
Já li um livro sobre este disco, tenho um documentário sobre a sua gravação e outros itens e mesmo assim para mim ele continua sendo ao mesmo tempo uma lição e um enigma da linguagem musical e poética.
Neste ano de 2013 ele está completando 40 anos de seu lançamento e merece todas as homenagens e edições especiais que podem ser conferidas na página oficial da banda. Vejam em Dark Side.
No mais... é ouvir um pouco mais desse monumental trabalho!




3 comentários:

Jefferson disse...

Oi Marquinhos.
Sei que você está cansado de saber a história deste disco mas para ajudar seus leitores segue um histórico desta maravilha.
Abração.


The Dark Side of the Moon é o oitavo álbum de estúdio da banda britânica de rock progressivo Pink Floyd, lançado em 24 de março de 1973. O disco marca uma nova fase no som da banda, com letras mais pessoais e instrumentais menores, contendo alguns dos mais complicados usos dos instrumentos e efeitos sonoros existentes na época, incluindo o som de alguém correndo à volta de um microfone e a gravação de múltiplos relógios a tocar ao mesmo tempo.
Os temas explorados na obra são variados e pessoais, incluindo cobiça, doença mental e envelhecimento, inspirados principalmente pela saída de Syd Barrett, integrante que deixou o grupo em 1968 depois que sua saúde mental se deteriorou. O conceito básico do disco foi desenvolvido quando a banda estava em turnê, e muito do novo material foi apresentado ao vivo muitos antes de ser gravado. A banda produziu o trabalho no Abbey Road Studios de Londres em diferentes seções em 1972 e 1973 ao lado do produtor Alan Parsons, diretamente responsável pelo desenvolvimento dos elementos sonoros mais exóticos presentes no disco, e a capa, que traz um prisma sendo atingido por um feixe de luz o transformando em um arco-íris, foi desenvolvida para representar a iluminação de palco da banda, o conteúdo íntimo das letras e para atender os pedidos da banda por um trabalho "simples e marcante".
The Dark Side of the Moon foi um sucesso imediato, chegando ao topo da Billboard 200 nos Estados Unidos e já fez mais de oitocentas e três aparições na parada desde então, tendo vendido mais de quinze milhões de cópias e estando na lista dos álbuns mais vendidos da história no país, também no Reino Unido e na França, com um total de cinquenta milhões de cópias comercializadas mundialmente até hoje. A obra também recebeu aprovação total dos fãs e aclamação da crítica especializada, sendo considerado até hoje um dos mais importantes álbuns de rock de todos os tempos.

Jefferson disse...

Depois do lançamento de Meddle, a banda se reuniu para uma turnê por Reino Unido, Estados Unidos e Japão, e enquanto ensaiavam nos Broadhurst Gardens Studios em Londres o grupo começou a ter idéias para um novo disco, embora criar material novo não fosse a prioridade na época.[1] Durante uma reunião na casa do baterista Nick Mason, o baixista da banda, Roger Waters, propôs que o novo material fosse apresentado já naquela nova turnê, contando que sua principal idéia era criar canções que focassem em coisas que "cansam as pessoas", assim como na pressão que os integrantes sofriam por seu estilo de vida e os problemas envolvendo o ex-integrante Syd Barrett, que teve de deixar o grupo depois que sua saúde mental se deteriorou, e todos concordaram, gostando da idéia de letras mais pessoais; o vocalista David Gilmour já havia declarado em entrevistas que também achava que a banda vinha tocando canções muito indiretas, e que as mensagens deviam ser mais "claras e específicas", opinião que todos os demais integrantes compartilhavam.[2][3]


O Teatro Rainbow, em Londres, hoje usado como igreja.
Roger, David e Nick, junto com o tecladista Richard Wright trabalharam juntos na criação de material novo, e Roger gravou as primeiras fitas demo em um pequeno estúdio próprio em sua casa em Londres. A banda começou a ensaiar seu material novo em segredo em um pequeno armazém de Londres que pertencia ao grupo Rolling Stones, e depois mudaram para o Teatro Rainbow, na mesma cidade, e aproveitaram a ocasião para comprar novos equipamentos, incluindo amplificadores, uma mesa de mixagem e um conjunto inteiro de iluminação de palco. A banda decidiu realizar um concerto com suas novas canções, antes mesmo de gravá-las, a ser realizado no próprio Teatro Rainbow, e para isso o grupo providenciou que mais de nove toneladas de equipamentos fossem levadas até o teatro, e o novo trabalho foi temporariamente apelidado de The Dark Side of the Moon, mas depois de descobrirem que o título já havia sido usado pela banda Medicine Head, foi decidido que o futuro disco se chamaria Eclipse, mas pouco tempo depois a banda descobriu que o álbum do Medicine Head havia sido um fracasso comercial e o voltaram a usar o nome inicial.
Mesmo antes de finalizar a gravação em estúdio, a banda iniciou a turnê The Dark Side of the Moon Tour, que durou de 1972 até 1973 e contou com datas nos Estados Unidos, Canadá e Europa, permitindo que a banda revisse e melhorasse as canções a cada noite; O concerto Dark Side of the Moon: A Piece for Assorted Lunatics foi realizado pela primeira vez no Rainbow em 17 de fevereiro de 1972 com uma plateia formada apenas por jornalistas e críticos, e recebeu avaliações muito boas de quase todos os presentes; Michael Wale, do jornal The Times, escreveu que o espetáculo "trás lágrimas aos olhos", e Derek Jewell, do jornal The Sunday apontou que ambição da banda era "enorme"; por outro lado, a avaliação na revista Melody Maker foi menos favorável, apontando que musicalmente, as ideias eram grandiosas, mas que o efeito sonoro dava a impressão de que as pessoas estavam dentro de uma jaula em um zoológico. As novas canções foram apresentadas quase que na mesma ordem em que foram lançadas no disco posteriormente, mas o som apresentava algumas diferenças quanto ao som lançado mais tarde, principalmente devido a falta de sintetizadores e aos momentos em que eram lidas alguns trechos da bíblia no começo de algumas canções. A banda seguiu fazendo pausas estratégicas na turnê para realizar as gravações em estúdio, realizando o último concerto novamente no Teatro Rainbow em 4 de novembro de 1973.

Jefferson disse...

O álbum foi gravado no Abbey Road Studios, em Londres, em diferentes sessões entre maio de 1972 e janeiro de 1973. A banda trabalhou ao lado do produtor Alan Parsons, com quem já haviam trabalhado no disco Atom Heart Mother e que já era famoso por produzir vários álbuns dos Beatles. Para as sessões, foram usadas as técnicas mais avançadas disponíveis na época, sendo o Abbey o único estúdio naquele tempo que realizava a chamada Gravação multicanal, que permite o registro em separado de múltiplas fontes de som para criar um resultado final coesivo, e a banda usava tantas fontes diferentes e fazia tanto uso do equipamento que os custos diários superavam o de qualquer outro álbum até então.
Em 1 de junho de 1972, "Us and Them" tornou-se a primeira faixa a ser gravada, seguida seis dias depois por "Money"; Roger Waters havia criado vários efeitos sonoros para essa canção usando dinheiro de verdade, sobetudo moedas, usando a técnica de loop, inédita até então nos discos do grupo. As próximas faixas a serem gravadas foram "Time" e "The Great Gig in the Sky", e depois a banda fez uma pausa de dois meses para ficarem em casa com suas famílias e se prepararem para uma nova série de apresentações nos Estados Unidos. As gravações sofreram diversas interrupções, muitas delas por razões banais, como o fato de, por diversas vezes, Roger abandadonar as sessões para ir assistir partidas de futebol de seu time favorito, o Arsenal Football Club, ou assistir a série Monty Python's Flying Circus na televisão, e durante esse tempo Alan Parsons ficava no estúdio trabalhando com o material disponível.
Em janeiro de 1973, a banda se reuniu no estúdio para gravar as canções restantes, "Brain Damage", "Eclipse", "Any Colour You Like" e "On the Run", aproveitando também para realizar pequenas modificações nas faixas já gravadas; para o vocal de apoio em "Brain Damage", "Eclipse" e "Time" foi usada um pequeno coral de quatro mulheres, e Dick Parry foi contratado para tocar o saxofone em "Us and Them" e "Money". Assim que as gravações foram finalizadas, a banda iniciou uma nova turnê pela Europa.