Angela Merkel e sua política de austeridade capitalista para a Europa (não tenham dúvidas, é ela que governa a Europa), além do desemprego generalizado está promovendo um retorno à cultura dos protestos movidos à música. Pelo menos em Portugal.
Música da Revolução dos Cravos volta a ser usada em Portugal
Manifestações contra política de arrocho econômico tomam conta do país.
'Grândola, Vila Morena' não era mais cantada há muito tempo.
"Uma música deu o sinal para o início da Revolução dos Cravos, em
Portugal, há quase 40 anos. Essa mesma música, usada para derrubar a
ditadura, volta agora a ser cantada em protestos contra a política
econômica do governo português.
A música que foi a senha da Revolução dos Cravos em Portugal há 40 anos
voltou a ser cantada com força no país, mas agora a mensagem é outra.
Foi a trilha sonora que faltava para os protestos em Portugal. As
manifestações contra a política de arrocho econômico já tomam conta do
país há tempos.
Portugal já vai para o terceiro ano de recessão com números recordes de
desemprego. A intervenção da chamada Troika, que combina cortes de
salários e benefícios e aumento de impostos, parece ter a rejeição quase
total da população.
A rotina é de passeatas de todos os tipos, violentas ou não, mas ainda
não havia uma música símbolo do protesto. Foi aí que, em meados de
fevereiro, a “Grândola, Vila Morena” começou a ser cantada.
A canção foi composta no início da década de 1970 e foi proibida em
Portugal durante vários anos. A letra, que fala de uma vila onde o povo é
quem mais ordena, foi considerada subversiva na época.
Na madrugada de 25 de abril de 1974, a música, quando tocou na rádio,
foi a senha para os jovens militares saírem dos quartéis e desencadearem
a Revolução dos Cravos, que terminou com o regime ditatorial no país.
“Grândola, Vila Morena” virou o símbolo da revolução, mas já não era
mais cantada há muito tempo. Quase 40 anos depois, a música histórica
voltou a ser ouvida em Portugal, agora não mais como senha
revolucionária, mas como símbolo do protesto contra a política econômica
de austeridade, a chamada política da austeridade."
Fonte: G1
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