28 de outubro de 2013

Sobre black blocs, revolta contra o status quo, vandalismo e ações reais

Bom o texto do Luis Nassif sobre a polêmica envolvendo protestos, vandalismo, violência, etc., publicado hoje em seu Luis Nassif Online.

É hora de prender os black blocs da rua e segurar os da PM

"Após o espancamento do seu oficial, o que a Polícia Militar deve fazer, daqui por diante: Identificar os cabeças que comandam o vandalismo nas cidades, prendê-los e leva-los a julgamento por formação de quadrilha. E que recebam penas severas. A agressão a um oficial da PM – ainda mais nas circunstâncias relatadas -  é uma quebra de ordem gravíssima, sim. Se não houver punição exemplar, essa maluquice irá se espalhar como um rastilho de pólvora.

Não há o que justifique o quebra-quebra e o vandalismo. A “revolta” dos black blocs contra o status quo é a mesma que estimula as torcidas organizadas a lincharem os rivais em eventos esportivos, o espancamento de gays, os movimentos de manada: é a celebração irresponsável da violência pela violência. Não se deve embarcar nessa tentativa de legitimação política contra as mazelas sociais. Houvesse um fato pontual que justificasse um momento de indignação coletiva, vá lá; mas é um movimento sistemático de violência contra tudo ou contra nada.

Mas essa história da PM anunciar que vai até às últimas consequências - e repaldada por uma condenação generalizada contra os vândalos -  provoca calafrios maiores do que assistir a um quebra-quebra de black blocs.

Na última vez que a PM se comportou assim, em maio de 2006, foram assassinadas mais de 500 pessoas. E nem o Ministério Público, a Justiça, a imprensa, as ONGs e a sociedade civil paulista moveram uma palha contra esses crimes. No Rio, tentou-se utilizar o cansaço coletivo contra as manifestações incluindo os professores na categoria de vândalos.

É necessário muita, mas muita cautela para separar o joio do trigo e manter sob controle os templários da PM.

O Secretário de Segurança de São Paulo – que é pessoa séria – terá seu maior desafio: segurar os black blocs da PM, ser rigoroso na apuração dos crimes (e ser rigoroso significa não sair caçando qualquer suspeito para mostrar serviço).

Seria importante que a OAB, as ONGs pela paz e contra a violência, o próprio Ministério Público Estadual montassem forças tarefas para prevenir abusos, assim como garantir a punição dos verdadeiramente culpados."

2 comentários:

Anônimo disse...

A PM de São Paulo vai retaliar, pode esperar. O Oficial só não foi linchado porque o soldado o resgatou da turba. A punição correta para os manifestantes é prender em presídios comuns, misturado com a bandidagem, desde que a nossa Justiça não solte. Muito pelo contrário, devem pegar uma pena pesada, sem direito a habeas corpus, prisão domiciliar ou outros subterfúgios e benesses do Código Penal.

DJ disse...

É complexo isso tudo que está ocorrendo. Mas não pode deixar isso continuar aumentando. Daqui a pouco teremos um Oriente Médio em nossas ruas por conta de um número pequeno de insatisfeitos que não querem saber de agir politicamente.