11 de novembro de 2010

Os celulares, os cadáveres e os males, você também deve saber!

"Vamos esperar os cadáveres para agir contra o celular?", questiona pesquisadora

A epidemiologista Devra Davis lidera uma cruzada para fazer as pessoas deixarem o celular longe de suas cabeças. Convencida de que a radiação emitida pelo aparelho lesa a saúde, ela escreveu "Disconnect" (sem edição no Brasil), cuja base são pesquisas que começam a mostrar os efeitos dessa radiação no organismo. Nesta entrevista, ela também perguntou: "Vamos esperar as mortes começarem antes de mudar a relação com o celular?".


Quais os riscos para a saúde de quem usa celular?
Devra Davis - Se você segurá-lo perto da cabeça ou do corpo, há muitos riscos de danos. Todos os celulares têm alertas sobre isso. As fabricantes sabem que não é seguro. Os limites [de radiação] definidos pelo FCC [que controla as comunicações nos EUA] são excedidos se você deixa o celular no bolso.


Quais os riscos, exatamente?


O risco de câncer é muito real, e as provas disso vão se avolumar se as pessoas não mudarem a maneira como usam os telefones. Trabalhei nas pesquisas sobre fumo passivo e amianto. Fiquei horrorizada ao perceber que só tomamos atitude depois de provas incontestáveis de que danificavam a saúde.
Reconheço que não temos provas conclusivas nesse momento. Escrevi o livro na esperança de que meu status como cientista tenha peso, e as pessoas entendam que há ameaça grave à saúde e podemos fazer algo a respeito.

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2 comentários:

Marcos Oliveira disse...

Ótimo post Felipe.
Interessante, importante e preocupante.
Na verdade se fala disso há dez anos, mas sempre com um "não há evidências" por trás.
Já passou da hora disso ser discutido pelas autoridades de saúde e midia.
O problema são os bilhões de dólares...
Abraço.

Luiz Felipe Muniz disse...

Marquinho, eu sempre me preocupei muito com este assunto e penso que a pesquisadora tem toda a razão.

Nos últimos meses, meu camarada, cheguei a constatar algum incômodo em volta do ouvido enquanto usava o celular, tipo uma pequena dor que chegava a irradiar por outros pontos da cabeça próximo ao ouvido...

Boa parte dos jovens, inclusive lá em casa, mantem o aparelho ao lado do travesseiro, quando não embaixo. Os cuidados, certamente, não devem ser pouco nesta matéria.