31 de outubro de 2014

Os Vingadores e onde estão os heróis de minha infância hoje

Sempre fui um colecionador.
Atualmente de música: CDs, LPs e mp3.
Houve um tempo na infância em que eram os gibis. Histórias em quadrinhos que iam do Tio Patinhas aos super-herois da Marvel e DC Comics.
Na época sonhávamos com filmes que retratassem aquilo que líamos e víamos.
Algumas tentativas até foram feitas, sejam nos desenhos animados ou em séries.
Mas nada chegava perto de nossa imaginação, pois nos 60 e 70 não havia tecnologia que conseguisse traduzir aquela outra realidade.
40 anos depois finalmente começaram a surgir superproduções que faziam jus às histórias, inclusive de livros clássicos, como as trilogias de "O Senhor dos Anéis" e "O Hobbit" (Harry Potter já é mais recente e os filmes foram feitos logo depois do lançamento dos livros).
Entre os super-heróis da minha infânica diversos estão chegando agora às telonas.
Curioso ver os meus filhos - da época da Internet - conhecendo meus heróis de gibis através do cinema.
Legal que se não fosse por isso (os filmes), dificilmente dividiria com eles essa passagem de minha vida.
E os lançamentos não param. 
Este ano tem a última parte de "O Hobbit" e ano que vem tem "Os Vingadores 2: A Era de Ultron".
Recomendo assistirem em HD e 3D.
É apenas passatempo e nostalgia.
Para começar a aliviar a tensão que foi essa desigual batalha eleitoral, vencida pelo lado dos mocinhos, seguindo a lógica das saudosas HQs de minha infância.



Sinopse:
A continuação do maior filme de super-heróis de todos os tempos.
Quando Tony Stark tenta alavancar um programa de paz virtual, as coisas dão errado e os maiores heróis da Terra, incluindo Homem de Ferro, Capitão América, Thor, o Incrível Hulk, Viúva Negra e Gavião Arqueiro enfrentam um teste derradeiro enquanto o destino do planeta está em jogo.
Quando o vilão Ultron surge, a missão dos Vingadores é impedi-lo de concluir os seus planos terríveis. Para isso, logo surgem alianças inesperadas que abrem caminho para uma aventura global épica e única.

Musa da Semana: Melanie Raimundo

E porque hoje é sexta...
Eu até tentei adiar ao máximo o retorno desta nossa clássica seção.
Não que não me traga o maior prazer fazê-la, vocês sabem disso.
Mas é que nos últimos meses fomos obrigados a nos tornar um blog eminentemente político, diante do massacre que se desenhava. Não tinhámos outra opção.
O fato é que o estresse da campanha e o sério debate político não combinam com algumas séries do blog, como o "Musa da Semana".
Isso tudo terminou no último domingo, como sabemos. Terminou não. Apenas uma batalha foi ganha. A guerra continua.
Mas porque tentei adiar? É que os debates de antes das eleições continuaram, com os desdobramentos de fatos marcantes que todos pudemos acompanhar.
Acontece que alguns leitores estavam reclamando do sumiço do "Musas", alegando que uma coisa não tem nada a ver com outra, uma vez que a principal característica do blog é o ecletismo.
Além do mais, se passamos por toda aquela "tensão", nada mais justo do que um bom visual para relaxar. Voltar à fase da "tesão".
Ok, vocês venceram. As senhoras e senhoritas que nos permitam essa breve pausa, digamos, 'machista', com respeito e consideração à alma feminina.
Retornamos devagar, de forma light, escolhendo uma hermana argentina.
O nome dela é Melanie Raimundo, mas não ficou por Buenos Aires. Foi fazer carreira de modelo do outro lado mundo. mais precisamente na Austrália, onde faz merecido sucesso.
Não consegui confirmar a idade dela, mas parece que está na casa dos 23.
Seus ensaios fotográficos e em vídeo são bem simples e lembram épocas de adolescência, como a velha história da "garota que mora ao lado".
Um bom motivo para conhecer Sidney e arredores. Ou descobrir quando ela vem passear na terra natal, bem mais perto daqui.
Boa sexta-feira. Bom fim de semana!









Lula: "Se você olhar a Veja como uma revista de informação, você fica muito nervoso com a quantidade de mentiras"

“Se você olhar a Veja como uma revista de informação, você fica muito nervoso com a quantidade de mentiras. Agora, se você olhar a Veja como um panfleto da campanha do Aécio, você sofre menos”, diz o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no terceiro vídeo da série em que comenta as eleições 2014 e os rumos do Brasil a partir do próximo ano.”



30 de outubro de 2014

Uma homenagem especial a uma grande mulher




A atitude de Chico Buarque (em video): para quem é agredido na Internet por votar em Dilma

"As eleições de 2014 foram marcadas por uma explosão de ódio na internet brasileira.

Os posicionamentos políticos divergentes aqueceram os ânimos fazendo com que insultos e comentários pejorativos transbordassem nas redes sociais.

O clima ainda é de ressaca eleitoral. Aos pouco, amigos e familiares vão se reconciliando e fazendo as pazes. Se você ainda está triste por conta de algum insulto via web, sinta-se consolado por Chico Buarque, que aconselha: “Você não deve ter raiva de quem tem raiva”.

Em um registro bem-humorado, um dos maiores nomes da música popular brasileira relata a reação que teve ao ler comentários ofensivos na internet dirigidos a sua pessoa."



Em Viomundo


A Cólera do Millenium

Para quem não sabe, o Instituto Milênio (IMIL) foi fundado há alguns anos para defender as idéias neoliberais contra o estilo petista de governar, preferencialmente para os pobres.

Os principais articulistas econômicos, políticos e analistas internacionais do Globo, Globo News, etc. estão lá, via links.

Só para ter uma idéia, tem uma seção chamada "As ùltimas da Veja" (a revista). Não precisa dizer muito, né?

No texto abaixo o Miro comenta sobre alguns artigos após a vitoria de Dilma. 

A turma da Millenium está colérica

Por Altamiro Borges no Blog do Miro

"Os frequentadores do Instituto Millenium, o bordel dos barões da mídia, estão coléricos. Eles não aceitam o resultado das eleições de domingo, não toleram a democracia e desprezam o voto popular. Rodrigo Constantino, já apelidado de “moleque maluquinho”, postou em seu blog hospedado na criminosa "Veja" que houve fraude nas urnas eletrônicas e que Dilma Rousseff “ainda corre risco de impeachment”. Outro mais velhaco, o patético Arnaldo Jabor, escreveu em sua coluna no golpista "O Globo" que “a burrice tem avançado muito” no Brasil. Talvez ele tenha se olhado no espelho! Já William Waack, Merval Pereira e outros “globais” nem escondem a sua decepção com o resultado!

Para a turma do Instituto Millenium, que prega diuturnamente contra a democracia e recebe fortunas dos impérios midiáticos e das corporações empresariais, a reeleição de Dilma é um catástrofe. “É o triunfo das toupeiras”, afirma Jabor. Para ele, a votação da petista evidenciaria que “a sociedade está faminta de algum tipo de autoritarismo”. Num tom meio doentio, o colunista da Rede Globo decreta que o “nosso futuro será pautado pelos burros espertos, manipulando os pobres ignorantes. Nosso futuro está sendo determinado pelos burros da elite intelectual numa fervorosa aliança com os analfabetos”. Mantida esta toada, em breve este senhor poderá ser internado em alguma clínica!

Já o “jovem” Rodrigo Constantino, com suas velhas ideias golpistas e elitistas, nem demanda maiores preocupações. É, mesmo, um “moleque maluquinho”. Formado na escola de Reinaldo Azevedo e Diogo Mainardi, ele adora adjetivos e holofotes da mídia. Não tem consistência. Para ele, o problema do país é “o câncer populista e demagogo chamado PT”. É com esta visão tacanha que ele afirma que o Brasil está dividido “entre brasileiros mais produtivos e aqueles que vivem das benesses estatais, ou seja, os pagadores e consumidores de impostos”. Nem os donos do Instituto Millenium levam o rapaz muito a sério. Ele é tratado mais como um jovem serviçal!"

Leia também:

O Aniversário do Blogueiro

Muitos dos novatos, entre os nossos 17 leitores (alguns surgidos neste período eleitoral), devem se perguntar quem é o Luiz Felipe Muniz, que tem o nome titularizado no blog mas não aparece nos posts, apenas um tal de Marcos Oliveira.
Seriam a mesma pessoa? Qual seria o verdadeiro? Nenhum dos dois existiria realmente, pois são pseudônimos?
Bem, normalmente sou acusado - por amigos gaiatos - de "ladrão de blog".
Os dois existem e vocês podem conferir os excelentes posts do multidisciplinar amigo Luiz Felipe, navegando por posts passados, desde 2009.
Foi ele o criador e quem deu as diretrizes deste espaço. Um dia me chamou para ser colaborador e é claro que não aceitei. Não tinha e não tenho a mesma "bala na agulha" dele.
Mas sua insistência venceu e lá se vão mais de cinco anos.
Se ele anda sumido é por conta de obrigações profissionais e pessoais que o impedem de participar mais ativamente neste momento. Um pássaro das alturas que é sempre chamado para o desafio de vôos cada vez mais amplos.
Portanto, não se iludam, o nome que aparece no banner aqui de cima é de um advogado, ambientalista, escritor, técnico, pscopedagogo, etc., com firmes posições ideológicas transdisciplinares. Para além dos lugares comuns.
Entrei no tema por um motivo especial: o Felipe faz aniversário hoje e as palavras são em homenagem a ele.
Pelo menos em uma coisa estou em posição superior (ou estava): idade. Hoje ele empata comigo. Faz 5.5. Em abril desempato.
Pensando bem, não sei se isso é uma vantagem. 
Bem, Felipe atinge hoje mais um ano de experiência de vida. E mais alguns fios de cabelos brancos. O que também não é tão mal. Sabemos que o belo sexo acha isso um charme a mais. Melhor então, Felipe!
Feliz aniversário, caro amigo.
Saúde & Paz, o resto você corre atrás.
Abraço deste blogueiro reserva que assume esta posição com orgulho.

29 de outubro de 2014

Como a Veja surrupiou oito pontos da Dilma em SP

Para mim algo entre cinco a dez pontos foram surrupiados de Dilma na reta final, por causa das armações midiáticas.
Não é novidade mas este ano como a distância não era grande quase que eles tiram a vitória de Dilma.
A Internet foi fundamental sobretudo na quinta, sexta e sábado para que não se concretizasse a vontade da Veja, Globo e cia.
Com a palavra a Polícia Federal, Ministério Público e Ministério da Justiça.

O jornal nacional conferiu veracidade ao que o eleitor tinha visto nas redes sociais
Por Paulo Henrique Amorim no Conversa Afiada

A situação da Dilma não era boa na cidade de São Paulo.

Mas, como observa o prefeito Haddad, o resultado não precisava ser tão ruim: poderia ser parecido com o de 2010.

E, como diziam a Vox e o DataCaf, ela, nacionalmente, poderia ter uma vantagem de um a três pontos percentuais a mais.

O que aconteceu ?

O que aconteceu na cidade de São Paulo reflete, em maior escala, talvez, o que pode ter acontecido pelo Brasil afora.

O ambiente político na cidade de São Paulo estava, em 2014, muito mais radicalizado.

Os blocos PT e PSDB se fecharam, digamos assim, em fortalezas muito mais “concretados”, impermeáveis.

Havia um grupo de oito a dez pontos percentuais que podia ir pra lá como prá cá.

Um grupo que não rejeitava os dois candidatos e não tinha se decidido.

Aí, pesavam contra a Dilma dois pontos: a “corrupção” e o temor de que ela fosse capaz de dar o salto na Economia.

Uma semana antes da eleição, porém, do debate da Record em diante, ela subiu, cresceu nesse grupo indeciso.

Porque ela pode ser mais programática e o eleitor desconfiou não do que o Aécio Never falava, mas do que não falava.

Quer dizer, do programa que não apresentava.

Ela pode ter conseguido, entre segunda e terça da semana da eleição, algo entre nove e dez pontos desse grupo.

Aí, saiu a Veja na quinta à noite, nas redes sociais.

Logo em seguida, o boato de que o doleiro tinha sido envenenado, que partiu de deputado da bancada de Beto Richa, na Assembleia do Paraná.

O impacto da Veja começou a ser relevante nas redes sociais.

E se consolidou com a matéria do jornal nacional.

De quinta a domingo, Dilma perdeu oito pontos em São Paulo.

Votos que não tinham ido para ele, e foram.

Foi um impacto brutal – oito pontos – não pelos oito pontos, em si.

Mas, porque eram oito pontos decisivos.

O eleitor da Dilma sabia das denúncias de corrupção, mas votava nela apesar disso.

Mas, os indecisos, não.

Aí, para esses, a denúncia de Veja se tornou realidade no jornal nacional e nas redes sociais.

A penetração pelas redes sociais não foi só dos setores médios e pra cima.

Mas, na Classe C e na base da pirâmide de renda também.

Mas, aí, há uma diferença.

A informação que o leitor recebe na rede social está na fase do “pode ser ou não ser”, porque não houve tempo ainda de ele formar aquele núcleo de sites em que confia.

O jornal nacional, não, o jornal nacional “oficializou a verdade”.

A desconfiança em relação à Globo é altíssima.

O eleitor sabe que a Globo tem lado – é contra a Dilma e o Lula.

Ele sabe de tudo isso.

Mas, isso não significa que o jornal não noticie algumas verdades.

E aquilo que ele viu nas redes sociais pareceu verdadeiro.

E, quando o jornal nacional mostrou, a reação foi: “eu sei que o Bonner é contra a Dilma, mas isso aí é verdade” – pensou a maioria absoluta dos indecisos na cidade de São Paulo.

O jornal nacional não tem credibilidade, mas a corrupção na Petrobrás e a seca em São Paulo – isso fato, é notícia, é verdade …

As redes sociais – aí incluídos os blogs – tiveram muita relevância em 2010, 2014 – é o que demonstra aaudiência record do Conversa Afiada – e vão ter mais ainda.

Por enquanto, além de noticiar, os blogs e as redes sociais tem o papel de confirmar o que o navegante já acha.

É uma câmara de eco, um espelho – está vendo ? eu sabia …

O blog é um reforço.

Mas, em 2014, em São Paulo, o blog operou num espaço muito apertado, porque o eleitor já se tinha definido e não queria ouvir o outro lado.

E os indecisos eram poucos.

Qual é a saída ?

Processar a Veja, como fez a Dilma, e os criminosos que operaram com ela, como demonstra o Globo, na Carta Capital.

Outra saída óbvia é tirar poder da Globo – e viva a Ley de Medios que a Dilma anunciou ontem (28/10).

E criar alternativa à Globo.

Na televisão e/ou nas redes sociais.

(Essas observações foram extraídas de longa conversa com quem trabalha com o eleitor de São Paulo há muito tempo.)

Rick Wakeman (Yes) no Brasil


Esses dias conversando com um amigo ele me contou de um conhecido que se aposentou e virou "caçador de shows".
Apaixonado por música e como sempre quis e nunca teve oportunidade - por diversos motivos - de assistir ao vivo seus ídolos musicais, estava agora na vida que pediu a Deus: percorrendo o Brasil e o exterior (já foi na Europa) sempre procurando onde estão aqueles artistas que sempre gostou.
Vi ali a minha história. Com a diferença que não me aposentei ainda e portanto ainda não comecei esta odisseia.
O fato é que mais uma vez não assistirei - também por motivos diversos - a um dos shows que sempre esperei: Rick Wakeman está no Brasil se apresentando em diversas cidades.
Pelo que li, está focando em suas três obras-primas que lançou nos anos 70: “The six wives of Henry VIII”, “Journey to the centre of the Earth” e “The myths and legends of king Arthur and the knights of the round table”. O destaque é para o segundo que está completando 40 anos de lançamento.
Aos 65 anos o lendário tecladista do YES continua em forma, desenvolvendo sua carreira solo monumental que deve ter uns 50 álbuns lançados.
Daqui a pouco começa sua apresentação no Teatro Bradesco no Rio que fica no Village Mall e eu não estarei lá.
Preciso me aposentar urgentemente!



Recado para o Merval


"Merval Pereira, por favor, tome um chazinho.

Passiflorina, camomila, jasmim…  Já nem sugiro um daqueles que o pessoal hippie tomava para ficar mais “paz e amor”…

Não fica bem a um acadêmico, quase um lorde, como você ter estes destemperos, que o levaram até a ganhar uns trancos de seus colegas de bancada na Globonews, no dia da apuração dos votos…

Modere-se, Merval, para não cair no ridículo…

Que dizer que uns protestos contra a  Globo é atacar a “imprensa profissional independente na figura da Rede Globo”?

Qual Rede Globo, aquela que manipulou criminosamente o debate de Lula e Collor, em 1989?

Aquela Rede Globo que, confessadamente, apoiou o golpe e a ditadura?

Ou a Globo que tem o jornal em que você, Merval, publicou a foto de Leonel Brizola com um presidente de associação de moradores de uma favela dizendo que era com um traficante? Você lembra, Merval, lembra do processo que você tomou por isso?

Ou a Globo que censurou durante anos o filme inglês  “Muito além do Cidadão Kane”, sobre o poder e os métodos do Dr. Roberto?

Você que é quase um jurisconsulto, uma espécie de ministro sem toga dos nossos altos tribunais, não tem uma palavra para a desobediência da ordem judicial feita pela Veja, usando todo tipo de trampa para recusar-se a dar o direito de resposta concedido pelo TSE por aquelas acusações sem prova?

Merval, talvez você não lembre, mas o único movimento golpista contra presidentes recém-eleitos no Brasil aconteceu contra JK, em 1955 e 56.

Sabe o que aconteceu?

Aconteceu que Juscelino é lembrado e admirado pelo povo brasileiro e  Jacareacanga e Aragarças são dois nomes que ninguém sabe o que são, Merval.

Então você, Merval, que pela vasta obra literária que produziu ganhou o direito de ser imortal, acalme-se.

Tome um chá, Merval, como sabiamente tomam os velhinhos do Petit Trianon.

Precisamos de você: daqui a quatro anos tem eleição de novo e como ficará o povo brasileiro sem a sua sabedoria para nos guiar?

Para o outro lado, é claro."

Por Fernando Brito no Tijolaço

Não compartilhar besteiras direitistas

Já vinha pensando sobre isso e havia decidido não compartilhar nada deste pessoal, mesmo com texto prévio fazendo a crítica e alertando as pessoas.
O melhor mesmo é deixá-los falando (ou xingando) sozinhos, ou apenas para o grupo milionário a que pertencem.
Ao compartilhar essas imbecilidades e impropérios contra parcela da população estamos fazendo o que eles querem: aparecer cada vez mais nos meios de comunicação.
Opinião
Contra o compartilhamento de besteiras direitistas 
Por por Hélio Sassen Paz, no Viomundo

"Minha única fala sobre o caso Lobão será esta.

Vocês nunca viram uma curtida, um comentário ou um compartilhamento meu sobre a fala dele.

Infelizmente, a esmagadora maioria das pessoas (muitas delas de esquerda) transformou a leitura dessa opinião infeliz sob todos os aspectos em propagação da fofoca, em Ibope.

E era isso tanto o que ele queria como aqueles que soltam fel a partir de sua voz.

Cada um sabe de si e todos possuem os seus critérios de pauta. Mas se a opinião de alguém que começou a trabalhar com Jornalismo, Publicidade e Comunicação Digital há 23 anos serve pra alguma coisa, deixo um recado:

— Se vocês que se dizem tão politizados, cultos e experientes (não conto aqui o pessoal que age como fã e nem tampouco os despolitizados que enxergam o mundo como uma mera relação entre causa e efeito sob a mesma lente míope da maioria neoliberal a qual se opõem) querem fazer militância séria, propositiva, esclarecedora e debatedora, recomendo não curtir, não compartilhar e não comentar esses posts.

Por que? Porque, exatamente ao contrário do que vocês pensam, vocês não estão disseminando conhecimento. Vocês não estão disseminando esclarecimento. Vocês não estão deixando claro de que lado da sociedade vocês estão.

No máximo, vocês têm feito com que os amigos e assinantes do feed de suas respectivas linhas de tempo (timelines do Facebook) e seguidores no Twitter reacionários pensem que vocês estão juntos. Eles compõem a maioria dos interagentes nas redes (ao contrário do que vocês imaginam) e compreendem que vocês estão endossando essa prática.

Pensem nos milhões de cliques que vocês estimulam e no dinheiro que cada clique ajuda a retroalimentar esse jornalismo marrom e essa inversão de valores acerca da relevância de uma pessoa ou de uma fala como essa para a sociedade.

Isso vale até mesmo para o jornalismo mais investigativo e mais humanista, que não pertence às grandes corporações: a esmagadora maioria das pessoas não lê a matéria inteira e não se dá o trabalho de escrever ou de gravar uma opinião reflexiva de contraponto.

Nesse aspecto, partindo do pressuposto de que a maioria de vocês considera baixo nível, futilidade e extrema ignorância a cultura de fã, absolutamente todos (a mídia dita “progressista” e o seu público) não fazem nada mais profundo do que imitar a dinâmica de Contigo, Minha Novela e Caras.

Às vezes, ainda fazem pior, pois, se reclamam que o outro lado espalha o medo, o golpe etc., essas pequenas “brincadeiras” nada mais são do que um efeito rebote que iguala a todos.

Sim, isto foi um pito. Afinal de contas, vocês ajudam a erguer várias múmias de seus sarcófagos, transformando-as em heroínas e disparando o alarme dos espertos departamentos de marketing das corporações midiáticas, que irão contratá-las e sustenta-las como operadoras do sistema capazes de conquistar o público jovem que não lê os operadores mais antigos.

Aliás, vamos combinar: ao invés de compartilhar quando esses operadores são calados por especialistas honestos dentro da própria programação da qual participam, dentro da casa deles, vocês se preocupam com a pessoa ou com a fala deles — como se esperassem ingenuamente que eles fossem mudar ou fazer algo diferente do discurso para o qual são pagos.

Vocês riem e ficam indignados com suas falas — o que é absolutamente justo. No entanto, lembrem-se de que também prestam-se a um triste papel de inocentes úteis, já que seus ouvintes, telespectadores e leitores os procuram porque pensam da mesma maneira.

Eles só fazem a cabeça de quem já pensa parecido.

Ao invés de deixá-los dentro de suas bolhas, vocês alimentam o monstro.

Apenas reflitam.

Grato."

Nós que agradecemos, Paulo Henrique Amorim


28 de outubro de 2014

Talvez na Itália o julgamento do "mensalão" seja desmascarado

Justiça italiana começa a desmascarar arbítrios da AP 470

Por Miguel do Rosário em O Cafezinho

"A mídia se aferrou somente ao argumento, por parte da defesa, da precariedade das prisões brasileiras, mas a sentença da Justiça Italiana que mandou soltar Henrique Pizzolato também afirma que não foi observado o direito de todo réu, conforme se exige de países signatários de acordos internacionais de direitos humanos, ao duplo grau de jurisdição.

Pizzolato era um cidadão comum, sem cargo político, então deveria ter sido julgado em primeira instância, e não num STF cheio de ministros acuados por um processo terrível de linchamento político.

Quando a Justiça italiana se debruçar sobre outras arbitrariedades, como a absoluta falta de provas para condenar Pizzolato, ou ainda, quando identificar que havia provas abundantes de sua inocência, teremos a desmoralização completa daquele que foi o capítulo mais vergonhoso da história do judiciário brasileiro: a Ação Penal 470.

E a culpa recai sobretudo na figura dos procuradores gerais, Antônio Fernando de Souza e Roberto Gurgel, e do ex-ministro Joaquim Barbosa, que acumulou um poder plenipotenciário no julgamento da Ação Penal 470: foi o juiz responsável pela investigação, pela relatoria, pelo julgamento, pela apreciação de recursos, pela determinação das penas, e, por fim, autonomeou-se carcereiro dos condenados.

Tornou-se, com isso, o ídolo dos coxinhas, o justiceiro, mas violou todas as tradições democráticas.

A Ação Penal 470 já está desmoralizada junto a todo jurista minimamente honesto.

Falta agora descontruí-la junto a uma opinião pública envenenada, enganada, por uma mídia sem escrúpulos, muito mais interessada em vingança política do que em jornalismo ou justiça.

O julgamento de Pizzolato na Itália talvez ajude neste sentido."

A paz que eu quero seguir

O amigo e leitor do blog Marcus Vinícius escreveu um excelente depoimento para as redes sociais que nós reproduzimos a seguir.
 
A paz que eu quero seguir
"Bem, meus amigos, já está na hora de computar o saldo de tudo o que se passou até aqui.. Quase dois dias depois de consumada a reeleição de Dilma, vale a pena fazer as considerações sobre a forma como eu vi o que se tornou a eleição, sobretudo nas redes. Vale a pena enumerar alguns pontos, que não podem ser deixados de lado.
Ao longo destes 4 anos, tenho ouvido vários coros contra a presidente eleita e reeleita. Não foram poucas as vezes que tive de deixar barato o “eu-odeio-esta-mulher” ou ainda “tem-que-ser-muito-burro-pra-votar-na-dilma” e outras coisas mais. As circunstâncias me fizeram silenciar e, honestamente, até me colocaram a estudar as razões que me levaram a votar em Dilma. Eu segurei a indignação e , no máximo, ponderava dizendo que, ainda que existissem erros no governo dela, retomar o passado tucano era o maior prejuízo na minha opinião.
O tempo passou e eu aqui continuo nesta linha. Não identifiquei na candidatura do Aécio a expressão da mudança. Muito menos vi nele a ruptura encarnada de tudo aquilo que o PSDB fez no passado. O que me leva a pontuar algo que para muitos seria a condenação da burrice eterna: enquanto houver do outro lado o PSDB, tendo eu vivido na era FH, tendo observado o que passava ao meu redor, tendo contabilizado o quanto de escândalo foi engavetado, e tantas outras coisas, enquanto houver do outro lado o PSDB, eu votarei contra o partido do Serra, Aécio, FH e cia. A não ser que por estas armadilhas democráticas, eu tenha que escolher entre um tucano e um ultra-conservador como o Bolsonaro, por exemplo. Aí seria o pior dos mundos, mas mesmo assim não me posicionaria a favor deste último.
Pois bem, a paz que tanto pregam aqui e em outros campos, faz todo o sentido. Aqui cabe uma auto-crítica que tenta amenizar, explicar, talvez justificar a minha série de desabafos, dada a apuração como encerrada.
Não é fácil ser chamado de burro ao longo de quatro anos, não é tão simples ter seu direito de escolha como alvo de piadas. A paz que agora se torna claramente necessária, poderia ter sido semeada ao longo dos 4 anos de Dilma. Sem criticá-la ? Obviamente que não. Críticas são críticas, visões são visões. Cada um com sua abordagem. Mas repetir ofensas pessoais a Dilma ou a qualquer presidente em exercício, diminuir quem vota neste ou naquele partido não representam no meu ponto de vista a construção da paz.
Portanto, os que fizeram a opção por Dilma, vencedores de agora, podem perder amanhã. E o que eu desejo pra mim e para os meus amigos e adversários políticos é que mantenhamos o compromisso na busca da verdade e no entendimento que o voto, muito embora seja “procedimentado” como um simples apertar de botões, envolve valores, preferências pessoais, conhecimentos prévios e tantas outras variáveis. Só se vota errado, quando se vota contra a própria vontade, contra aquilo em que se crê.
Se a trégua, a paz, e tudo o que se pede agora virou uma espécie de necessidade e vontade de tantos, eu vou apelar pro Yuka e dizer que eu quero uma paz, mas não é qualquer uma. É a paz com VOZ porque paz sem voz, não é paz, é medo.

Pra finalizar, reitero o meu pedido de respeito às minhas escolhas. Assim como preciso respeitar àqueles que não me agradam.
Existem muitas razões, motivos e lições por trás do meu voto e do meu posicionamento político. Estou disposto a revê-los quase sempre, o que não significa um comportamento camaleônico, mas que simboliza para mim uma porta aberta ao mundo e às transformações sociais que se passam ano a ano. A partir da minha observação, da minha reflexão, passo a caminhar tão firme como antes ou comprometido a me reposicionar sobre este ou aquele assunto.
O meu compromisso me põe a crer que pra quem quer entender o que é a vida, e caminha em direção a isso, a luta nunca chega ao fim. Perdendo ou ganhando, há um recado da alma que urge: É preciso força pra caminhar, pra estar de pé, independente de ter ou não o sol pra abrilhantar a estrada porque se passa.
Ontem, hoje e sempre, a luta não para.
A vida continua."

Os grandes micos da eleição

Comentei em um post que durante o período das eleições nem sempre tínhamos tempo disponível para abordar temas que achávamos importantes no que se refere à informações e esclarecimentos.
A estratégia que usámos então era recorrer a excelentes blogs (alguns indicados aqui à direita) para ver se eles já tinham falado no assunto.
Se positivo era só copiar e colar, indicando a fonte. Se negativo, procurámos arranjar um tempo para escrever, muitas vezes de madrugada.
O último texto mais longo que escrevi foi postado no domingo, logo após sair o resultado do pleito. Ali fazia algumas considerações sobre os que mais perderam e os que mais ganharam nas eleições.
Dentre os temas que nem haviam passado pela minha cabeça é este: nomear os maiores "micos" das eleições e achei muito legal quando li o artigo do Rodrigo Vianna.
Coincidentemente, alguns dos citados estão na minha lista dos que mais perderam, mas aqui mostrados de forma diferente, com o ótimo estilo do 'escrevinhador'.
Então vamos lá, ver esses 'micos'.


Lobão, Marina, Sensus, Aécio, Veja e Globo: os grandes micos da eleição
Por Rodrigo Vianna

"Passada a eleição, é  hora de selecionar os grandes “micos” dessa campanha eleitoral que mobilizou ódio e preconceito – por fim, derrotados na urna.

Faço aqui uma breve lista, mas gostaria que os internautas ajudassem a completá-la.

1) Marina Silva
Ganhou, disparado, o grande troféu de mico eleitoral. Sorriu sobre o caixão de Eduardo Campos em agosto. Depois, terceirizou sua campanha ao Itaú, enquanto se apresentava como “terceira via”… No fim, desmontada pelos fatos, soltou os cabelos numa cerimônia constrangedora de adesão a Aécio Neves.

Marina destruiu dois partidos (PSB e Rede), e avacalhou sua própria história.

Derreteu quando fugiu do debate com Dilma no primeiro turno. Raivosa, apoiou Aécio no segundo turno.

Ao lado do tucano, perdeu a eleição e a pose.

2) Sensus e Istoé
Quando todas as pesquisas, na reta final, já davam Dilma em primeiro lugar, o instituto Sensus produziu estranhíssimos levantamentos que indicavam Aécio até 15 pontos na frente. É, nitidamente, caso para investigação policial. A revista “Istoé” arrastou-se na lama publicando as pesquisas aecistas.

Mas pior foi ver o Estatístico que dirige o instituto afirmar: “rasgo o meu diploma se a pesquisa estiver errada”. Aguarda-se agora que ele cumpra a promessa de campanha.

3) Lobão e Mainardi
O roqueiro prometeu ir embora do Brasil se Dilma ganhasse.

Mais um que faz promessas só para iludir o povo. Diante da derrota, o ex-roqueiro declarou que voltava atrás – frustrando milhões de brasileiros que já se cotizavam para pagar o bilhete aéreo do rapaz.

Lobão recebeu, na última hora, a companhia do moço que trabalhava na “Veja” e fugiu para Veneza. Diogo Mainardi prometeu que se jogaria pela janela se Dilma vencesse. Até agora, não cumpriu a promessa.

4) “Veja” e a classe média paulista
A revista da marginal lançou-se com fúria infantil na campanha. Às portas da falência, apostou tudo na eleição de Aécio Neves – produzindo uma capa que atendia aos interesses tucanos.

A capa virou panfleto nas mãos da furiosa classe média paulista – que na tarde de sábado (25/outubro) distribuía o material em uma desesperada passeata na avenida Paulista.

A mesma classe média espalhou boatos de que o doleiro Youssef (principal “fonte” da revista) teria sido “envenenado pelo PT”. Era mentira.

“Veja” e a classe média conservadora acabaram por se afogar no próprio ódio.

A revista da marginal pagou o mico de publicar um direito de resposta do PT em seu sítio eletrônico – por ordem do TSE.

Já a classe média conservadora pagou o mico de terminar a eleição espalhando mensagens preconceituosas pelas redes sociais – contra o Nordeste.

Detalhe: a derrota de Aécio não se deu no Nordeste. Mas no Rio e em Minas.

5) A viúva de Pernambuco
A família de Eduardo Campos mergulhou na campanha de Marina (e, depois, de Aécio) de forma abrupta. Filhos e viúva foram os primeiros a desrespeitar o luto.

Pagaram o mico duplo: usaram o cadáver na campanha, o que não impediu uma derrota humilhante no segundo turno.

Entre a exploração mórbida da memória de Eduardo e o reconhecimento ao ex-presidente Lula, o povo pernambucano ficou com o segundo.

6) “O povo não é bobo…”
A Globo de Ali Kamel iniciou o segundo turno descarregando o escândalo da Petrobras sobre Dilma. A família Marinho imaginava que ali decidiria a eleição. Mas Dilma resistiu – bravamente.

A capa da “Veja”, na véspera do segundo turno, mostrou uma Globo já mais vacilante.

Na sexta-feira (24/outubro), Ali Kamel fugiu do assunto – temendo que Dilma desmascarasse a Globo no debate  ao vivo que aconteceria naquela noite. E Dilma mandou mesmo recado no debate, quando abriu sua resposta sobre a revista com a frase: “o povo não é bobo…”.

No sábado antes da eleição, a Globo entrou no assunto – de forma covarde. Dilma já não teria como responder. Mas o JN não teve o mesmo ímpeto de outras eleições. Mostrou-se fraco.

Quando Dilma fazia o discurso da vitória no domingo, com transmissão ao vivo, a platéia interrompeu: “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”.

Dilma manteve um meio sorriso no rosto. O áudio vazou no ar, inclusive na Globo.

Mais um mico para a coleção de Ali Kamel (diretor de Jornalismo da emissora) – que se dedica a processar blogueiros, enquanto vê a audiência da TV despencar.

7) “Vamos conversar? Não, obrigado…”
Aécio foi um candidato competitivo. Agressivo demais em alguns momentos.

Mas mostrou coragem, ao defender o legado de FHC, e ao reconhecer a vitória de Dilma de maneira republicana e tranquila.

Mas, do ponto de vista visual, o grande mico da eleição foi a foto que abre esse  texto.

Aécio iniciou a campanha com o mote “vamos conversar”. Os ricos e remediados toparam falar com ele. E votaram nele.

Mas Aécio jamais conseguiu chegar aos pobres. Na visita a uma comunidade em BH, um morador recolheu a mão quando o candidato estendeu a dele para o cumprimento.

Mico registrado para a posteridade.

Mico tão grande quanto perder a eleição em Minas – onde ele esperava uma vitória “consagradora”."

Fonte: Portal Forum / Escrevinhador

Mapa do Brasil com divisão de votos por região: a verdade

Muito bom e esclarecedor o trabalho gráfico do mestrando em história econômica Thomas Conti, bem como sua entrevista ao R7. 
Ele considera a proporção de votos no estado e não apenas quem obteve o maior número (às vezes por margem estreita).
A conclusão é que não existe esta história de divisão entre "dois Brasis" (o azul e o vermelho) que tanto foi comentado nas redes sociais como combustível de ódio. 
O resultado é um Brasil com pouquíssimos (ou nenhum) contrastes de votos.


Após onda separatista, mapa de pesquisador viraliza na Internet ao indicar que País não está dividido entre PT e PSDB

Por Alvaro Magalhães, do R7

"O Brasil não é um País dividido entre Estados petistas e Estados tucanos, mas um território em que eleitores de ambos os partidos convivem em todas as regiões. É isso que mostra o mapa do desempenho eleitoral de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) feito por Thomas Conti, 24 anos, pesquisador de história econômica pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Após receber, via redes sociais, uma série de manifestações preconceituosas, baseadas nos gráficos que mostram a divisão do País considerando apenas o partido vencedor em cada Estado, Conti decidiu fazer e compartilhar um mapa que revelasse a proporção dos votos em cada região.

O resultado é surpreendente. Minas Gerais, por exemplo, onde Dilma obteve pequena vantagem, não aparece mais em vermelho puro; enquanto Goiás, onde Aécio teve também vitória estreita, não aparece em azul puro. Ambos os Estados, onde o eleitorado ficou bastante dividido, pendendo apenas ligeiramente para um ou outro candidato, aparecem quase no mesmo tom de roxo.

O mapa de Conti viralizou tanto pelo Twitter como pelo Facebook. E seu blog recebeu tantas visitas que o servidor caiu.

Confira abaixo, a entrevista concedida pelo pesquisador ao R7:

R7 — Como surgiu a ideia de fazer o mapa?

Thomas Conti — A ideia surgiu como reação à quantidade enorme de declarações com discurso de ódio no Facebook e no Twitter na noite de ontem. Imaginei que muitas pessoas que propagavam isso estivessem desinformadas. Com isso, resolvi montar um gráfico que refletisse em cores com precisão o resultado das urnas.

R7 — Por que o mapa que você desenvolveu representa melhor o resultado eleitoral do que os gráficos feitos apenas em vermelho e azul?

Conti — Porque o Brasil não possui um sistema como o americano, de voto distrital, onde a maioria de votos garante todos os votos de um colegiado. Aqui ganha quem tem mais votos em números absolutos. E a realidade é que dezenas de milhões de pessoas votaram contra Dilma no Nordeste e dezenas de milhões votaram contra Aécio no Sudeste. Pintar de duas cores chapadas cria falsos estereótipos que não condizem com as urnas.

R7 — Por meio de que redes sociais você recebeu as mensagens preconceituosas que o motivaram?

Conti — Facebook e Twitter, principalmente. Ouvi dizer que as piores mensagens estavam no WhatsApp, mas tive sorte e não recebi nenhuma. Depois que meu mapa viralizou, comecei a receber xingamentos nos comentários e por mensagem particular, também. Acontece. Foi contra esse tipo de pensamento que trabalhei, então fico feliz de saber que preconceituosos ficaram incomodados com a realidade.

R7 — Que tipo de ameaças sofreu?

Conti — Ameaças físicas, xingamentos, etc. Nada que quem participa do debate público da internet não esteja acostumado.

R7 — Esperava a repercussão? Já havia postado algo com tamanha repercussão?

Conti — Não esperava uma repercussão como essa. Achava que no máximo amigos próximos compartilhariam, mas não mais que isso. Repercussão como essa? Nunca! Um post do meu blog já teve 2 mil “compartilhar” e eu achei muito. E não é nem um décimo dessa de hoje!

R7 — Você consegue identificar a partir de quando o mapa se tornou viral?

Conti — Acompanhei de perto ontem e foi no boca a boca mesmo! Em menos de uma hora já tinha mais de 100 “compartilhar” sem ter alcançado nenhum grande portal, e a partir daí cresceu ainda mais rápido. Como era de madrugada, só hoje diversos sites maiores começaram a ajudar na divulgação.

R7 — Como, tecnicamente, você fez o mapa?

Conti — Usei um recurso do Excel [programa de planilhas] que permite colorir automaticamente tabelas conforme uma escala de cores, basta fornecer as cores do mínimo e máximo. Usando o mesmo vermelho e o mesmo azul para os dois gráficos, o programa preencheu as cores intermediárias e resultou na tabela da direita. Depois foi só usar um editor de imagens comum para colorir cada Estado conforme a tabela, usando a ferramenta do conta-gotas.

Ao final da entrevista, Conti questionou a reportagem se poderia deixar uma mensagem. Segue abaixo:

“Nosso País tem menos de 30 anos de democracia sem ser interrompido por uma ditadura militar. É fundamental que continuemos a conscientização democrática a todo momento, não apenas no período eleitoral. Nesse novo Brasil democrático não há espaço para discursos de ódio: quanto antes conseguirmos superá-los, melhor para o País!”"

27 de outubro de 2014

Vitória da classe trabalhadora!

"Amigos e companheiras,

O blogueiro desperta com uma ressaca estranha.

Uma ressaca de alívio.

Testemunhamos, ontem, o final de uma batalha épica, que marcará a história do Brasil e do mundo por décadas, quiçá por séculos.

A esquerda ganhou contra tudo e contra todos.

Bolsa, mídia, ricos, os estados mais ricos, perderam.

O povo mais humilde arrostou o retrocesso na simplicidade de sua intuição superior.

No sábado, eu fui resolver uma coisa em Ipanema.

Na entrada do metrô, encontrei um amigo distribuindo a edição especial do jornal Brasil de Fato, sobre as eleições.

Cumprimentei-o, peguei um exemplar, que já tinha lido, pensando em deixá-lo em algum banco vazio, o que fiz ao chegar na área de embarque.

Um grupo de quatro trabalhadores conversava em pé à minha frente. Eles então vieram na minha direção e viram o jornal largado no banco.

Sentaram-se. Um deles, pegou o jornal e fez alguns comentários sobre as eleições.

- Acho que a Dilma vai ganhar. Esse Aécio, só rico, bacana, vota nele.

Os outros fizeram comentários similares.

E leram, interessados, o jornal.

Tiro várias lições desse episódio.

A primeira, é que o povo brasileiro quer ser melhor informado.

A segunda, é que a sua consciência política avançou mais um pouco nessas eleições.

Neste segundo mandato, Dilma tem obrigação moral de combater a miséria da informação.

A informação é um direito humano que tem sido negado ao povo brasileiro.

E quando falo povo, refiro-me também à classe média, vítima histórica da manipulação da mídia.

É ridículo que a classe média brasileira se identifique com as elites do país.

A classe média deveria se identificar com seus iguais, a classe trabalhadora, porque ela também é uma classe trabalhadora.

O sujeito ganha dez mil reais por mês e acha que, por isso, não mais faz parte do povo?

Ora, a elite financeira ganha milhões por mês, possui centenas de imóveis.

A elite brasileira é a mais rica e poderosa do mundo.

Enfim, sabemos que, vencida as eleições, outra guerra se inicia agora.

A guerra para montagem de um novo ministério, que deverá expressar o desejo de mudança do povo.

O governo também precisa sinalizar que irá combater a desinformação, de maneira democrática, estimulando a diversidade e a pluralidade.

É preciso redistribuir as verbas que vão para Veja, Globo e Folha, criando programas republicanos que estimulem a criação de mídias com opiniões diferentes.

Isso não é intervir no conteúdo. É a orientação democrática que a União Europeia determina para a política de comunicação de todos os seus membros.

Não é mais possível que um país como o Brasil tenha apenas canais de TV e jornais da direita.

É óbvio que isso está errado. E apenas gera instabilidade.

As agências de publicidade que tem conta no governo deverão apresentar propostas de distribuir todas as suas contas, incluindo as privadas, para meios diferentes de informação. Caso contrário, não terão contratos com o Estado.

O governo deveria criar um sistema randômico, para distribuir a publicidade para todo site cadastrado.

Dilma quer fazer a reforma política, através de um plebiscito.

Para fazê-lo enfrentará mais uma guerra midiática.

Espero que ela tenha aprendido a lição.

O campo popular sempre estará a seu lado, para as grandes causas.

Mas não estará se ela ceder aos barões da mídia.

É findo o tempo de omeletes no programa de Ana Maria Braga.

É findo o tempo de convescotes na Folha de São Paulo.

A nova Dilma tem de ser a Dilma do povo.

Milhões, ou melhor, bilhões de trabalhadores, do mundo inteiro, voltam-se para o nosso país com olhos cheios de esperança.

A vitória de Dilma é uma vitória da classe trabalhadora do mundo inteiro."


Por Miguel do Rosário em O Cafezinho

Humor pós-eleitoral: Aécio e Miami

É piada (do Piauí Herald), mas tem verdade nisso.
Vejam o que deu no Viomundo:
"E não é que Aécio Neves teve sua maior vitória sobre Dilma Rousseff justamente…em Miami?
Segundo o comentarista FrancoAtirador, ele teve 91,79% dos votos de lá.
Dilma ficou com apenas 8,21%."

Em complemento, da série "não tem preço":
E ainda:
"A plateia do discurso da vitória entrou ao vivo no jn com o brasileiríssimo “o povo não é bobo”.
Na mesma celebração, William Bonner foi homenageado, também."
 

Diogo Mainardi: "Nordeste sempre foi bovino"

Taí o pensamento deste jornalista da GloboNews.

"O Nordeste sempre foi bovino" from Luiz Carlos Azenha on Vimeo.

O discurso de Dilma Rousseff após ser reeleita Presidente do Brasil (completo)


É hora de comprar Brasil!

Raras vezes, na história da humanidade, um país se deixou cegar tanto pelo ódio político, pela intolerância e pela mentira, sendo tão vilipendiado por sua própria elite. Agora, que as eleições acabaram, relembre: o Brasil é exemplo global no combate à fome, tem a menor taxa de desemprego de sua história, uma nova classe média pujante, que adensa um dos maiores mercados de consumo de massa do mundo, e uma presidente revigorada pela vitória nas urnas; além disso, está prestes a se tornar um dos grandes produtores globais de petróleo, não há descontrole inflacionário e os ajustes necessários na economia são bem menos severos do que se apregoa; por último, mas não menos importante, o Brasil NÃO é bolivariano!; um bom Dilma a todos.

Artigo de Leonardo Attuch

"O Brasil amanhece, nesta segunda-feira, não muito diferente do que foi nos últimos dias, semanas e anos de governo Dilma – uma aposta renovada pelo eleitor brasileiro para os próximos quatro anos. O desemprego continua a ser um dos mais baixos da história, a inflação não está fora de controle e transformações estruturais, como o avanço na exploração do pré-sal, continuam em curso.

No entanto, raras vezes, na história da humanidade, um país foi tão vilipendiado e rebaixado por sua própria elite. Como jamais se viu, uma sociedade se permitiu cegar pelo ódio político, pela intolerância e pela mentira. Para citar apenas um caso, o dirigente de uma consultoria financeira lançou um livro intitulado "O Fim do Brasil", profecia que se realizaria em caso de reeleição da presidente Dilma. A julgar por seu catastrofismo, que foi levado a sério por alguns agentes do mercado financeiro, esta segunda-feira seria o "dia em que a terra parou", como diria Raul Seixas.

No entanto, basta abrir os olhos – sim, abrir os olhos, após a cegueira e a histeria das últimas semanas – para enxergar uma realidade bem diferente. O Brasil fechará o ano com a inflação dentro dos limites da meta pelo décimo ano consecutivo, com uma dívida interna estável, embora a situação fiscal seja menos confortável do que no passado, e com uma população que volta a confiar no futuro – este, um dos dados mais importantes das últimas pesquisas. Quando as pessoas acreditam que irão manter seus empregos e seu poder de compra, o motor do consumo e do crédito se mantém ligado e a pleno vapor.

Se há a necessidade de ajustes na economia, eles já são reconhecidos pelas autoridades, em Brasília. Especialmente em alguns setores, como o do etanol, que foi prejudicado pela contenção dos preços dos combustíveis e será beneficiado com a volta da Cide – um importo que tornará o álcool mais competitivo na bomba. A boa notícia é que os ajustes necessários são bem menos severos do que se apregoa – 2015, ao contrário do que muitos imaginam, não será o ano da catástrofe anunciada.

Passadas as eleições, é também a hora de superar antagonismos, divisões e retomar o diálogo. Em vez de enxergar o copo meio vazio, é hora de encarar a metade cheia, repleta de avanços. O Brasil é hoje reconhecido pelas Nações Unidas como exemplo global no combate à fome e às desigualdades sociais. É também um país montado num caminhão de reservas internacionais, capazes de amortecer qualquer crise internacional. E que, com sua nova classe média, possui um dos maiores mercados de consumo do mundo, que irá continuar recebendo investimentos por muitos e muitos anos.

Se isso não bastasse, o pré-sal, de onde se extraem mais de 500 mil barris de petróleo/dia, já não é mais uma promessa. É realidade concreta e palpável. Aliás, se o Brasil foi rebaixado e vilipendiado por sua elite, que daqui extrai suas fortunas, o que dizer, então, da Petrobras? Relatórios das agências internacionais de energia, feitos por quem realmente entende do setor, a apontam como uma das empresas de maior crescimento projetado para os próximos anos. Depois dos investimentos, virá a colheita. E o Brasil, que viveu agudas crises no balanço de pagamentos no passado, em razão de sua dependência energética, tem tudo para se transformar num dos grandes exportadores globais de petróleo – como já é no setor de alimentos.

Dilma venceu as eleições porque, em algum momento, os eleitores – e não apenas os supostamente mal-informados, como diria FHC – se deram conta de que a propaganda negativa não correspondia à realidade. Será mesmo que o Brasil dos novos aeroportos, das usinas do Rio Madeira e da hidrelétrica de Belo Monte é mesmo "um cemitério de obras inacabadas"? Aliás, o que aconteceu com o apagão elétrico previsto no início de 2014? E a Copa do Mundo? Por onde andam os arautos do #naovaitercopa? Se tiverem bom senso, depois de o Brasil ter realizado a melhor de todas as Copas – fato que, infelizmente, ficou ausente da campanha eleitoral – não farão o mesmo discurso terrorista em 2016, ano dos Jogos Olímpicos.

O Brasil que emerge dessas eleições também tem uma possibilidade única de enfrentar a corrupção. Depois de tantos escândalos, todos eles associados ao financiamento privado de campanhas políticas, o País se vê diante da oportunidade histórica de aprovar a reforma política, tornando as disputas eleitorais menos dependentes do poder econômico. E a presidente Dilma, sem uma reeleição pela frente, e reconhecida como honesta por seus próprios adversários, é a pessoa ideal para levar esse desafio adiante. "Estou pronta a responder a essa convocação. Sei do poder que cada presidente tem de liderar as grandes causas populares. E eu o farei", disse ela ontem, em seu discurso da vitória. Um discurso preciso – e de arrepiar.

Por último, mas não menos importante, há que se dizer com todas as letras. Apesar de toda a histeria e toda a estridência dos nossos neoconservadores, o Brasil não é bolivariano. Aliás, o próprio PT é um partido que, há muitos anos, fez um escolha. Optou pelo caminho democrático – e não revolucionário. O Brasil é um país capitalista, que respeita a propriedade e os contratos, e que, neste caminho, promove a inclusão social. Aliás, a aposta na radicalização interessa apenas a pequenos grupelhos, que se alimentam do discurso do ódio. A estes, basta dizer que Miami é logo ali. À verdadeira elite brasileira, comprometida com o País, o que importa é seguir adiante, com mais igualdade e liberdade.

Como diria Eduardo Campos, não vamos desistir do Brasil. Até porque, depois de tantas mentiras e ataques, o Brasil ficou barato. É hora de comprar Brasil!"

* Leonardo Attuch é fundador e editor-responsável pelo 247

Vitória! "Minha filosofia é cantar os meus versos com simplicidade"

26 de outubro de 2014

Opinião do Blog: quem ganhou e quem perdeu nas eleições e algumas breves palavras sobre o pleito


Uma análise amadora deste blog. 
Logo de início lembrando que, apesar da diferença no geral não ser muito alta, na prática Dilma ganhou em quase todo o Brasil. Aécio conseguiu a votação que conseguiu graças sobretudo a São Paulo, maior colégio eleitoral do país, e um pouco ao Sul, região mais rica e conservadora.
Enfatizando que Aécio mais uma vez perdeu em sua base, Minas, que governou por oito anos. Sintomático.

Quem ganhou:
1 - O povo de forma geral. Em diversos níveis. Sobretudo na superação do cerco midiático contra a candidatura Dilma. Souberam discenir que a vida melhorou em relação ao governo do PSDB. E deram voto de confiança que vai continuar melhorando, contra o retrocesso representado pelas práticas do candidato da situação midiática. Destaque para os trabalhadores que não perderam seus empregos e para os jovens que poderão almejar um bom trabalho, inclusive com a manutenção dos concursos públicos (o estado mínimo do PSDB não admite isso).

2 - Os partidos mais à esquerda e os movimentos e instituições populares não governamentais que talvez pela primeira vez se uniram, superando divergências, em apoio à Dilma, contra a candidatura de Direita. Com certeza terão papel importante na formulação de políticas públicas no segundo mandato de Dilma.

3- Alguns nomes de oposição mais à esquerda que não só declaram seu voto em Dilma, como trabalharam para ela no segundo turno. Destacaria dois componentes do PSOL carioca que no futuro poderão ter papel primordial na continuidade das propostas sociais do PT: o Deputado Estadual Marcelo Freixo e o Deputado Federal Jean Willis.

4 - Obviamente Dilma, Lula e o PT. Depois de 12 anos de "desconstrução" contínua pela mídia representada pela Veja, Época, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Rede Globo, etc., que vieram construindo - direta e indiretamente - o "ódio ao PT", é quase um milagre que tenham conseguido furar o bloqueio e mostrar a verdade para a maioria dos eleitores. Ajudou o programa eleitoral da Dilma que mostrou as realizações de quatro anos que nunca apareceram na TV e que muita gente nem tinha ideia. A maioria dos eleitores percebeu também as armações por trás de boa parte das denúncias de corrupção e estranhou também que nunca tenha ocorrido absolutamente nada de anormal nos oito anos FHC. Em outras palavras, como diz Dilma, casos de corrupção que venham à tona é uma vitória de um governo que “não varre nada para debaixo do tapete”, ao contrário dos governos tucanos estaduais e federais (como o lendário "engavetador geral da república").

Quem perdeu:
1 - De cara, a grande mídia manipuladora (citada acima). Não se conformam que nos últimos anos vem perdendo continuamente o seu poder de controlar corações e mentes. Por trás disso a questão da detenção do poder, do dinheiro, do status da elite contra a ascensão das camadas antes na base da pirâmide. Seu maior medo é a criação por Dilma e pelo Congresso de um marco regulatório da atuação das empresas de comunicação, como existe na maioria dos países civilizados. É que isso diminuiria ainda mais o seu poder de manipular as informações, criaria o direito de resposta do cidadão que se sentisse atingido por infâmias e distorções.

2 - Os partidos de Direita de forma geral. Depois do quase desaparecimento do DEMo, agora é o PSDB que corre o risco de virar nanico. De grande, só sobrou São Paulo (com trocadilho, please) de seu antigo império.

4 - Os perigosos fundamentalistas que aderiram a Aécio deste sempre. Incluem-se neste caso os neopentecostais eleitos e não eleitos, a bancada policialesca ‘da bala’, os ultra-direitistas que são contra os avanços sociais de igualdade de direitos, etc. Teriam vida mais fácil com Aécio pois são contra transformar homofobia em crime, contra a criação de uma rede de proteção à mulher obrigada a abortar, contra a união de pessoas do mesmo sexo, a favor de repressão policialesca mais dura, intolerância contra quem pensa diferente, etc.

5 - Marina Silva, a Rede e o PSB. Três nomes que antes eram ligados aos avanços sociais jogaram a própria biografia na lata do lixo ao aderirem de forma oportuna à candidatura conservadora de Aécio. Marina conseguiu o feito de em uma tacada só dividir o partido Rede que estava se organizando e quase destruir o histórico PSB, que vai ter que renascer das cinzas para sobreviver. Salvou-se o ex-presidente do partido, Roberto Amaral, que deixou a presidência para apoiar Dilma mantendo a coerência das ideias do partido que ajudou a criar. Nesta mesma linha parabéns ao Bresser-Pereira, um dos fundadores do PSDB que declarou apoio à Dilma alegando que seu ex-partido traiu os ideais da social-democracia.

Agora cabe a Dilma trabalhar para tapar as feridas abertas por esta disputa extrema. Falo isso em nome da governabilidade a partir do 2015 e contra possíveis tentativas dos que perderam de criar um “terceiro turno” no congresso e no “tapetão” jurídico.

Comemorar neste momento mas pensar na continuidade buscando uma união nacional uma vez que, se o Brasil já era dividido antes dessas eleições, as fronteiras ficaram mais nítidas agora.

Aos eleitores de um lado e outro também tirar lições importantes desta luta dos últimos meses. O Brasil cada vez mais tem de ser um país de todos, sem ódios ou ressentimentos. Só a união nos impulsionará para frente.

Ao final de tudo a democracia tem de sempre falar mais alto, para o bem de todos os brasileiros e brasileiras.

E o nosso blog se orgulha de ter participado ativamente desse processo de esclarecimento, atingindo piques de dois mil acessos diários. A todos agradecemos a audiência, independente de que lado estavam. A nosso ver cumprimos nossa obrigação em nosso humilde espaço. Foram mais de 120 dias de luta.

No final, valeu! Coração valente feliz e aliviado por todos os brasileiros.

E vamos em frente que 2018 é logo ali!