O carnaval está fervendo. A chuva que cai (em parte do Sudeste) não atrapalha os foliões mais animados. Sobretudo os flex (aceitam álcool sem problema).
Para quem não é tão chegado aos festejos tá até
bom pra descansar. Mas um pouquinho de sol ajudaria na caminhada da
praia. Acho que ele sai amanhã.
Por aqui chegou até fazer um friozinho em alguns momentos.
E eu resolvi fazer um post sobre... móveis planejados!
Já vão entender. Embora não tenha nada a ver com o carnaval.
Não
sei se vocês já repararam. Em muitas revistas tem anúncios desses
móveis projetados especialmente para cada espaço. Diversas marcas e
padrões.
Aqueles móveis fabricados exatamente de acordo com o que você quer e de acordo com o espaço disponível.
Estantes, home-theaters, cozinhas, closets, enfim tudo pode ser feito para sua casa.
Práticos. Bonitos. E caros.
Estão
substituindo aqueles profissionais autônomos chamados marceneiros.
Artífices que procurávamos para realizar os nossos próprios projetos.
Tente achar um bom marceneiro hoje em dia. Difícil.
Mas não percamos o foco.
Voltemos aos anúncios dos móveis.
Neles é tudo minimalista. Não os belos modulados. Mas o que eles contém.
Pelo menos o que está exposto. Não sei nas gavetas. Mas não tem muitas gavetas.
De forma mais clara: nas estantes, por exemplo, onde estão os livros, os discos, as revistas?
Só
vejo potes. Eu acho legal potes. Excelentes objetos de decoração. Mas
tente colocar um deles no aparelho de DVD. É difícil tocar.
Sei que a decoração "clean" é uma tendência que resiste há uns 20 anos, mas...
Ok, estamos falando de anúncios, a realidade é diferente...
Bem, falando a verdade, acho que o problema é comigo.
Ao longo da vida acumulei muitos 'bens' que eu já citei: livros, discos...
Mas os espaços estão cada vez menores e os filhos, cada vez maiores, querem o seu espaço.
2/3
de minha coleção de discos de vinil foi destruída por alienígenas que o
mundo conhece como cupins. Não são deste planeta, tenham certeza.
É que eu guardava os meus LPs fora da casa, em outra construção.
Mas ainda restaram umas mil raridades.
Acho
que aqueles seres odiosos talvez tenham sido enviados por inteligências
superiores para me ensinar que não adianta mais ter e guardar tanta
coisa. Pelo menos tantos discos. Não poderei levá-los para as instâncias
superiores (ou inferiores?) de além vida.
E
também não tinha
mais onde guardá-los. E tem os CDs, ainda imunes (imunizados?) aos
micro-ETs. E livros, revistas, DVDs, raras garrafas de Whisky (da época
que
eu degustava tais escocidades), etc.
E aí eu vejo aquelas estantes com alguns potes e mais nada.
Quem tem uma estante daquelas não precisa organizar nada, limpar nada.
Não
precisa se preocupar com milhares de itens de colecionador que precisam
ser preservados. Nem com aqueles horríveis, embora pequenos,
alienígenas. A não ser que eles ataquem os próprios móveis imunizados, o que não é tão raro.
Acho que no fundo eu não sinto tanta raiva daquela aparente falta de itens culturais e de lazer. Pelo contrário. Sinto é inveja.
Com
tanta coisa pra fazer e se preocupar e tão pouco tempo, talvez eu
precise mesmo é de uma casa no campo - como dizia o saudoso Zé Rodrix -
do tamanho ideal, onde eu possa plantar meus amigos, meus (poucos)
discos e livros e nada mais.
Só não tenho certeza se ela teria móveis planejados, com potes decorativos.
Mas é uma boa ideia.
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