19 de novembro de 2012

Eu, o fim do mundo (o de 21/12/2012) e Alinne Moraes

Olha o calendário aí
Daqui a um mês o mundo acaba.
Na verdade contado a partir de quarta-feira, dia 21, mas estou aproveitando o fim de semana prolongado para escrever essas péssimas traçadas linhas sobre este evento tão aguardado.
Aguardado por quem não acredita em tal fato, o que não seria o caso dos Maias, se não estivessem extintos. Aliás, para onde eles foram? Será que eles previram isso? O próprio fim.
O mundo acabar de repente tem suas vantagens. Por exemplo, no sábado passado tive que comprar duas válvulas de descarga para os banheiros da casa da praia. Depois de 13 anos de utilização elas dão sinal de cansaço. Pois se o mundo acabar não vou precisar quebrar os azulejos (ainda chamam esses revestimentos de azulejo?) para trocar as válvulas. Por outro lado já deixei combinado com o pedreiro de confiança dele fazer o serviço antes de eu voltar para lá, o que deve acontecer depois do Natal. Mas... e se ele trocar antes do dia 21? Preciso resolver isso. Se bem que depois do Natal o mundo já terá acabado mesmo.
E tem mais: comprei as descargas e outras coisas mais em 10 vezes sem juros. Como a primeira do cartão vence em 28 de dezembro nao vou pagar nenhuma! Coitada da loja. Da loja não, do Visa, acho.
Bem, utilizei o exemplo apenas como... exemplo. É que todas as nossas dívidas se extinguirão automaticamente no dia 21/12/2012! Viram  que legal?!
Dívidas terrenas, que fique bem claro. Os pecados nossos de cada dia serão cobrados todos de uma só vez - espero que sem juros - no dia 22. Vai ter plantão no céu. E hora-extra do outro lado.
Pensei em ir a igreja fazer umas preces especiais. Pelos meus pecados, não para o mundo não acabar. Explico: já deve ter muita gente com espírito muito melhor do que o deste blogueiro dialogando com Deus para que nada aconteça dia 21 de dezembro. Aí eu vou lá e ponho tudo a perder. Definitivamente não sou o melhor advogado da humanidade. Melhor ficar quieto para não atrapalhar.

Alinne Moraes - Você passaria o fim do mundo com ela?
Mas confesso que ando decepcionado com iminente fim do mundo. É que ano passado só se falava nisso - até lançaram o filme catástrofe "2012" - e agora, a um mês do desfecho previsto pelo calendário Maia, quase ninguém comenta nada. Este ano só deu "Avenida Brasil" e, mais recentemente, "Salve Jorge". Se ainda fosse "Salve-nos Jorge do Fim do Mundo"...
A única menção na TV tem sido uma série chamada "Como aproveitar o fim do mundo", que é uma comédia e é com a Alinne Moraes, que já foi Musa aqui no blog. Bem, convenhamos que com ela por perto não deve ser muito difícil ter ideias de como aproveitar os últimos extertores do planeta.
Em suma, ninguém deve estar mais levando a sério essa história. Ou porque concluíram que os Maias não estão com essa bola toda ou porque ficou claro que os analistas dos manuscritos é que erraram na conversão dos cálculos. Para mim é 2112, que é o nome de um disco do ótimo grupo canadense Rush, mas aí é outra história. Nesse caso ganhamos mais 100 anos, o que não é mal para quem só tinha um mês.
E vou ficando por aqui. Não porque o assunto terminou mas é que desconfio que não vou conseguir ficar fazendo ironia e gracinha o tempo todo e, por via das dúvidas, vou dar uma passadinha em frente à igreja e fazer o sinal da cruz. Sabem como é, não acredito em bruxas mas...
Ótimo último mês para vocês. Do ano (dezembro começa semana que vem). Não do mundo.

Uma história de ficção-científica ou a indicação da data correta?

Post-Scriptum:
Quase em cem por cento dos casos em que escrevo alguma coisa especialmente para este blog, me vem à mente alguma música que tem relação (de alguma forma) com o tema abordado. Só que na maioria da vezes evito inserir a canção. Por um lado seria interessante se o fizesse mas por outro poderia soar como fórmula repetitiva.
No entanto hoje resolvi postar a música que surgiu 'automaticamente'. Não é engraçadinha (como tentou ser o post), mas tem uma ironia dramática (se é que existe isso) quando fala sobre possíveis 'quase arrependimentos' quando se vai chegando ao fim da linha - caso do fim do mundo? - : não o que fizemos mas o que deixamos de fazer. Um tema existencialista talvez fora de moda nestes tempos velozes e vorazes. "Jura Secreta" é de autoria de Sueli Costa e Abel Silva e já foi gravado por nomes como Fagner e Simone, entre outros.
Só não vale se arrepender de não ter esganado este blogueiro por fazer você perder seu tempo lendo isto... Pense bem: pelo menos valeu pela música!


3 comentários:

Jefferson disse...

Tava sumido do blog, Marquinho!
E volta em grande estilo. Com tanta coisa ruim sendo noticiada so vc pra me fazer rir com uma crônica sobre o fim do mundo. Muito legal!
Abração.

M.I.A. disse...

Que mistureba, juros do Visa, Alinne, Rush, Fagner. É o fim do mundo. Muio bom. Ri muito. Concordo com o Jefferson, o mundo vai mal e tem que encarar com humor, mesmo que seja o fim.
Essa música é linda e diz a verdade. Melhor nem pensar nisso.
Bjs.

Marcos Oliveira disse...

Obrigado pela participação e pelas palavras, Jefferson e M.I.A.
O texto saiu como brincadeira mesmo.
Em um período do ano em que buscamos paz & amor (como diria a contracultura), ligamos a TV e só vemos derrotas. Do furacão Sandy ao ataque de Israel à Faixa de Gaza, passando pela crise espanhola (Dilma está tentando ajudar, mas tá difícil), e pelo reconhecimento do Banco Mundial do aumento da temperatura global com consequencias devastadoras, chegamos a ficar assustados.
Para os que sofrem por problemas pessoais e pelos citados dramas coletivos, só nos resta à prece. E a crítica política.
No mais sigamos com um pouco de humor, pois vem mais coisa ruim por aí.
Quem aguenta, por exemplo, ouvir falar do julgamento do Bruno 24 horas por dia? Isso depois das incríveis falhas e egocentrismos do julgamento político do mensalão. E da violência em São Paulo e Santa Catarina.
Que venha 21 de dezembro!