24 de julho de 2015

O pensamento de Alan Watts


Eu não conhecia o filósofo Alan Watts, até ver um pequeno vídeo de animação contendo uma de suas visões acerca da vida.
A bem da verdade não posso dizer que conheço ainda, uma vez que não li nenhum livro de sua autoria até o momento.
No entanto resolvi procurar mais algumas coisas dele, pois aguçou minha curiosidade.
Talvez a sua principal característica seja o de buscar traduzir - do Oriente para o Ocidente - visões milenares sobre a existência, diferentes de como a vemos por aqui.
Outros, procedentes sobretudo de filosofias budistas, taoistas e hinduístas, já fizeram isso, com a diferença que Watts era britânico e não oriental.
Divido com vocês um pouco do resumo de algumas de suas formas de analisar o nosso dia a dia. Mas isso é só uma pequena parcela de sua obra que merece ser conhecida e confrontada com o que estamos acostumados.

Wikipedia: "Alan Wilson Watts (Chislehurst, Inglaterra, 6 de Janeiro de 1915 — Baía de São Francisco, 16 de Novembro de 1973) foi um filósofo, escritor, orador e estudante de religião comparada britânico. Ficou conhecido como um intérprete e por popularizar filosofias da Ásia para o público ocidental.

Escreveu mais de vinte e cinco livros e muitos artigos sobre assuntos como identidade pessoal, a verdadeira natureza da realidade, alta consciência, sentido da vida, conceitos e imagens de Deus e a busca da felicidade. Existe uma reportagem e uma entrevista com Allan Watts, publicada no Brasil, com o título "Formar um novo Homem" na revista Planeta, número 08, de abril de 1973."





Mais um pouco do pensamento de Alan Watts:

"O sentido da vida é estar vivo. É tão claro, tão óbvio e tão simples. Mesmo assim, todo mundo não para de correr em pânico, como se fosse necessário conseguir alguma coisa além de si próprio."

“Nós vivemos em uma cultura totalmente hipnotizada pela ilusão de tempo, na qual o chamado presente é sentido como uma pequena linha entre o ‘todo poderoso’ passado causativo e o ‘absurdamente importante futuro’. Não temos presente. Nossa consciência está quase completamente preocupada com memórias e expectativas. Nós não percebemos que nunca houve, há, ou haverá qualquer tipo de experiência além da experiência do momento. 
Portanto, nós estamos fora de contato com a realidade. Nós confundimos o mundo como ele é falado, descrito, e mensurado com o mundo do modo que ele na verdade é. Nós estamos doentes com uma fascinação pelo uso de ferramentas de nomes, números, símbolos, sinais, conceitos e ideias.”

"O homem olha para o mundo exterior para buscar sua salvação; imagina que poderá encontrar felicidade ao possuir algumas de suas formas. Mas não poderá encontrar felicidade nessas formas se não a puder encontrar em sua própria mente, pois é a sua mente que faz as formas..."

"...a moralidade é valiosa quando for reconhecida como um meio para atingir um fim; é uma boa serva, mas um mestre terrível. Quando os homens a usam como serva, ela permite que se adaptem à sociedade, e que se misturem facilmente com seus companheiros e, mais especialmente, permite a liberdade para o desenvolvimento espiritual. Quando ela é o mestre, as pessoas tornam-se intolerantes e puras máquinas éticas convencionais."

"Quanto mais firmemente tentamos captar o momento, para manter uma sensação agradável ou definir algo de uma maneira que possa ser satisfatória para sempre, mais ilusório ele se torna. Costuma-se dizer que definir é matar. Se o vento parasse por um segundo para que pudéssemos capturá-lo, ele deixaria de ser vento. O mesmo é verdade em relação à vida. As coisas e os fatos estão perpetuamente se mudando e se movendo; não podemos reter o momento presente e fazê-lo ficar conosco; não podemos chamar de volta o passado ou manter para sempre uma sensação passageira de si. Se tentarmos fazê-lo, tudo o que teremos será uma recordação; a realidade não está mais lá e nenhuma satisfação pode ser encontrada nisso."



Um comentário:

ALICE IN WONDERLAND disse...

Adorei Marcos. Conheço ele. Seguem mais algumas de suas frases para você e seus leitores:

Tentar definir-se é como tentar morder o seu próprio dente.

Acordar para quem você é requer desapego de quem você imagina ser.

Nada é mais fácil do que confundir a sabedoria de um sábio com a sua doutrina, pois, na ausência de qualquer compreensão da verdade, a descrição dessa compreensão feita por outrem é facilmente confundida com a própria verdade.

O homem se apega às coisas na vã esperança de que elas possam permanecer imóveis e perfeitas; ele não se reconcilia com o fato da mudança (...) O homem nota e lamenta a mudança e mostra que ele próprio não está se movendo com o ritmo da vida.

Beijos!