6 de fevereiro de 2014

Nova Musa da Direita Nativa: Explícita Apologia dos Linchamentos

Direitista do SBT será "linchada"?
Por Altamiro Borges
"O vídeo abaixo confirma que a nova musa da direita nativa, Rachel Sheherazade, apresentadora do SBT, é um perigo para a sociedade brasileira. Utilizando-se de uma concessão pública de tevê, ela já havia pregado a criminalização dos jovens da periferia que organizam os “rolezinhos” nos shopping centers. Ela também já havia esbravejado outras besteiras preconceituosas e reacionárias. Mas nesta terça-feira (4), ela se superou no telejornal da emissora ao fazer explícita apologia dos linchamentos. Agora, porém, Rachel Sheherazade poderá ser linchada pelas suas atitudes irresponsáveis. O Partido Socialismo e Liberdade (Psol) decidiu registrar no Ministério Público uma representação contra a perigosa bravateira.

Para o deputado Ivan Valente, líder do Psol, não resta dúvida de que a jornalista cometeu grave ilegalidade. “Em pleno meio de comunicação, em horário nobre, foi feita a apologia de crime. Essa jornalista simplesmente disse que tem razão os vingadores que fizeram justiça com as próprias mãos, porque a polícia está desmoralizada, a Justiça não opera e é necessário voltar ao Velho Oeste... Defendo a total liberdade de imprensa, mas não a liberdade para mandar torturar, matar, assassinar e fazer justiça com as próprias mãos e ser anticonstitucional, ilegal e aplaudida, para quê? Atrás do Ibope, atrás do medo da população”. A representação do Psol também será estendida a própria emissora de Silvio Santos.

Diante da repercussão negativa das bravatas fascistóides da apresentadora, a direção do SBT parece que sentiu o baque e decidiu rifar a figura. Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira (5), a emissora afirma que “a opinião é de total responsabilidade da jornalista e comentarista do SBT Brasil. A emissora respeita a liberdade de expressão de seus comentaristas, porém ressalta que a opinião é da mesma, e não do SBT”. A resposta, porém, não convence. O SBT é uma concessão pública e deve respeitar a legislação em vigor no país. A apologia à violência é um crime grave e os seus responsáveis, tanto a jornalista como a emissora, devem ser punidas! Será que o Ministério Público será rigoroso no caso? A conferir!

Para entender o caso
Na última sexta-feira, um jovem suspeito de praticar furtos na zona sul do Rio de Janeiro foi encontrado amarrado nu a um poste na Avenida Rui Barbosa, região do Flamengo. Acorrentado por uma trava de bicicleta, ele foi cruelmente espancado e ferido com uma facada na orelha. Só foi salvo graças à ação de uma moradora indignada da região. O adolescente explicou que foi agredido por um grupo batizado de “Os Justiceiros”. A polícia já prendeu 14 pessoas suspeitas de participarem da agressão. Uma delas confessou que ser do bando “caça ladrões” na região. Dias depois, na terça-feira, a fascistóide Rachel Sheherazade defendeu o linchamento e a ação deste grupo criminoso."
Fonte: Blog do Miro



Observação do Blog Viomundo: Notem que, no You Tube, o comentário recebe apoio de 690 internautas, contra o repúdio de 650. Ou seja, a barbárie avança via redes sociais!

E o nosso blog atualiza: 3.100 com sinal "positivo" e 1.400 com sinal "negativo"!

3 comentários:

Anônimo disse...

Senadora denuncia jornalista ao MP por violação de direitos humanos;

Sindicato diz que âncora violou código de ética

QUARTA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2014

Nota de repúdio do Sindicato e da Comissão de Ética contra declarações da jornalista Rachel Sheherazade

do site do Sindicato

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e a Comissão de Ética desta entidade se manifestam radicalmente contra a grave violação de direitos humanos e ao Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros representada pelas declarações da âncora Rachel Sheherazade durante o Jornal do SBT.

O desrespeito aos direitos humanos tem sido prática recorrente da jornalista, mas destacamos a violência simbólica dos recentes comentários por ela proferidos no programa de 04/02/2014

Sheherazade violou os direitos humanos, o Estatuto da Criança e do Adolescente e fez apologia à violência quando afirmou achar que “num país que sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível” — Ela se referia ao grupo de rapazes que, em 31/01/2014, prendeu um adolescente acusado de furto e, após acorrentá-lo a um poste, espancou-o, filmou-o e divulgou as imagens na internet.

O Sindicato e a Comissão de Ética do Rio de Janeiro solicitam à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) que investigue e identifique as responsabilidades neste e em outros casos de violação dos direitos humanos e do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, que ocorrem de forma rotineira em programas de radiodifusão no nosso país. É preciso lembrar que os canais de rádio e TV não são propriedade privada, mas concessões públicas que não podem funcionar à revelia das leis e da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Eis os pontos do Código de Ética referentes aos Direitos Humanos:

Art. 6º É dever do jornalista:

I – opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios
expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos;

XI – defender os direitos do cidadão, contribuindo para a promoção das garantias
individuais e coletivas, em especial as das crianças, adolescentes, mulheres, idosos,
negros e minorias;

XIV – combater a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais,
econômicos, políticos, religiosos, de gênero, raciais, de orientação sexual, condição física
ou mental, ou de qualquer outra natureza.

Art. 7º O jornalista não pode:

V – usar o jornalismo para incitar a violência, a intolerância, o arbítrio e o crime;

Também atuando no sentido pedagógico que acreditamos que deva ser uma das principais intervenções do sindicato e da Comissão de Ética, realizaremos um debate sobre o tema em nosso auditório com o objetivo de refletir sobre o papel do jornalista como defensor dos direitos humanos e da democratização da comunicação.

Anônimo disse...

Presidenta da CDH-Senado oficia MP de São Paulo contra Sheherazade por violações de direitos humanos na TV

via e-mail da assessoria de imprensa da Comissão de Direitos Humanos do Senado

A presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, senadora Ana Rita (PT-ES), oficiou nesta quinta-feira (06/02) a Procuradoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo sobre o caso do editorial proferido pela jornalista Rachel Sheherazade, do Jornal do SBT, solicitando instauração de procedimento e providências por violações aos direitos da pessoa humana e incitação à violência. Junto ao ofício foi encaminhada a nota de repúdio publicada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e a Comissão de Ética sobre as violações de direitos cometidas pela jornalista ao afirmar em rede nacional que são “compreenssíveis” as práticas do grupo que acorrentou um jovem acusado de prática de furtos e roubos, o espancou, mutilou e divulgou sua imagem na internet.

Ofício da presidenta da CDH-Senado ao MP-SP

“Encaminho cópia da Nota de repúdio do Sindicato dos Jornalistas e da Comissão de Ética contra declarações da jornalista Rachel Sheherazade do SBT, solicitando a instauração do competente procedimento para investigar e responsabilizar a jornalista Sheherazade, porquanto violou os direitos humanos, o Estatuto da Criança e do Adolescente e fez apologia à violência quando afirmou achar que “num país que sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível” — Ela se referia ao grupo de rapazes que, em 31/01/2014, prendeu um adolescente acusado de furto e, após acorrentá-lo a um poste, espancou-o, filmou-o e divulgou as imagens na internet.”

Marcos Oliveira disse...

Jovem preso a poste perambula há dois anos pelas ruas do Rio

O adolescente cuja imagem ganhou as redes sociais no último domingo prestou depoimento à delegada Monique Vidal, na 9ª DP (Catete) na noite desta quarta-feira, e revelou os detalhes da madrugada vivida na calçada da Avenida Rui Barbosa, um endereço nobre do Rio.

A delegada ficou sabendo a verdadeira idade da vítima: 15 anos, não 17, como acreditava a Polícia Civil até então.

Ele tem mãe e dois irmãos, de 12 e 9 anos, mas atualmente pouco sabe da família. O pai morreu assassinado por ter envolvimento com o tráfico de drogas.

Morador de uma favela do bairro de Campo Grande, na Zona oeste, até dois anos atrás, o menor passou a perambular pelas ruas depois que ficou marcado em sua região, por furtar uma furadeira elétrica de um vizinho.

Sem poder voltar para casa, ele perambula pelas ruas da Zona Sul, tendo passado cinco vezes por abrigos da prefeitura desde novembro. O rapaz negou ser usuário de drogas e admitiu ter participado “uma vez” de um furto de uma motocicleta.

Assistentes sociais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social conseguiram localizar a avó paterna do garoto, em um morro da cidade. Ela, no entanto, recusou-se a receber ou abrigar o neto.

O adolescente detalhou, em depoimento, seus passos na noite de sexta-feira. Contou que seguia para Copacabana com três amigos, também moradores de rua, para tomar “banho de mar”. Depois de passar pelo local onde funciona uma academia ao ar livre, no Aterro do Flamengo, o grupo foi perseguido pelos cerca de 30 jovens que estavam no local, alguns deles motociclistas, segundo conta.

Um dos homens estava armado com uma pistola, disse. Dois dos amigos moradores de rua escaparam. Com o rapaz que não conseguiu fugir, ele passou a ser agredido e ameaçado. Em dado momento, o outro jovem também escapou, e passou a ser ele o único em poder do grupo. Os homens o acusavam de roubar bicicletas e praticar assaltos naquela região.

Os agressores aplicaram uma “banda” e ele foi ao chão. Começaram, então, agressões com capacetes, pontapés e várias humilhações. Acusado de roubos, ele acreditava que seria morto pelos jovens que descreveu como “brancos e fortes” e “playboys”.

Depois do fim da sessão de agressões, ele foi atado ao poste. O rapaz foi localizado e socorrido por alguns moradores do Flamengo – entre eles a artista plástica Yvonne Bezerra de Mello, fundadora da ONG Projeto Uerê, de educação infantil.

Depois de medicado, ele se desvencilhou e procurou ajuda em um abrigo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social no Centro, onde estava desde então, sem ser identificado.

Funcionários da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social descreveram o jovem com um menino calado, pacato e muito querido pelas assistentes sociais. Ao ser identificado pela diretora do abrigo, ele chorou compulsivamente.

Saiba Mais: Unisinos - http://www.ihu.unisinos.br/noticias/528014-jovem-preso-a-poste-por-justiceiros-perambula-ha-dois-anos-pelas-ruas-do-rio