"A história de Paul McCartney e John Lennon em sua essência é universal: dois jovens que formam uma ligação através de sua paixão pela música.
Este vídeo é sobre eles, e cada banda, e cada criança que sofreu os altos e baixos de começar uma banda, ou não se tornou bem sucedido.
A universalidade da sua história foi uma grande inspiração para a criação deste filme no Mississippi durante os anos 50.
Os primórdios do Rock and Roll americano e do Delta Blues do Mississipi é um período de tempo que inspirou fortemente os Beatles.
A canção "Primeiros Dias" é sobre o espírito e a inspiração que jovens músicos encontram um no outro."
A tradução pode ser lida no final do post.
Paul McCartney "Early Days" from VINCENT HAYCOCK on Vimeo.
Ontem eu assisti a transmissão ao vivo que o canal Multishow fez do show de Paul McCartney em São Paulo.
Quer dizer, ao vivo um ova.
Havia um 'delay' em que o pessoal estava editando a apresentação.
A galera das redes sociais 'chiou' na hora, e com razão. Ou é ao vivo ou não é. Não importa se o atraso seja de dias ou minutos.
O que me lembrou uma piada do Facebook: uma foto do Anderson Silva vendo no sofá de casa sua luta "ao vivo", transmitida pela Globo de madrugada e ainda por cima pelo Galvão.
Bem, mas essa reclamação é o de menos.
O fato é que mais uma vez perdi a oportunidade de ver um Beatle in loco. E não sei se existirão ainda muitas chances. E era o Paul!
Prometi para minha filha que iremos no próximo.
Mas o Paul está com 72 anos!
E daí? Viram ele no show? Um fenômeno. Tá melhor que eu, que tenho 17 anos a menos.
Viva a história da música popular do século XX, na figura do eterno Beatle Paul McCartney!
Leiam abaixo o emocionante texto do Kiko Nogueira do DCM.
O segredo da eterna juventude, segundo o velho Paul McCartney
"Quando tinha 16
anos, Paul McCartney e John Lennon costumavam pegar um ônibus em
Liverpool para ver um guitarrista que sabia fazer um si com sétima
maior, acorde essencial no rock.
Décadas mais tarde, evocando essa cena, Paul diria que aquele artista
“tinha provavelmente 26 anos, mas nós achávamos que ele era velho
demais para ainda estar tocando”.
Aos 72, Paul continua se apresentando e dá sinais de que não vai
parar nunca. Os shows no Brasil, parte da turnê “Out There”, têm três
horas de duração, durante as quais ele ataca 35 números de um catálogo
sem paralelo na história da música popular.
Nos início dos anos 60, ele previu mais um ou dois anos para sua
banda e, dali em diante, uma carreira mediana de compositor. Em “When
I’m 64”, desenhou um futuro para si que, hoje, não poderia estar mais
absurdamente distante.
Macca nunca foi tão popular. Está entre os artistas mais ricos do
mundo, enche concertos para até 300 mil pessoas (na Praça Vermelha, em
Moscou), lança discos novos, em média, a cada dois anos. Tudo isso
carregando nas costas sua própria lenda.
Precisa? Por que não vai para uma ilha contar moedinhas?
“Porque isso é o que eu sei fazer”, respondeu certa vez. “Eu vou
morrer no palco tocando ‘Yesterday’ numa cadeira de rodas”. Para o New
Musical Express, afirmou que tenta superar a si mesmo. Macca confessou
querer compor “mais uma música realmente boa”. Vindo de quem fez o que
ele fez — “Golden Slumbers” seria suficiente –, é extraordinário.
Dificilmente esse milagre acontecerá e é injusto cobrar mais do homem. O que importa, no entanto, é que ele não se contenta.
Macca está com o mesmo grupo há 12 anos. A saber: Paul Wickens
(teclados), Rusty Anderson (guitarra), Brian Ray (guitarra) e Abe
Laboriel Jr (bateria). Mais tempo, portanto, do que com os Beatles e com
os Wings. Eles se gostam, se conhecem, se entendem.
As piadas sobre o eterno retorno do dinossauro ao Brasil, a
comparação óbvia, idiota e fora de lugar com Lennon, seu suposto bom
mocismo (se você tiver mais de 12 anos e chamá-lo de coxinha, precisa
consultar um psiquiatra) — tudo isso vira pó na introdução de “Eight
Days A Week”.
Na faixa mais bonita de seu último CD, “Early Days”, Macca rememora
sua juventude. “Eles nunca vão tirar isso de mim”, canta ele, a voz
frágil. “Tantas vezes tive de trocar a dor pelo sorriso, apenas para não
enlouquecer”. Ele e o amigo John andavam “de preto, duas guitarras nas
nossas costas, procurando alguém que ouvisse a música que escrevíamos em
casa”.
Meio século depois, sob as vistas de milhões de pessoas, aquele
garoto ainda vive no velho Macca, procurando alguém que ouça sua música."
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Sobre o Autor: Diretor-adjunto
do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e
diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de
redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.
Primeiros Dias (Early Days)
Eles não poderiam tirar isso de mim, se tentassem
Eu vivo através desses primeiros dias
Tantas vezes eu tive que mudar da dor para o riso
Apenas para não ficar louco
Vestido de preto da cabeça aos pés
Duas guitarras em nossas costas
Andaríamos pelas ruas da cidade
Procurando alguém que iria ouvir a música
Que havíamos escrito em casa
Mas eles não poderiam tirar isso de mim, se tentassem
Eu vivo através desses primeiros dias
Tantas vezes eu tive que mudar da dor para o riso
Apenas para não ficar louco
Cabelo penteado para trás com vaselina
Como as fotos na parede
Da loja de discos local
Ouvindo ruídos que estávamos destinados a lembrar
Decididos que nunca acabasse a emoção
Doces memórias dos amigos do passado
Sempre voltam para você, quando você as procura
E a sua inspiração, por muito tempo pode durar
Pode voltar a você outra vez
Agora todo mundo parece ter a própria opinião
Quem fez isso e quem fez aquilo
Mas, quanto a mim, eu não vejo como eles podem lembrar
Já que não estavam onde aconteceu
Eles não podem tirar isso de mim, se tentassem
Eu vivo através desses primeiros dias
Tantas vezes eu tive que mudar da dor para o riso
Apenas para não ficar louco
Eu vivo através desses primeiros dias
Eu vivo através desses primeiros dias
Um comentário:
VIVA PAUL!!!
BEATLES 4EVER!!
I LOVE!
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