28 de setembro de 2011

Lula Pop-Star: Doutor Honoris Causa pelo Instituto de Estudos Políticos (Sciences-Po), o Maior da França

Ontem eu vi um trecho do Jornal Nacional.
O destaque foi o prêmio que o JN ganhou nos EUA por conta da cobertura da invasão das favelas pelas forças de segurança.

Não sei se foi a melhor cobertura. Mas foi um espetáculo ao vivo, tipo invasão do Iraque. Americano gosta disso, daí...
Noticiaram o título que Lula ganhou na França e ao escolherem uma frase do ex-Presidente a selecionada foi algo como "esse não é um título meu, mas de todo povo brasileiro". Bem de acordo com o estilo de Lula.
Mas o título é dele. Me sinto orgulhoso, como brasileiro, desse companheiro de origem humilde ter conquistado essa honraria.
Mas não me sinto dono do título não. Lula o fez por merecer.

Para o JN e algumas outras elites midiatiáticas, intelectualóides e econômicas, a frase veio bem a calhar, porque - ao que parece - eles não gostaram muito de ter sido Lula e não o FHC a receber isso. Assim, tentaram minimizar a conquista.
Para entender melhor vejam o texto mais abaixo publicado no Blog da Cidadania do Eduardo Guimarães, sob o título "Imprensa brasileira foi à França reclamar da premiação de Lula".
O texto termina com a seguinte frase: “A elite brasileira está furiosa!".


Fazer o que, né? Como disse Richard Descoings, diretor do renomado instituto francês Sciences Po que concedeu o título, "
o presidente Lula mudou seu país e sua imagem no mundo. O Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula. Por ele não ter estudo superior sua trajetória pareceu totalmente “em linha” com a visão do Sciences Po, de que o mérito pessoal não deve vir de um diploma universitário."
No discurso, Descoings disse mais: "
O senhor lutou para que o Brasil alcançasse um novo patamar internacional. Não é mais possível tratar de um assunto global sem que as autoridades brasileiras sejam consultadas".
Foi a consagração - primeiro título concedido pelo institituto a um latino-americano - de Lula pela Intelectualidade (com maiúscula mesmo) francesa.
E tem mais: "Autor do "elogio" a Lula - o discurso em homenagem ao novo doutor -, o economista Jean-Claude Casanova, presidente da Fundação Nacional de Ciências Políticas, lamentou que a Europa não tenha um líder "de trajetória política tão iluminada". Casanova pediu ainda que Lula aproveitasse "sua viagem para dar conselhos aos europeus" sobre gestão de dívida, déficit e crescimento econômico" (Luis Nassif Online).
Antes, durante e depois, Lula foi ovacionado por estudantes brasileiros, na mais calorosa recepção da escola desde Mikhail Gorbachev.


Sorry Jardins paulistanos e Jardim Botânico. "Os cães ladram, a caravana passa".


Eduardo Guimarães:
"Não pode passar batido um dos momentos mais patéticos do jornalismo brasileiro. Acredite quem quiser, mas órgãos de imprensa brasileiros como o jornal O Globo mandaram repórteres à França para reclamar com Richard Descoings, diretor do instituto francês Sciences Po, por escolher o ex-presidente Lula para receber o primeiro título Honoris Causa que a instituição concedeu a um latino-americano.

A informação é do jornal argentino Pagina/12 e do próprio Globo, que, através da repórter Deborah Berlinck, chegou a fazer a Descoings a seguinte pergunta: “Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição?”.

No relato da própria repórter de O Globo que fez essa pergunta constrangedora havia a insinuação de que o prêmio estaria sendo concedido a Lula porque o grupo de países chamados Bric’s (Brasil, Rússia, Índia e China) estuda ajudar a Europa financeiramente, no âmbito da crise econômica em que está mergulhada a região.

A jornalista de O Globo não informa de onde tirou a informação. Apenas a colocou no texto. Não informou se “agrados” parecidos estariam sendo feitos aos outros Bric’s. Apenas achou e colocou na matéria que se pretende reportagem e não um texto opinativo. Só esqueceu que o Brasil estar em condição de ajudar a Europa exemplifica perfeitamente a obra de Lula.

Segundo o relato do jornalista argentino do Pagina/12, Martín Granovsky, não ficou por aí. Perguntas ainda piores seriam feitas.

Os jornalistas brasileiros perguntaram como o eminente Sciences Po, “por onde passou a nata da elite francesa, como os ex-presidentes Jacques Chirac e François Mitterrand”, pôde oferecer tal honraria a um político que “tolerou a corrupção” e que chamou Muamar Khadafi de “irmão”, e quiseram saber se a concessão do prêmio se inseria na política da instituição francesa de conceder oportunidades a pessoas carentes.

Descoings se limitou a dizer que o presidente Lula mudou seu país e sua imagem no mundo. Que o Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula. E que por ele não ter estudo superior sua trajetória pareceu totalmente “em linha” com a visão do Sciences Po de que o mérito pessoal não deve vir de um diploma universitário.

O diretor do Science Po ainda disse que a tal “tolerância com corrupção” é opinião, que o julgamento de Lula terá que ser feito pela história levando em conta a dimensão de sua obra (eletrificação de favelas e demais políticas sociais). Já o jornalista argentino perguntou se foi Lula quem armou Khadafi e concluiu para a missão difamadora da “imprensa” tupiniquim: “A elite brasileira está furiosa”."

Luiz Felipe Muniz & Marcos Oliveira

2 comentários:

J.C. disse...

Muito boa Marquinho e Luiz Felipe!
Estão tentando desconstruir o Lula para a história, mas nada está dando certo: o Lula só faz cada vez mais ser positivamente reconhecido como um dos maiores e melhores políticos de todos os tempos!
Blog nota 10!
Abração.

Anônimo disse...

VIVA LULA!