13 de dezembro de 2013

"Tem alguma coisa se mexendo nas placas tectônicas da política nacional" e o "ridículo ataque especulativo à Petrobras"

Li este artigo escrito pelo Miguel do Rosário do blog O Cafezinho e não resisti em reproduzi-lo aqui na íntegra.
Uma análise que reúne vários temas mas cujo objetivo comum tem como pano de fundo os interesses de determinados segmentos daqui e do exterior.
Um exemplo é o "ridículo ataque especulativo" contra a Petrobras, onde os principais meios de comunicação deram guarida a uma falácia de que a empresa tinha 32% de chances de falir.
É para rir de uma imbecilidade dessas mas o pior é que tem gente que acredita. Pior ainda é a grande mídia 'levar isso a sério'(alguém acredita nisso?) e divulgar com destaque.
Leiam, pois vale a pena.
As placas tectônicas se mexem!
Por Miguel do Rosário em 13/12/2013
"O ex e atual presidentes da república talvez quisessem algo mais discreto. A Globo talvez esperasse uma reação envergonhada. O que aconteceu, no entanto, surpreendeu a todos. A militância petista presente à abertura do 5º Congresso do partido, realizada ontem, em Brasília, recebeu as suas maiores lideranças com inflamados gritos de guerra.
A coragem, como se diz, contamina. E nada melhor para unir uma comunidade política do que um inimigo externo, ainda mais se há convicção de que este agiu com má fé, mau caratismo e arbitrariedade, como é o caso da grande mídia.
Tem alguma coisa se mexendo nas placas tectônicas da política nacional. Na postura corajosa da militância petista e do próprio presidente do partido, Rui Falcão, havia um pouco do calor das milhões de pessoas que saíram às ruas, nos meses de junho a julho, gritando um refrão desconcertante:
“A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura!
Em 2014, teremos o aniversário de 50 anos do golpe de Estado. Iremos “comemorar”? Ou iremos usar a data para esmagar, de uma vez por todas, os resquícios da ditadura?
Este ano, descobrimos que os generais receberam milhões de dólares para apoiar o golpe de Estado e que Juscelino Kubischek foi assassinado.
Este ano, duas escolas, uma no Rio, outra em Salvador, decidiram, via eleições internas diretas, mudar de nome. Em Salvador, a escola Emilio Garrastazu Medice deu 406 votos para Marighella e 128 votos para Milton Santos. Nenhum voto para a ditadura. No Rio, o Colégio Estadual Presidente Costa e Silva decidiu mudar seu nome para Abdias Nascimento, um dos mais importantes representantes do movimento negro nacional, e que ocupou a Secretaria de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras durante o governo Brizola.
O Brasil está perdendo o medo daqueles que apoiaram o regime militar e com ele se tornaram poderosos. E que tentam manter as benesses conquistadas durante o tempo de exceção, através de uma tática ainda mais vil que a truculência dos milicos: manipulando as informações.
Isso não é brincadeira. Os falcões americanos deram um golpe contra a paz mundial com mentiras sobre a existência de armas de destruição em massa no Iraque. A informação foi manipulada e o mundo perdeu mais de um milhão de vidas, além da tunga de dois trilhões de dólares no contribuinte americano.
A irresponsabilidade da nossa mídia, repito, não é brincadeira. Não é mais uma questão de “bater” no PT. Eles agridem a democracia, de um lado, e prejudicam a nossa economia, de outro. E, assim como em 1964, por um punhado de dólares…
Ontem, por exemplo, aconteceu uma coisa muito grave. Houve um ridículo ataque especulativo à Petrobrás e aos interesses nacionais, felizmente abortado pelo Fernando Brito, do Tijolaço.  Baseado na informação de um site apócrifo, um coxinha que faz “contribuições” para o site da Forbes, provavelmente de graça, noticiou que a Petrobrás tem 31% de chance de falir. A grande mídia e o PSDB, ambos sem nenhum compromisso com a verdade, com a Petrobrás e com o Brasil, repercutiram a irresponsabilidade.
Brito logo descobriu que o mesmo site, fonte da “previsão”, estima que a Vale, a maior empresa de minério de ferro do planeta, tem 59% de chance de falir. Ou seja, é quase um site de pornochanchada financeira, tocado por algum robozinho mal programado.
Aliás, não se trata mais apenas de irresponsabilidade e incompetência. Há interesses muito mais obscuros por trás dessa campanha sistemática contra o Brasil. A quem interessa comprar tão facilmente uma previsão, baseada em informações falsas, de que a Petrobrás, a jóia da nossa coroa, tem chance de falir? Em informações falsas, repito!
Os americanos, agora sabemos, fugiram de Libra porque planejavam um assalto político mais vantajoso no México, onde um governo conservador lhes garantiu a chance de explorarem petróleo com desenvoltura e truculência imperialistas.  Mas ainda continuam por aqui, patrocinando manipulações, para que os fluxos mundiais de investimento fiquem só com eles, não com a gente."

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