7 de novembro de 2011

A Europa em crise abre brecha para o avanço do Brasil, novos tempos, nova era!

Os contornos da crise européia dão sinais inequívocos de que o domínio do jogo não mais está nas mãos assodadas das elites junto às nações centrais mais ao norte!

Há indícios de desconforto e desconfiança enormes entre as nações e os líderes do velho continente europeu, muito por força e ordem dos banqueiros e seus descarados crimes e fraudes internacionais de toda ordem, e mais ainda por conta das fracas lideranças políticas, as mesmas que perderam o bonde do tempo, abandonaram os Estados-nações e apostaram todas as fichas nas guerras de destruição/dominação e na força invisível dos mercados inescrupulosos.

Neste contexto surgem agora os emergentes que não mais aceitam a condição de colônias, de jeito algum! Agora, estas nações mais ao sul como o Brasil, construiram uma geração que foi capaz de blindar (pelo menos por enquanto) a desfaçatez político-econômica praticada pelas grandes nações (leia-se EUA e EUROPA) colonizadoras, energívoras e venais.  

O Brasil surgente é peça central deste tabuleiro exatamente neste novo momento do cenário internacional. Não há dúvidas também quanto aos riscos infindáveis de intervenções e golpes, particularmente articulados pelas extremas direitas de todo o mundo, inclusive no próprio Brasil que cresce...daí porque, caros e caras visitantes deste espaço lúdico, pensante e mágico, o blog continuará firme e forte rumo aos novos tempos que nos aguardam, estejam também por aqui e acolá! Conheçam um pouco mais no texto que segue abaixo, do blog Vi o mundo


"Jeffrey Sachs: Abrindo espaço para o Brasil na cabeceira da mesa

As economias emergentes são chave para o salvamento da Europa
por Jeffrey Sachs, no Financial Times, em 07.11.2011

O encontro do G20 na semana passada marcou o fim da tentativa de três anos da zona do euro para se salvar. A união monetária vai ser salva, mas não a partir de dentro. Sua sobrevivência virá pelas mãos do Fundo Monetário Internacional e das economias emergentes.
O encontro em si foi embaraçoso para a França em seu próprio território. Apesar dos pedidos do presidente Nicolas Sarkozy por uma cúpula de “Novo Mundo – Novas Ideias”, a reunião foi sobre o velho mundo e velhas disputas. Com a Alemanha, França, Grécia e Itália e outros vizinhos mal falando entre si, o resto do G20 ficou pasmo com as discordâncias intra-europeias.
A confusão da zona do euro explodiu, de uma crise regional contornável em 2009 tornou-se uma crise global hoje. A verdade simples é que a Europa foi incapaz de resolver seus problemas. Por três razões.
A primeira é que concordar em como dividir as perdas é sempre difícil, mas praticamente impossivel em um mundo com 17 estados, bancos poderosos, mais de uma instituição europeia com a mesma função, uma opinião pública ressentida e dúzias de partidos políticos, com alguns dos menores tendo a maior capacidade de barganha.
Como prevê a game theory, a liberdade dos True Finns, dos eslocavos, do Banco Central Europeu, dos bancos credores e de outros tornou quase impossível chegar a um acordo sensato sobre qualquer coisa. Sem números claros e sem um garantidor de último recurso que tenha credibilidade [1], os mercados financeiros da Europa são dominados por ondas de pânico auto-realizável.
A segunda razão é o colapso dos processos técnicos, que tem relação com a primeira síndrome.
A Europa se pendura nas palavras da chanceler Angela Merkel, que são esporádicas e frequentemente divulgadas na véspera das cúpulas da zona do euro. Há pouca preparação técnica em questões altamente técnicas. A política da coalizão [governista] alemã predomina. Os próprios alemães falam com vozes múltiplas, inclusive as dos partidos políticos, da chancelaria, do ministério das Finanças, do Bundesbank e do Bundestag. Mesmo a França só fica sabendo as mais novas estratégias da Alemanha na véspera dos encontros Merkel-Sarkozy que precedem cada encontro de cúpula."     
SAIBA MAIS   

E para entender ainda melhor o que se passa na Europa de hoje, nada como uma leitura atenta ao que anda dizendo o nosso querido "princípe" dos jornalista políticos no Brasil, segundo o Leonardo Boff, o mestre Mauro Santayana:

"O IRÃ E A PERIGOSA APOSTA DE ISRAEL


Não se trata mais de hipótese: os falcões americanos e o governo britânico estão dispostos a apoiar ação militar de Israel contra o Irã, embora grande parte da opinião pública israelita advirta que essa aventura é arriscada. Aviões militares de Israel fazem manobras no Mediterrâneo e já se fala no emprego de mísseis de alcance médio contra o suposto inimigo. Seus líderes da extrema-direita, entre eles religiosos radicais, estimulam os cidadãos, com o argumento de que se trata de uma luta de vida ou morte.
Toda cautela é pouca na avaliação política da questão de Israel. Em primeiro lugar há que se separar o povo judaico do sionismo e do Estado de Israel - que parece condenado a sempre fazer guerra. Como disse um de seus grandes pensadores, se todos os estados possuem um exército, em Israel é o exército que possui o estado. É explicável que, com sua história atribulada e as perseguições sofridas, sobretudo no século 20, sob a brutalidade nazista, os judeus se encontrem na defensiva. Isso, no entanto, não autoriza a insânia de sua política agressiva contra os palestinos em particular, e contra os muçulmanos, em geral."

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