29 de janeiro de 2014

Rolezeiras

Este post não pretende entrar no mérito social da coisa toda, é apenas para mostrar o video-reportagem que 'rola' na Internet sobre as meninas dos rolezinhos: como se vestem, o que pensam, relacionamentos, etc.
Mas vale a pena citar trecho de uma crônica do Mauro Santayana sobre o assunto, já postado aqui pelo Luiz Felipe:

"(...)Não existe diferença entre a conversa estéril e esnobe dos "rolexzinhos", em volta de seus copos de uísque, na happy hour na Avenida Paulista e as letras de funk ostentação que embalam os "rolézinhos" nos bares e bailes da periferia.
São dois lados da mesma moeda, dois extremos de uma sociedade na qual um par de tênis pode custar mais que dez ou quinze livros novos, marcas de carros são cantadas em prosa e verso, e a maior parte das pessoas desperdiça seu tempo correndo atrás do fugaz e do vulgar, sem conseguir deixar sua marca no mundo, ou ter tido, muitas vezes, a menor consciência política ou espiritual do que representa estar aqui.
Conquistará o futuro quem souber unir rolexzinhos e rolezinhos em um projeto comum de nação, e isso só ocorrerá com a redução da desigualdade e a melhora da educação. Quem sabe, quando contarmos, no Brasil, com um número equivalente de excelentes universidades e centros de pesquisa, ao que temos, agora, de grandes centros comerciais - cerca de 500 - com o mesmo volume de investimentos e a mesma eficiência e garra, na busca e transmissão do conhecimento, com que hoje se persegue o lucro nesses palácios de aço e cristal (...)."



"Os rolezinhos preocupam a polícia, os shoppings e os políticos nestes dias. Mas o fenômeno começou como meros encontros de meninas e meninas que se conheceram em redes sociais da internet. O vídeo traz entrevistas com adolescentes que participaram de um rolê no parque do Ibirapuera (São Paulo), no último final de semana."

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