14 de fevereiro de 2015

Eu quero dizer o seguinte...

(...) "Não temos como escapar de um eventual pessimismo, diante da nova ofensiva midiática, conjugada à apatia do governo.

Quem sofre, naturalmente, é o trabalhador, preso em meio a uma crise que paralisa a atividade econômica.

Lembro-me que, certa feita, li um desses caricatos conservadores de jornal escrever: “A França, como a Inglaterra, teria se modernizado sem a maldita revolução”.

Maldita revolução…

É muito curioso alguém pretender julgar a história.

Mais curioso ainda, depois de tantos séculos, odiar a revolução francesa.

Como se os fatos históricos não fossem todos encadeados, como se a revolução francesa fosse um livro que não deveria ter sido escrito.

Um dia, num futuro distante, algum historiador poderá catalogar o período histórico que vai dos anos 50 aos dias de hoje, como uma sucessão ininterrupta de golpes políticos articulados com auxílio da mídia.

Talvez possamos, desde já, chamar esse período, iniciado em 1954, com o suicídio de Vargas, até 2015, quando se articula um segundo golpe, muitas vezes mais sofisticado, como aera da mídia”.

Livros serão escritos, num ambiente já mais tranquilo, estável, sobre décadas e décadas de histeria midiática e técnicas de tortura semiótica aplicadas à política.

O poder da nossa mídia para torturar, destruir e humilhar é extraordinário. É a única coisa que explica o suicídio de Vargas e o golpe de 64.

A última eleição de Dilma foi, por isso mesmo, um verdadeiro milagre, só explicável pela comunicação produzida na campanha.

Não me refiro apenas à propaganda eleitoral da TV, mas ao contato direto entre Dilma e o povo, através dos comícios e dos encontros.

Mas não vou mais falar de comunicação, porque isso já encheu o saco. Hora de virar o disco.

Encerro com uma notícia que, acho eu, nunca contei por aqui.

Vocês sabiam que a indústria do cinema e audiovisual nos EUA é altamente sindicalizada? Isso desde a década de 20, ao menos.

Claro que vocês nunca verão isso no Globo Repórter…"

Por Miguel do Rosário em O Cafezinho 


P.S.: As ilustrações foram inseridas neste blog.

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