19 de janeiro de 2013

William Ackerman

William Ackerman é um grande sujeito. Nasceu na Alemanha e se mudou ainda jovem para os EUA. Fez curso regular na Stanford University e depois foi ser... carpinteiro!
Aprendeu sozinho a tocar violão de uma forma única. Seus amigos ficavam encantados ao ouvi-lo e resolveram juntar US$ 300 para que ele gravasse um disco. Isso em fins dos anos 1970.
Críticos descobriram  a gravação e viram que ali estava sendo criado algo novo, diferente ao som do violão de cordas de aço.
O sucesso para um público seleto o fez criar uma gravadora para fazer seus lançamentos e apresentar outros músicos que, como ele, faziam um som especial.
Nascia aí a platinada Windham Hill Records que depois de dezenas de lançamentos foi vendida para uma major em 1992.
De lá pra cá Will edita regularmente seus CDs para um público fiel.
Sua música e o som que consolidou na Windham Hill são um dos pilares da New Age Music baseada em elementos impressionistas e minimalistas. Música para a alma feita apenas com um violão e eventualmente com alguns outros instrumentos complementares.

Não é música para balada. Mas serve como trilha sonora para contemplação da natureza, como fundo musical de uma boa leitura ou apenas para um pouco de paz interior, curtindo bons momentos que não sejam agitados.
Ackerman tem hoje 63 anos.




5 comentários:

Ana Lucia disse...

Bom dia Marcos! Você e o Luiz Felipe avisaram que diminuiriam as postagens no verão mas eu sempre dou uma olhada para ver se tem algo novo ou para ler ou ouvir coisas antigas.
Hoje sábado não acordei muito bem, com uma ansiedade e tristeza desagradaveis e me deparei com essas músicas lindas do William Ackerman que parecem me dizer tantas coisas embora não tenha letras. Estou me sentindo melhor graças a isso e agradeço a sua sensibilidade e ao seu conhecimento musical, quase uma terapia sem palavras. Obrigada e que Deus abençoe. Mesmo não te conhecendo pessoalmente tem pessoas que nos fazem um bem enorme, igual a ti.
Obrigada. Beijos.

Anônimo disse...

September 1, 2012
I've Been Blessed

It was an exercise in humility being a guitarist at Windham Hill. I was surrounded by Alex de Grassi and Michael Hedges, for God’s sake!

I had to look at what I had, which was melody, and be at peace with that and work with what had been given me. Ego could have stepped in and forced me into a life of futile servitude in chasing these titans in their respective geniuses. Thankfully, I was grateful for what I had.

I had an interviewer ask me many years ago how my music had evolved over the years and I think I sat there in stunned silence for the better part of a minute searching for the answer. I finally said “It hasn’t.” I remember that answer making me feel a bit embarrassed as it came to me, but by the time I said it, it was actually rather joyful and peaceful. I do what I do. I do it pretty well, and I have always been at peace with being who I am musically.

People have written me over the years saying how much my music has mattered to their lives. There was the woman from Idaho who told me she loved washing lettuce every evening to my music. There are the stories of how my music helped them through heartbreak and loneliness.

Then there are the ones that tell me that a husband, wife, father or mother, brother or sister chose to listen to my music as they left this earth. There is no honor that could ever fall to someone more beautiful than this and I have tears in my eyes as I write this. I have been lucky.

I’ve been blessed.

I no more understand where my music comes from than I can explain to you Steven Hawking’s concept of Event Horizons.
It’s a mystery and I can say without a hint of modesty that I even wonder whether I am the author of these pieces. I don’t read music.

As I said, I’ve been lucky. I’ve been blessed.

WILLIAM ACKERMAN

Anônimo disse...

01 de setembro de 2012
Eu fui abençoado

Foi um exercício de humildade ser um guitarrista em Windham Hill. Eu estava cercado por Alex de Grassi e Michael Hedges, pelo amor de Deus!

Eu tinha de olhar para o que eu tinha, que era a melodia, e estar em paz com isso e trabalhar com o que havia sido me dado. O ego poderia ter intervido e obrigar-me a uma vida de servidão fútil em perseguir esses titãs em suas respectivas genialidades. Felizmente, eu estava grato por aquilo que eu tinha.

Eu tive um entrevistador a perguntar-me há muitos anos como minha música tinha evoluído ao longo dos anos e eu acho que fiquei lá em silêncio atordoado durante a maior parte de um minuto procurando a resposta. Eu finalmente disse: "Não tem." Lembro-me que a resposta fez-me sentir um pouco envergonhado, mas na hora que eu disse isso, foi realmente bastante alegre e pacífica. Eu faço o que eu faço. Eu faço isso muito bem, e eu sempre fui em paz com ser quem eu sou musicalmente.

As pessoas têm me escrito ao longo dos anos dizendo o quanto minha música tem importância para suas vidas. Há histórias de como a minha música ajudou-os através dor e solidão.

Depois, há os que me dizem que um marido, esposa, pai, ou mãe, irmão ou irmã escolheu a ouvir a minha música quandpo eles deixaram esta terra. Não há honra que poderia vir para alguém mais belo do que este e não tenho mais lágrimas nos olhos enquanto escrevo isso. Eu tenho tido sorte.

Eu fui abençoado.

Eu não entendo de onde minha música vem mais do que eu posso explicar através do conceito de Steven Hawking dos Horizontes de Eventos.

É um mistério e posso dizer sem um pingo de modéstia que eu até me pergunto se eu sou o autor destas peças. Eu não leio música.

Como eu disse, eu tive sorte. Eu fui abençoado.
Novo! Clique nas palavras acima para editar e ver traduções alternativas.

WILLIAM ACKERMAN

Marcos Oliveira disse...

Agradecemos o seu comentário, Ana. Palavras assim nos dão a certeza que valeu a pena dividir esse espaço com o Luiz Felipe nos últimos anos.
Ao anônimo que colocou o depoimento do Will (inclusive a tradução), obrigado!
Valeu. Abraços a todos.

Maria Inês disse...

Aproveitem as férias Luiz Felipe e Marcos! Estou aguardando o retorno de vcs. Adoro o blog!
Bjs.