Vindo de uma família musical, Dave Brubeck começou a aprender piano aos 4 anos de idade com sua mãe e violoncelo aos 9.Ele havia um genio forte.
Brubeck não era muito interessado em aprender por métodos, simplesmente queria compor suas próprias melodias e por isso nunca aprendeu a ler partituras. Ele evitava aprender a ler durante as aulas de piano de sua mãe, alegando dificuldade de visão. Na faculdade, Brubeck foi por quase pouco expulso do curso, quando um de seus professores descobriu que ele não sabia ler partituras. Muitos outros professores o defenderam apontando seu talento em contraponto e harmonia, mas a escola continuou com medo de que isso pudesse causar um escândalo, e só concordou em lhe dar o diploma se ele concordasse em nunca dar aulas de piano.
Após se formar em 1942 na University of the Pacific em Stockton, Califórnia ele ingressou no exército e serviu na tropa de George Pattondurante a Batalha do Bulge em Ardennes, lá ele conhece Paul Desmond.
Estudou com o compositor francês Darius Milhaud e criou seu quarteto em 1951. Após o estudo com Milhaud, iniciou um octeto com a participação de Cal Tjader e Paul Desmond. Após uma primeira decepção, fundou um trio com dois dos antigos membros (sem Desmond). Finalmente fundou o The Dave Brubeck Quartet, com Joe Dodge, Bob Bates, Paul Desmond.
A gravação de Take Five, uma composição de Desmond, em 1959, transformou o quarteto num campeão de vendagens da época. O álbum continha somente composições inéditas, sendo que quase todas tinham uma métrica impar, entre elas estavam os clássicosTake Five e Blue Rondo à la Turk. A propósito, entre Brubeck e Desmond viria a se desenvolver, com o passar dos anos, um entrosamento quase telepático.
No meio dos anos 50 Bates e Dodge foram substituídos por Eugene Wright e Joe Morello. O quarteto desfez-se em 1967 e Brubeck continuou a tocar com Desmond e fez gravações com Gerry Mulligan. Brubeck tinha admiração por Duke Ellington e pela música erudita.
Seu quarteto atual inclui o saxofonista e flautista Bobby Militello, o baixista Michael Moore (que substituiu Alec Dankworth), e o seu baterista de longa data Randy Jones e trabalhou recentemente com a London Symphony Orchestra.
3 comentários:
Marcos, o saxofonista é Paul Desmond??
Ah! Que pena! Só dia 6?
Anônimo 1: É o Paul Desmond sim. Depois ele gravaria diversos álbuns solo maravilhosos.
Essa gravação foi feita na Alemanha em 1966.
Acho que "Time Out" foi o primeiro disco de Jazz a ultrapassar a barreira de 1 milhão de discos vendidos.
Anônimo 2: É que guardei esse outro clássico exatamente para o dia do aniversário dele (90 anos!).
Mas acabo de ter uma idéia: manter fixa a seção "Noite de Jazz" e, pelo menos uma vez por semana, selecionar alguma coisa que seja respeitada pela exigente critica jazzística mas seja ao mesmo tempo também acessível e interessante para os não iniciados. Uma forma de atrair um público mais amplo para esse estilo considerado tão "sofisticado" quanto a música erudita.
Abraços.
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