Em complemento ao post abaixo do Luiz Felipe (o retorno do seminal Black Sabath) segue trechos de posts que fizemos sobre o grupo e o livro auto-biográfico do vocalista Ozzy Osbourne, até como comemoração da volta da banda em 2012.
“(...) Enquanto isso voltei ao livro "Eu Sou Ozzy".
Não é grande literatura, mas tem duas coisas legais: a história do velho Black Sabath e o bom humor meio alucinado do vocalista da banda.
Imaginem uma autobiografia cuja apresentação, nas quatro primeiras páginas, é a seguinte:
Primeira página: "Dizem que eu nunca escreveria esse livro."
Segunda página: "Bom, que se fodam - porque aqui está ele."
Terceira página: "Tudo que preciso é me lembrar de algo..."
Quarta página: "Droga, não consigo me lembrar de nada!"
Uma passagem legal: como fazer uma música, que se tornaria lendária, em 20 minutos?
Vejam o relato de Ozzy Osbourne (aconteceu em 1970):
"(...) foi quando Rodger Bain percebeu que precisávamos de mais uns minutos de material. Lembro que ele entrou na sala de controle numa parada para comer e disse: 'vejam, caras, precisamos de mais material. Podem fazer uma jam?' (nota deste blogueiro: uma sessão instrumental livre para encaixar no disco). Todos queriam comer sanduíches, mas Tony (Iommi) começou um riff de guitarra enquanto Bill (Ward) fazia uns ritmos, eu murmurei alguma melodia e Geezer (Butler) sentou num canto, riscando algumas palavras. Vinte minutos depois tínhamos uma música chamada "Paranoid". É sempre assim com as melhores músicas: elas saem do nada. (...) É engraçado, sabe: se alguém dissesse, na época, que as pessoas estariam ouvindo algumas dessas canções quarenta anos depois - e que o álbum venderia quatro milhôes de cópias só nos Estados Unidos - a gente certamente riria".
“(...)Teve um amigo que me mandou um mail avisando: "assim você assusta os leitores do blog, colocando Black Sabath".
Nem tanto. Acho que a maioria não conhece a banda. E "Paranoid" é um single.
Melhor não conhecer as histórias de magia negra. Por que não eram reais.
Parte foi coisa inventada pela gravadora como estratégia de marketing (os filmes de terror da produtora Hammer faziam sucesso na época) e parte coisa de alguns fãs idiotas americanos, esses sim ligados nesses troços.
Isso fica claro no livro citado. Ozzy tinha bronca desses caras.
Aliás, eram todos medrosos (os membros da banda).
Quanto às letras (a maioria do literato baterista Geezer Butler), no início contavam histórias de terror, feito filmes. Depois se politizaram ("War Pigs", por exemplo).
Mas o Sabbath era paz & dor de amor também.
É o caso da bela "Changes" incluída no "Vol. 4".”
Um comentário:
Uma das músicas inesquecíveis para mim. Adoro Changes!
Bjs.
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